sábado, 29 de dezembro de 2012

Mensagem de final de ano

sábado, 22 de dezembro de 2012


quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Tecnologia que a cidade não vê



Por Kátia Abreu
O grande desafio é ampliar o número de produtores que fazem parte do agronegócio de sucesso
Agricultura é um conceito amplo. Engloba todo produto de origem  animal e vegetal que chega à mesa do brasileiro. Começa pela madeira usada na construção da mesa, passa pela toalha de algodão que forra esta mesa, e tem representação dupla nas carnes. O frango e o porco são produtos agrícolas que têm como principal alimento a ração produzida à base de cereais. A produção de leite, para ter melhor rendimento e constância, também depende das rações à base de grãos.

É comum a confusão entre agricultura e agronegócio. A agricultura diz respeito ao trabalho do agricultor, da preparação da terra à colheita ou venda dos animais. O conceito de agronegócio vai além. Abarca a agricultura e inclui as indústrias que produzem insumos dos quais o agricultor lança mão, bem como a indústria que beneficia a produção agrícola e toda a distribuição dos produtos comercializados.

Esta ampla agricultura brasileira, que há muito deixou de ser mera exportadora de commodity, é baseada em forte aparato tecnológico.

Sementes adaptadas são desenvolvidas com grande esforço por pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).  Aí vêm as máquinas agrícolas, os defensivos, os fertilizantes, o emprego da biotecnologia para modificação das variedades adaptadas. E ainda temos técnicas de seleção genética, fertilização in vitro e clonagem, largamente empregadas na produção animal, inclusive peixes.

A despeito do romantismo que pressupõe a atividade de criar, plantar e colher, a disputa entre cada elo da cadeia por maior fatia do lucro do setor nada tem de poética. O elo mais frágil é o agricultor. Ainda que faça uso da tecnologia, como regra geral ele o faz,  não há como superar essa condição de fragilidade, especialmente se o agricultor não tiver escala de produção.

O grande desafio é ampliar o número de produtores que fazem parte do agronegócio de sucesso. Não interessa ao agro ser uma ilha de prosperidade e sim, um continente de sucesso.

Aumentar, fortalecer e consolidar uma classe média rural deve ser o esforço de todos, como foi com a classe média urbana. Este caminho só será possível se fizermos com que toda inovação e tecnologia existentes no país cheguem à maioria dos produtores. Hoje, poucos têm acesso ao aparato tecnológico existente.

O instrumento capaz de democratizar o saber e a tecnologia no campo é a rápida implementação de uma política de extensão rural ou de assistência técnica. Qualificar tecnicamente os produtores para que façam escolhas corretas, para que formatem um plano de negócios e melhorem sua capacitação gerencial, são tarefas absolutamente indispensáveis.

São estes instrumentos que nos permitirão multiplicar a produção de nossas terras, sem que se desmate uma única árvore sequer. O ato de disseminar conhecimento e tecnologia é quase uma profissão de fé. É a forma mais sustentável e honesta de proteger as pessoas e os seus negócios.

Enquanto governos de vários países subvencionam suas agriculturas mundo afora, injetando bilhões de dólares no setor, aqui não existe uma agricultura subsidiada. O produtor trabalha com o controle de custo na mão e, na hora de definir seu sistema de produção, busca, no mercado, as tecnologias desenvolvidas a duras penas pela Embrapa e pelos produtores de insumo.

Nossa escolha é a busca da inovação, que faz com que possamos superar desafios do danoso custo Brasil. A agricultura brasileira – que hoje sustenta a balança comercial, gera mais de um milhão de empregos a cada ano e participa com 22,5% de toda a riqueza produzida na nação –  não vive de benesses governamentais. E não se queixa disso.

Só nos países ricos a sociedade pode se dar ao luxo de bancar a ineficiência de setores da economia que se recusam a investir em tecnologia e inovação, e vivem à caça de subsídios. 
 *Katia Abreu, 50, senadora (PSD/TO) é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, escreve aos sábados, no caderno Mercado do Jornal Folha de S. Paulo.

"No Brasil, uma proprietária de terras que fala pelo agronegócio"


Na entrevista que concedeu ao jornal americano The Washington Post, a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu, defendeu a produção sustentável do Brasil, falou do trabalho a frente da CNA e de sua trajetória de vida.
Acesse o texto em inglês, versão online,  publicada em 17/12/2012:
http://www.washingtonpost.com/world/the_americas/in-brazil-a-landholder-who-speaks-for-agribusiness/2012/12/16/178d05ae-43c1-11e2-8c8f-fbebf7ccab4e_story_1.html
Veja abaixo a matéria traduzida:
No Brasil, uma fazendeira que fala pelo agronegócio 
Juan Ferrero (10 fotos e um gráfico na edição on line do The Washington Post de hoje)
ALIANÇA, Brasil - Proprietária de terras e referência do poder na Capital do país, Katia Abreu tem ouvido todas as advertências sobre sítios e fazendas de soja cortando e dividindo as florestas brasileiras.
Mas, enquanto cavalga uma égua castanha entre as áreas de sorgo e milho – espalhadas por 5 mil hectares coberta por suaves colinas do centro-norte do Brasil - Abreu insiste que o agricultor brasileiro deve ser elogiado, não demonizado. A grande agricultura transformou este país em um celeiro para o mundo, disse ela, e o Brasil está pronto para alimentar bilhões.
"Nós não temos vergonha de nada", disse Abreu. "O importante é o Brasil aumentar a produção."
Estas não são palavras vazias, mas sim uma declaração que carrega um grande peso, como bem sabem os ambientalistas — que Abreu vê como adversários.
Isto não é apenas porque o Brasil tem o maior rebanho comercial do mundo de carne bovina e é o 1 º exportador de soja, suco de laranja, café e frango. É também porque Abreu, que é senadora e presidente da associação de agricultores e pecuaristas mais importante do país, opera no mais alto escalão do poder no Brasil.
E sua mensagem é clara: Nós não vamos recuar.
O agronegócio já responde por quase 40% das exportações do país e é reponsável por 37% dos postos de trabalho no Brasil.
Abreu quer ver esses números se expandirem. Mas ela acredita que isso pode ser feito na mesma quantidade de terra agora dedicada a agricultura no Brasil, 28%  do território do país. Isso vai acontecer com o uso de tecnologias agrícolas para melhorar a produtividade.
"O que é importante é que o Brasil pode aumentar a produção com crescimento vertical, não horizontal", disse Abreu, que também salienta que o monitoramento por satélite da Amazônia tem mostrado um declínio no desmatamento desde 2004.
Muitos no Brasil, porém, não estão convencidos de que projeções de sonoridade moderna de Abreu para a produção agrícola estejam alinhadas com o que realmente querem os grandes produtores. Ambientalistas e especialistas no uso da terra no Brasil dizem que há uma ameaça latente, observando que o desmatamento subiu rapidamente este ano em algumas regiões, incluindo o estado de origem de Abreu.
"Eles estão colocando a melhor cara, mas é basicamente uma farsa", disse Christian Poirier, ativista para o Brasil da Amazon Watch, um grupo ambiental com sede na Califórnia. "Isto não está de acordo com o que este bloco fundiário representa, que é a expansão da fronteira".
A disputa pela terra no país foi particularmente realçada este ano, na luta entre ambientalistas e os produtores em torno do que é conhecido como  Código Florestal, uma lei de proteção florestal, que foi promulgada em outubro. Agricultores e pecuaristas lutaram arduamente para retirarem requisitos que obrigavam agricultores a manterem uma larga cobertura florestal em fazendas na Amazônia.
Esse esforço falhou, disse Sergio Sauer, especialista em desenvolvimento rural da Universidade de Brasília. Mas ele disse que houve alterações feitas no antigo Código Florestal que poderiam levar a uma redução na quantidade de floresta que fazendeiros precisariam preservar.
Os críticos da lei também temem que a fiscalização ambiental pode ser mais fraca do que antes - dando a agricultores, pecuaristas e madeireiros uma abertura para destruir a floresta.
"Há menor proteção ao meio ambiente", disse Sauer. "Nosso problema não é tanto a lei, mas a falta de um mecanismo para garantir que a lei seja obedecida."
Ao ocupar vários papéis, Abreu, 50, exerce considerável influência.
Seu grupo, a Confederação Nacional da Agricultura, representa 5 milhões de agricultores e pecuaristas. Em visitas a Washington, China e Europa, ela discute com estudantes universitários, grupos de pressão para a aceitação de culturas geneticamente modificadas e apelos aos investidores do Brasil. Ela também construiu uma estreita relação de trabalho com uma das mulheres mais influentes do mundo, a popular presidente de centro-esquerda do Brasil, Dilma Rousseff.
Senadora desde 2006, Abreu reúne muito da força política do bloco que ela comanda no Congresso Nacional, que é conhecido como ruralista. Uma aliança de fazendeiros e seus apoiadores, que inclui quase  metade dos 513 deputados na Câmara dos Deputados, disse Sylvio Costa, que dirige o Congresso em Foco, uma organização que publica um site de monitoramento dos congressistas.
"Eles se tornaram um dos grupos mais poderosos do Congresso, até mais do que os industriais", disse Costa. "Eles têm o poder de aprovar o que quiserem."
Em um livro sobre  políticos proprietários de terras, "O Partido da Terra," o jornalista Alceu Castilho descreve como os legisladores em todos os níveis, desde prefeitos a senadores,  muitos a partir de cidades pequenas, controlam grandes áreas das melhores terras agrícolas do país. Castilho disse ainda que a influência que desfrutam os proprietários lhes permite escapar da Justiça por crimes que vão desde grilagem de terra até o uso de trabalho escravo.
Para Castilho, os políticos donos de terras permanecem retrógrados na maneira de cuidar de seus interesses,  a exemplo dos pioneiros que arrebataram áreas gigantes na corrida pela terra no Brasil na década de 70. Ele disse que pouco mudou sob a liderança de Abreu, que lidera a Confederação da Agricultura por quatro anos.
"Há uma nova fachada onde têm sido postas ideias antigas", disse Castilho. "É cosmético".
Castilho não é o único que vê os proprietários de terras com desconfiança.
Pesquisas realizadas para a Confederação da Agricultura mostrou que os brasileiros vêm os proprietários de terras como "truculentos, muito poderosos, perigosos, produzindo apenas para exportação ", explicou Abreu.
Abreu disse que seu trabalho tem sido o de acabar com esse ponto de vista, tanto no Brasil quanto no exterior.
"Estamos interessados ​​em nossa imagem", disse Abreu. "Somos brasileiros, como todos os outros, felizes, às vezes tristes, às vezes ficamos  nervosos. Nós somos pessoas normais. "
Em 1987, Abreu tinha uma vida normal e tranquila. Ela estava criando os dois filhos e tinha um terceiro a caminho quando seu marido veio a falecer, pilotando o avião de pequeno porte que ele utilizava para chegar às suas propriedades.
Parentes aconselharam Abreu a vender a fazenda da família. Ela rejeitou o Conselho, embora não soubesse nada sobre agricultura.
"Eu decidi não ter um gerente para a fazenda", lembrou Abreu , "para que eu pudesse aprender tudo sobre agricultura e como fazê-lo."
Abreu agora quer que pessoas de fora visitem sua fazenda, e mais outras duas no estado do Tocantins, que lhe dão controle de mais de 12 mil hectares.
Aqui, ela planta soja e eucalipto. As culturas são rotacionadas para o uso eficiente do solo, e em breve o gado integrado. Sementes geneticamente modificadas são a norma.
"Nós somos produtores modernos", disse Abreu, explicando que inúmeras fazendas como a dela são o motor da economia do Brasil.
Sobre seus críticos, Abreu classifica-os  como  inimigos "ideologicamente comprometidos” dedicados a uma visão fundamentalista da agricultura brasileira.  "Quero falar com as pessoas que são bem intencionadas, mas talvez mal informados", disse ela.

Kátia Abreu observa sua fazenda com seu filho mais velho Irajá Abreu, que também é fazendeiro / Crédito: Juan Forero / The Washington Post

Busca por financiamento no BNB disparou no RN


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Toda semana, das cerca de cem propostas de empréstimos solicitados por produtores rurais que dão entrada na agência de Mossoró, entre 70 a 80 são devolvidos por insuficiência de dados, erros de preenchimento ou informações que não batem umas com as outras, acarretando na recusa dos pedidos. É um problema que atinge hoje todas as regiões do estado.

De maio para cá, quando começou o período de estiagem, o Banco no Nordeste já contratou no RN financiamentos no valor de R$ 114 milhões, dos quais 84% exclusivamente para o meio rural. Mas só apenas a partir de outubro os pedidos de empréstimos pelos agricultores mais do que quadruplicaram em relação aos meses anteriores, sobrecarregando as 12 das agências do BNB no estado.

“Hoje temos 16 pessoas de fora da estrutura do banco trabalhando exclusivamente na análise desses pedidos de financiamento e outras duas da superintendência dando apoio”, disse nesta segunda-feira, Orlando Gadelha Sobrinho, gerente da área agrícola, agricultura familiar e mini produtores rurais do BNB no estado.

Para ele, a corrida por financiamentos do Banco explodiu em outubro porque muita gente não esperava que a estiagem se prolongasse por tanto tempo. “Embora a linha de crédito contemple muitos diferenciais em se tratando do pequeno produtor rural, na prática continua um financiamento bancário e sua concessão requer a apresentação de comprovantes inerentes à tomada de recursos”, afirmou.

E acrescentou: “Seguimos à risca as portarias governamentais (a 4077 para o Pronaf e a 476 para os demais públicos) e não colocamos qualquer empecilho para que os produtores tenham acesso ao recurso. Quando ela (a portaria) trouxer qualquer novidade que facilite o acesso, acataremos imediatamente”.

Segundo Gadelha, só em Mossoró quatro pessoas de fora da estrutura do BNB foram contratadas para agilizar a análise dos pedidos de financiamento. “O problema é que enquanto 100 desses pedidos já estão em análise dentro da instituição, outros 150 entram em média toda a semana”, assinala Gadelha.

Muitos pedidos já analisados retornam, provocando um “retrabalho insano”, como define o próprio gerente. Ele esclarece que além de dados pessoais do tomador e da propriedade, que podem ser obtidos junto ao Instituto de Defesa Agropecuária (Idiarn), o produtor precisa apresentar um projeto onde expõe sua necessidade.

Em se tratando de gente simples, sem instrução, muitos órgãos como a Emater, Sebrae, cooperativas e empresas privadas de assistência agropecuária estão na lista dos que podem assessorar os agricultores na tarefa de preparar os projetos a darem entrada no Banco. Muitos desses agricultores queixam-se de que em suas regiões não encontram essa ajuda.

Até na última sexta-feira, as agências do BNB analisavam 2.450 projetos de empréstimo. “É um número muito grande e é normal que eles atravanquem o serviço”, argumentou o gerente da área agrícola.

Na semana passada, o presidente da Federação da Agricultura, José Álvares Vieira, acusou o BNB de morosidade na liberação dos recursos aos micro e pequenos produtores, que precisam do dinheiro, inclusive, para comprar o milho disponível nos armazéns da Conab no estado.  Nessa mesma ocasião, ele alertou para a falta de dinheiro da receita da Conab para pagar os trabalhadores que recepcionam e ensacam o produto que chega à granel  em carretas do Centro Sul.

“Não bastasse a Conab estar com essa dificuldade, os produtores que precisam de dinheiro para adquirir o milho não estão conseguindo acessar os recursos das linhas de crédito do BNB”, afirmou.

Hoje, em nota, a assessoria de comunicação da Conab em Brasília disse que a interrupção nos embarque de milho destinados à região nordeste se deve ao período de férias coletivas dos armazéns privados, indisponibilidade de caminhões para transporte nas proximidades das datas festivas de fim de ano e necessidades por parte desses armazéns privados realizarem seus balanços. “Diante disso – diz a mensagem -, a Conab solicitou às empresas transportadoras que aumentassem os fluxos de embarques nas semanas anteriores ao dia 14/12/2012, visando evitar possíveis desabastecimentos até a retomada da operação no dia 07/01/2013″.

Fonte: O Jornal de Hoje

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Os caminhos e desafios da carne caprina


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A população de caprinos no país cresceu nos últimos anos, e de forma autônoma, pois foram poucos os programas de expansão do rebanho, ficando a ampliação do volume de animais quase que por conta dos criadores, que tem a seu favor apenas um leite mais valorizado que o leite bovino, e uma carne também mais cotada, porém de menor expansão, sendo que neste aspecto, em poucas ocasiões a demanda foi além de um consumo local, devido à falta de estrutura produtiva organizada.

O último Censo Agropecuário de 2006 (IBGE) mostrou que o rebanho caprino brasileiro era de cerca de 7,1 milhões de cabeças. Este rebanho passou para um total de 9,3 milhões de animais aproximadamente, segundo a Pesquisa Pecuária Municipal de 2010 (IBGE), o que totaliza uma elevação de 2,2 milhões de caprinos, dado que deve ser analisado com cautela, devido às diferenças de metodologias e o potencial de imprecisão das pesquisas, mas que revelam o crescimento real do rebanho, e muito devido as suas qualidades zootécnicas de resistência extrema e rusticidade, que fazem dele um animal ideal para criadores com poucos recursos alimentares e de água, o que por si só explica o fato de que cerca de 90% do rebanho se encontre na região nordeste brasileira, servindo como base alimentar de muitas comunidades, tanto na oferta de leite, quanto de carne, sendo também um importante propulsor de negócios, ainda que sub aproveitado.

Este dado pode ser desdobrado na informação de que 87% dos estabelecimentos relacionados como criadores de cabras, uma soma de cerca de 250 mil unidades familiares e mais de um milhão de pessoas diretamente relacionadas, mantém em torno de 25 caprinos por criador, em média. Com este volume de animais, raramente se observa um grande criador de cabras na região, e por isso há uma série de implicações nesta estrutura, que afetam negativamente o processo de inclusão dos caprinos como um item relevante da economia na região do país.

O caprino tem um espaço já definido no Brasil, e mais ainda no nordeste, para o consumo de subsistência e o segmento de culinária regional, que hoje mata mais ovinos para servir como “bode” numa proporção de aproximadamente quatro ovinos para um caprino abatido, segundo pesquisas não oficiais, havendo ainda outra ponta de consumo, a culinária italiana e espanhola, que tem na perna de cabrito uma das iguarias mais procuradas, mas que no Brasil tem na perna de cordeiro o substituto de ocasião por falta de animais.

Somente esta demanda seria suficiente para anos e anos de produção nacional, mas a tendência ainda assim é de ampliação do consumo, pois a carne caprina é uma das carnes de melhor qualidade nutritiva do mundo, com índices de gordura entre 50-65% inferiores àqueles encontrados em cortes bovinos similares e conteúdo proteico semelhante, apresentando ainda 42-59 % menos gordura que a carne ovina, com teores de gordura saturada em torno de 40% inferior à de galinha (sem pele), sendo bastante reduzido quando comparado ainda com bovinos (850%); ovinos (900%) e suínos (1.100%). As qualidades da carne é que fazem com que o desafio da produção seja respondido com ações bem coordenadas.

O que se busca neste momento é dar outro salto neste patamar de funcionalidade do caprino, para que se converta o grande rebanho que o país possui hoje, o décimo maior do mundo (FAO, 2009) em um bem econômico viável para médios e grandes criadores e no interior deste desafio se encontra a disseminação e consolidação de caprinos especializados e mais eficazes para a produção de carne. A caprinocultura de corte tem a frente um grande desafio, e ao que parece, a raça Boer será uma das responsáveis por transformar um segmento da subsistência familiar em um setor econômico de fato, com maior índice de geração de emprego e renda. Sem se esquecer da raça Anglonubiana, que vive um momento de crescimento expressivo.

No estado de Pernambuco, na cidade de Parnamirim (é isso mesmo, Parnamirim/PE e não RN), o abate de caprinos e ovinos na área da seca ajudará produtores com as características citadas acima, e se o programa se tornar contínuo, será um forte indutor do crescimento do setor. Foram abatidos os primeiros 100 animais das 150 mil cabeças previstas, no Aprisco Abatedouro e Frigorífico da Cooperativa Central Agrícola do Nordeste - COCANE. A operação marcou o lançamento regional de uma ação do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade compra direta, com investimentos na ordem de R$ 30 milhões, somente em Pernambuco. No Estado, vão ser beneficiados 7,5 mil agricultores familiares com rebanhos de até 50 animais, atingidos pela seca.

O produtor vai receber R$ 6,65 pelo quilo do animal vivo a ser adquirido pela CONAB. A iniciativa, pioneira na área de abrangência da SUDENE, foi conduzida pelo secretário de Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, juntamente com a Secretária Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, do Ministério do Desenvolvimento Social de Combate à Fome, Maya Takagi. O programa, previsto para ser executado até o final do ano, poderá ser estendido.

O secretário Ranilson Ramos lembrou que o PAA Especial Caprinos e Ovinos foi proposto à presidente Dilma Rousseff pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos, durante a primeira reunião com os governadores dos Estados do Nordeste para discutir ações de convivência com a seca. A logística vai funcionar de acordo com as seguintes competências: o Governo entra com o transporte, identificação dos criadores e cadastramento dos animais, por meio da ADAGRO; o município fica responsável pela organização da estrutura dos currais e recebimento dos rebanhos, enquanto que a compra dos animais e contratação dos abatedouros, para abate e distribuição da carne às entidades sociais, vai ser de responsabilidade da CONAB. Já estão aptos a participar do programa os abatedouros de Afogados da Ingazeira/PE, Bezerros/PE, Floresta/PE e Parnamirim/PE.

Esta iniciativa se soma à produção normal dos criadores, que inclusive em outros estados abastece a indústria, mesmo que de forma limitada, mas que está crescendo de maneira gradual e constante. Um dos exemplos pode ser visto no Frigorífico Baby Bode, situado em Feira de Santana/BA que abate cerca de 2 mil animais ao mês, sendo 20% deles caprinos, adquiridos num sistema de parceria com o Projeto Riocon, um empreendimento dos diretores da Baby Bode criado para desenvolver as cadeias produtivas e assim adquirir e finalizar animais para o abate do frigorífico, por meio de projetos de integração com pequenos e médios produtores da região.

Segundo a Baby Bode, atualmente o volume de abates é maior em relação aos ovinos por uma questão de mercado, pois a produção é distribuída em praças da Região Sudeste, como Rio de Janeiro e São Paulo. Neste contexto de ação, o que está em andamento são projetos de melhoria genética de rebanhos que estão adotando a genética Boer para produzir cabritos com mais peso, precocidade e melhor carcaça.

O diferencial da genética Boer

Introduzidos no Brasil há mais ou menos 15 anos, os caprinos Boer passam por boa fase, pois a procura pela carne caprina tem sido grande em todo país, o que qualificou e valorizou a raça. Esta é a afirmação de Marcelo Abdon, presidente da ABCBOER, entidade que congrega os esforços de divulgação da raça. Para ele, os motivos para o crescimento são claros, e se colocam nas características voltadas para produção comercial. “Os pecuaristas que trabalham com caprinos viram que para produzir carne é necessário usar reprodutores da raça Boer, por ser o único caprino no mundo especializado para corte, os animais atingem o peso de abate muito rápido, com excelente carcaça, o que fez com que criadores que usavam outras raças passassem a usar estes reprodutores”, explica Marcelo, acrescentando que a ABCBOER tem feito o possível para divulgar as características destes caprinos, que são animais relativamente novos no país, mas que tem se expandido e hoje são criados em todas as regiões do Brasil, com domínio cada vez mais aperfeiçoado.

Um dos exemplos da expansão da raça no país, e mais ainda na região nordeste, ocorreu na região de Juazeiro/BA, no Vale do São Francisco, onde a ABCBOER realizou, no final de abril, a 12ª Exposição Nacional da Raça, localidade no qual estão sendo formados vários projetos para produzir carne de caprinos, alguns já com mais de 5 mil animais, e que aos poucos se expandem e ganham consistência. A carne caprina, para se tornar a realidade que os produtores desejam, ainda carece de grandes investimentos e uma política setorial mais efetiva, que seja capaz de integrar esforços de criadores, frigoríficos e sistemas de distribuição, para fazer com a produção de carne caprina ocupe seu lugar na economia do agronegócio.

Falta de dinheiro da Conab é para pagar trabalhadores


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Único estado onde os armazéns da Companhia Nacional do Abastecimento estão razoavelmente supridos de milho, o Rio Grande do Norte pode sofrer uma redução desse estoque por falta de trabalhadores para fazer o descarregamento e ensacamento da mercadoria e não pela falta de caminhões, como este jornal divulgou ontem.

Na última quinta-feira, em Currais Novos, um problema com a transportadora fez com que 21 carretas não descarregassem o milho imediatamente, mas esse problema, que já foi resolvido, não teve nada a ver com a Conab e sim a partir de uma desinteligência interna na empresa encarregada do frete, segundo esclareceu no último sábado o presidente da Federação da Agricultura, José Vieira, que monitora de forma independente os carregamentos de milho da companhia.

Sem dinheiro para pagar os trabalhadores já cadastrados nos estados, o temor agora é que, quando os próximos carregamentos chegarem, fiquem impossibilitados de serem recepcionados e trabalhados. José Veira examinou a possibilidade de realizar um convênio com a Conab para levantar a quantia necessária, mas diante de alguns problemas que poderiam ocorrer ele preferiu descartar essa possibilidade.

Diante disso, resolveu apelar para a saída política e procurou ontem o deputado Henrique Eduardo Alves, pedindo sua interveniência no caso junto ao Ministério do Planejamento, onde os recursos são ordenados. O deputado teria se comprometido a ajudar.

Não é muito dinheiro envolvido, segundo José Vieira. “O calculo por cima indica que por volta de R$ 200 mil seriam suficientes para pagar os trabalhadores”, estimou o presidente da Faern. “O problema é que poderíamos arranjar esse recurso se tivéssemos a certeza de ressarcimento, uma vez que a Federação luta com dificuldade para manter suas ações”, afirmou Vieira.

Outro problema que vem se desenhando para os produtores é a morosidade com quea o Banco do Nordeste estaria liberando os recursos para os agricultores adquirirem o milho do programa de balcão da Conab.

“Já tive oportunidade de dizer para o novo superintendente do BNB no estado que essa lentidão tem prejudicado muito os produtores potiguares, que já chegaram a seu limite por causa da seca”, acrescentou Vieira.

O novo superintendente estadual do Banco do Nordeste (BNB) no estado é João Nilton Castro Martins, que substituiu José Maria Vilar, que deixou a superintendência para assumir a superintendência da Área de Gerenciamento Estratégico, na Direção Geral, em Fortaleza.

José Vieira avalia que um problema tem puxado outro na luta dos produtores por condições melhores para minimizar os efeitos da seca no RN.

“A chegada irregular do milho no estado foi o primeiro problema, resolvido depois de muita luta. Hoje, inclusive, somos um dos estados no Nordeste que não tem mais esse desabastecimento. Agora, é a falta de receita da Conab para pagar os trabalhadores responsáveis por ensacar o produto a granel. Quando este problema estiver resolvido, teremos que cobrar do BNB mais agilidade na liberação dos recursos para que os produtores possam adquirir o milho subsidiado do governo”, lembrou Vieira.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

ANVISA: A praga dos sete anos

Artigos

Por Kátia Abreu
A Anvisa trabalha sem transparência e a passos de cágado e finge desconhecer os prejuízos ao produtor
As recentes denúncias de irregularidades praticadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no registro de produtos fitossanitários, vulgarmente conhecidos por agrotóxicos ou defensivos agrícolas, são apenas a ponta mais visível do iceberg de ineficiência desta agência que tem empacado o agronegócio.

O uso desses produtos não é uma opção. É uma imposição para proteger a nossa agricultura tropical das pragas e das ervas daninhas, assim como é fundamental para melhorar a produtividade das lavouras, em qualquer parte do planeta. Mas no Brasil, a agência reguladora trabalha sem transparência e a passos de cágado, fingindo desconhecer os prejuízos impostos ao produtor, a ponta mais frágil deste mercado gigantesco que movimenta U$ 50 bilhões por ano ao redor do mundo.
 
Defendo a rigidez da regulação e da fiscalização desses produtos e que o seu uso siga as recomendações aprovadas pelo órgão oficial, com prescrições feitas por profissional habilitado. A análise, a aprovação e a regulamentação dos fitossanitários devem proteger os agricultores e os consumidores de qualquer risco à saúde, em primeiro lugar.

A duras penas, obtivemos uma vitória importante, quando a presidente Dilma Rousseff chefiava a Casa Civil e escalou sua assessora e hoje ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, para trabalharmos juntas.

Nós enfrentamos o cartel e mudamos um decreto da Anvisa, separando os pedidos de registro de fitossanitários em duas filas: a de produtos novos e a dos genéricos, em geral 50% mais baratos. Antes da mudança, os genéricos não saíam do final da fila. Os produtos novos tinham preferência para impedir a concorrência e garantir a sobrevivência do cartel do setor. Mas este avanço acabou sendo consumido pela burocracia desta sofisticada organização que atravessa governos.

Uma resistente “praga dos sete anos” assola a Anvisa. Hoje, tanto a liberação de uma nova fórmula de defensivo, que exige rigorosa série de estudos e testes de campo, quanto a mera análise de um genérico, que já passou por todo o processo de avaliação toxicológica, demandam o mesmo tempo para receber o parecer técnico.

É inadmissível que sejam necessários os mesmos sete anos para liberar um produto novo ou um genérico, com prejuízos irreparáveis para toda a cadeia produtiva. Não há justificativa técnica para que 600 pedidos de registros de genéricos idênticos à fórmula original estejam parados, penalizando os nossos produtores que gastam, anualmente, R$ 15 bilhões em defensivos agrícolas.

Os números ganham ainda mais relevância diante do peso expressivo dos defensivos no custo de manutenção das mais diversas culturas, das hortaliças aos grãos. No acumulado deste ano, as exportações de soja geraram R$ 50 bilhões em vendas. Como defensivos representam 16% no custo de produção da soja e os genéricos que aguardam liberação teriam impacto de pelo menos cinco pontos percentuais nesse custo, os nossos produtores já poderiam ter economizado ao menos R$ 2,5 bilhões em 2012.

Não é de hoje que alerto sobre irregularidades na Anvisa. Em 2007, adverti de que havia corrupção, proteção, lobby, reserva de mercado ou qualquer outro nome que se quisesse dar ao favorecimento de empresas, por parte de servidores da Gerência Geral de Toxicologia. O fiz de público, na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Denunciei a existência de um esquema para proteger empresas e impedir o registro de genéricos. Dirigentes indignados tentaram até me processar por calúnia.

A anunciada devassa em todos os processos que ingressaram no setor de agrotóxicos da Anvisa, de 2008 para cá, traduzem o porquê da recusa do Ministério Público em acatar a denúncia contra mim, entendendo que estava no livre exercício do mandato parlamentar. Ainda não inventaram melhor defensivo contra esta praga chamada corrupção do que a democracia.
 *Katia Abreu, 50, senadora (PSD/TO) é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, escreve aos sábados, no caderno Mercado do Jornal Folha de S. Paulo.
Leia o artigo completo: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/81181-anvisa-a-praga-dos-sete-anos.shtml

Prioridade é reconstruir depois da seca, diz Vieira


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Dezembro, com as festas natalinas e do Ano Novo se aproximando, a preocupação de diferentes segmentos da economia é travar suas lutas mais imediatas. Enquanto o setor de comércio e serviços foca sua atuação nas vendas tradicionalmente infladas nesta época do ano, na agricultura a prioridade das lideranças é recompor as atividades despedaçadas com a seca e a crônica falta d’água no interior.

Antes que a paralisia das comemorações ponha em recesso toda a economia, diferentes segmentos buscam arrancar o máximo de dinheiro das emendas parlamentares coletivas e individuais para promover melhor suas agendas para 2013. Foi o que aconteceu em Brasília na semana passada, quando essas emendas beneficiaram várias entidades e instituições.

Na última hora, o presidente da Federação da Agricultura do RN, José Álvares Vieira, respirou, aliviado: o milho que provocou tantas idas dele a Brasília, finalmente começou a chegar. “Já tem o compromisso da Conab que, ainda neste mês, todos os produtores potiguares poderão retirar suas cotas completas e não apenas a metade como vinha acontecendo”, garantiu.

Vieira também conseguiu extrair R$ 3 milhões em emendas individuais da bancada parlamentar do RN para financiar várias ações da agenda agropecuária, desde apoiar a capacitação de trabalhadores rurais até a realização de exposições feiras pelo interior, uma atividade que será muito beneficiada com uma possível mudança de status do RN como livre de aftosa com vacinação.

“O ano de 2013 promete ser pautado pela palavra reconstrução”, disse no último sábado (01) o presidente da Faern, que já nessa semana promete ir a campo para cobrar da Petrobras uma posição sobre a nova logística de abastecimento de combustíveis da empresa em Natal, com o fechamento do Píer das Dunas.

“Esse é um problema que compromete e muito a atividade pesqueira no Porto de Natal, especialmente agora com a conclusão do terminal pesqueiro”, lembrou Vieira.

O presidente da Faern, que acaba de retornar de uma missão à China comandada pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, senadora Kátia Abreu,  confirmou que outra ação agendada antes das festas de fim de ano é concretizar a ideia do presidente do Sindicato dos Produtores de Leite (Sindleite), Marcelo Passos, que articula uma caravana pelo interior a fim de ver de perto as conseqüências da seca no estado.

Uma primeira viagem dessas foi feita às vésperas da Festa do Boi, em outubro, pelo presidente da Associação Norte-rio-grandense dos Criadores (Anorc), Júnior Teixeira, que percorreu durante três, com uma equipe de vídeo, as áreas mais atingidas pela estiagem.

Desta vez, a ideia de Marcelo Passos é mais ambiciosa: ele quer lotar um ônibus de autoridades e jornalistas para tomar, como ele mesmo diz “um banho de realidade”. No último sábado (01), ao comentar a iniciativa, José Vieira disse que apoiará a iniciativa e se for preciso ampliará a comitiva para transformar a ação num importante evento institucional de defesa da agricultora e do homem do campo no semiárido potiguar. Mas tranqüilizou:

“Nós queremos trabalhar junto com o governo na solução dos problemas e não apenas funcionar como um braço crítico das ações tomadas por ele”, afirmou Vieira.

Para ele, quando as chuvas voltarem, o que pode acontecer só na metade do primeiro trimestre de 2013, o maior problema será conjugar o verbo “reconstruir”. E acrescentou: “E essa é um tarefa de todos, sem exceção, independentemente de inclinações políticas e ideológicas”.


Fonte: O Jornal de Hoje

Conab envia 15 mil toneladas de milho a municípios nordestinos

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A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) embarcou um total de 24 mil toneladas (t) de milho na semana passada, sendo cerca de 15 mil toneladas para municípios do Nordeste. O volume vai atender pequenos criadores rurais e agroindústrias de pequeno porte, que utilizam o milho na ração animal e têm encontrado dificuldades para manter o plantel com a seca que assola a região.

Com a superação dos problemas enfrentados em relação ao frete e os novos leilões concluídos, o fluxo de remoção apresentou aumento significativo a partir de outubro, quando pulou de uma média de 10 mil toneladas para 23 mil toneladas no final do mês. Na primeira semana de novembro, foram transportadas 26 mil toneladas de milho.

Os números são atualizados diariamente pela Conab e, até a semana passada, os Estados que mais haviam recebido os lotes de milho foram Rio Grande do Norte (3,8 mil t) e Paraíba (2,6 mil t), seguidos do Piauí (2,1 mil t), Bahia (2 mil t), Ceará (2 mil t), Pernambuco (1,3 mil t), Alagoas (879 t) e Sergipe (110 t).

De acordo com o balanço realizado pela companhia, a quantidade atualmente contratada é de 697,7 mil toneladas, todas destinadas para as operações do Programa de Vendas em Balcão, no Nordeste e outras regiões do Brasil. Deste total, cerca de 370 mil toneladas já foram embarcadas. O produto faz parte dos estoques localizados em Mato Grosso e Goiás.

Fonte: Blog do Marcelo Abdon

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Pronatec: sucesso dos cursos supera dificuldades

Crédito: Wenderson Araújo
”Nos municípios pequenos há uma necessidade enorme de levar treinamentos para os jovens, principalmente na área agrícola. Foram esses municípios que abriram as portas para nós”, informa  a gestora do Pronatec no SENAR Alagoas, Dorilea Ferreira, que participa do II Encontro Nacional do Pronatec no SENAR. Neste segundo dia de reunião, os gestores do programa relatam o desenvolvimento dos cursos nos Estados.
Dorilea diz que as dificuldades para a execução do programa em sua região foram superadas diante do grande interesse dos jovens pelas capacitações.
“Os alunos amaram as aulas de empreendedorismo. Esse módulo chegou a despertar em alguns o interesse em abrir empresas juntos. Os cursos também provocam o desejo de estudar mais, de fazer cursos superiores na área rural. Um deles, inclusive, disse que sonhava em fazer História, mas depois do curso do Pronatec no SENAR pretende cursar Agronomia,” revela Dorilea.
Na Bahia, o Pronatec no SENAR encontrou diversos parceiros, entre eles os sindicatos rurais. Segundo Jaqueline Errico, gestora do programa, um dos casos de sucesso no estado foi no município de Conceição do Coité. Lá, o sindicato rural mobilizou alunos para 17 turmas,  10 estão em andamento e sete aguardam a realização das matrículas. “O Pronatec é um programa excelente, estamos atendendo um público diferente, temos vários demandantes nos procurando, inclusive presídios. Em 2013 esperamos aumentar o número de turmas.”
Em estados como o Piauí, o programa chegou há vários municípios, alguns até com fila para fazer matrícula nos cursos, como contou o gestor do Pronatec no estado, Reginaldo Soares. “No município de Guadalupe, nós estávamos ofertando uma turma para o curso de Fruticultura. Mas com a chegada de uma empresa do Rio de Janeiro demandando mão de obra qualificada, tinha fila de jovens interessados no curso. Nossa solução foi abrir duas turmas da capacitação,” explica o gestor.
Os cursos do Pronatec no SENAR também abriram portas para os jovens do Rio Grande do Norte. De acordo com a gestora Leiliane de Medeiros, no próximo ano, uma usina de açúcar da região pretende contratar os jovens formados no curso de Operador de Máquinas e Implementos Agrícolas. “É muito gratificante ver isso. Apesar dos atropelos, estamos caminhando bem,” acredita Leiliane.
Assessoria de Comunicação do SENAR

Cisternas de alvenaria resistem por gerações


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O secretário de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Gilberto Jales, disse ontem (26) que o governo do Estado não tem programas envolvendo a instalação de cisternas de polietileno nas regiões mais castigadas pela seca.


Ele fez esse esclarecimento diante da informação veiculada hoje, por uma emissora de televisão, segundo a qual prefeitos no Oeste do Estado estariam devolvendo o equipamento fabricado de   polietileno.


De instalação mais rápida, a vida útil dos depósitos de polietileno no interior do RN seria de apenas três anos por causa das altas temperaturas a que o material é submetido.


Pelo programa “Água para Todos”, do governo federal, o Ministério da Integração seria responsável diretamente pela entrega de 300 mil desses equipamentos no País, sendo 90 mil até dezembro deste ano. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), ligada ao MI, já instalou 17,8 mil cisternas em 32 municípios brasileiros.


O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) fomenta a construção de cisternas desde 2003, que são numeradas e georeferenciadas. “Nossas cisternas não têm nada a ver com essas”, afirmou hoje o secretário Luiz Eduardo Carneiro da Costa, titular da Secretaria do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social.


A Sethas concluiu com o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac) o cadastramento e capacitação das famílias dentro do Programa Nacional de Cisternas na região do Alto Oeste do Estado. “Nos municípios de Itaú, Riacho de Santana, Taboleiro Grande, Rodolfo Fernandes e Portalegre as cisternas, inclusive, já estão sendo construídas”, acrescentou.


Ao todo, mais de 2,5 milhões de pessoas foram beneficiadas pelos tanques entregues nos últimos nove anos pelo Programa Cisternas do MDS. O custo de cada cisterna varia conforme a região, mas a média é R$ 2 mil. Desde o início do Programa Cisternas, o investimento total foi de cerca de R$ 1 bilhão.


As cisternas em construção hoje no RN, como medida para amenizar os efeitos da seca no interior, são principalmente do convênio entre Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) com o MDS mediante contrapartida do governo estadual. Segundo ainda Luiz Eduardo Carneiro da Costa, são 2.800 estruturas a um custo de R$ 4,2 milhões. Desse total, R$ 1,5 milhão é a contrapartida do Estado.


As cisternas desse convênio são feitas de alvenaria e, com a manutenção adequada, podem durar por várias gerações. Já as de polietileno, que fazem parte do programa “Água para Todos”, do governo federal, enfrentam rejeição dos agricultores e estariam sendo devolvidas por algumas prefeituras que assinaram convênios diretos com a Funasa.


Na região do Alto Oeste, cisternas de alvenaria serão construídas em Riacho da Cruz, Portalegre, Taboleiro Grande, Rodolfo Fernandes, Itaú, Água Nova, Coronel João Pessoa, Venha Ver, São Miguel, Doutro Severiano, Luiz Gomes, Riacho de Santana, Paraná e Marcelino Vieira. Só nessa região, o programa beneficia um total de 1003 famílias.


O Seapac venceu a licitação realizada pela Sethas para a execução do Programa Nacional de Cisternas no Estado do RN. Ela tem uma tecnologia popular para a captação de água da chuva. A água que escorre do telhado da casa é captada pelas calhas e cai direto na cisterna, onde fica armazenada. Com capacidade para 16 mil litros, a cisterna supriria o consumo de uma família de cinco pessoas por um período de estiagem de, aproximadamente, oito meses.


Foram selecionados para receber os equipamentos os municípios de Água Nova, Almino Afonso, Antônio Martins, Baraúna, Bento Fernandes, Bom Jesus, Campo Grande, Carnaúba dos Dantas, Coronel João Pessoa, Currais Novos, Cruzeta, Doutor Severiano, Equador, Espírito Santo do Oeste, Florânia, Frutuoso Gomes, Ielmo Marinho, Itaú, Janduís, Japi, João Dias, Luís Gomes, Macau, Marcelino Vieira, Martins, Nova Cruz, Olho D´Água dos Borges, Paraná, Patu, Poço Branco, Portalegre, Riacho da Cruz, Riacho de Santana, Rodolfo Fernandes, Santa Cruz, São Miguel do Gostoso, São Paulo do Potengi, São Tomé, São Miguel, São Rafael, Senador Eloy de Souza, Serra do Mel, Taipu, Touros, Taboleiro Grande, Umarizal e Venha Ver.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Decifrando a China


Por Kátia Abreu
O crescimento do consumo das famílias chinesas abrirá oportunidades para o agronegócio brasileiro

Na semana em que a China escolhia, por seus ritos próprios, as lideranças que irão comandá-la pelos próximos dez anos, eu estava em Pequim, inaugurando o escritório de representação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Embora a sucessão política chinesa nem de longe venha carregada da dramaticidade e das incertezas que marcaram as eleições americanas, o meu sentimento é de que a nova direção da China vai liderar transformações muito mais amplas e profundas do que as que estavam, e estão, no horizonte da política norte-americana.
Nos Estados Unidos e Europa, as margens de manobra de seus governantes se tornaram muito estreitas. Pode-se até dizer que seus governos estão limitados a ações puramente defensivas, e não seria incorreto afirmar que americanos e europeus estão abandonando uma visão de futuro.  Tudo o que eles querem, neste momento, é  reencontrar a vida que tinham no passado e se perdeu com a crise.
O ritmo e a dimensão do crescimento chinês nas últimas décadas são o fenômeno histórico mais impressionante da atualidade, com suas reais consequências. Testemunhamos um radical deslocamento dos eixos do poder por meios pacíficos. No pequeno tempo de uma geração, a China tornou-se a segunda economia do planeta e a força motriz da qual depende o equilíbrio econômico mundial.
Apesar de o regime político chinês ser claramente autoritário, com severas limitações ao livre desenvolvimento da sociedade civil, a substituição periódica dos quadros dirigentes faz transparecer algum tipo de luta de ideias nos bastidores do Partido Comunista. E os observadores mais próximos afirmam que o país tem se movido em direção a uma espécie de liderança coletiva, dependendo cada vez menos da vontade de um só homem, como ocorria com o regime nos tempos de Mao. As políticas de governo estão mais institucionalizadas e baseadas em consensos mais amplos.
As indicações mais confiáveis sugerem que as elites dirigentes estão de acordo com algumas correções de rumo impostas pela realidade. A contribuição das exportações para o crescimento, que tem girado em torno de três pontos percentuais nos últimos dez anos, não passará de um ponto percentual na próxima década. A continuidade do crescimento terá que se basear na ampliação do mercado interno que, por sua vez, dependerá do consumo das famílias e dos gastos públicos nas áreas sociais.
A intensidade desse crescimento terá que ser reduzida. Nos dez anos da gestão da atual liderança, o PIB chinês, medido em dólar, simplesmente quadriplicou. Para 2020, a meta anunciada é a duplicação do PIB de 2010, acompanhada também da duplicação da renda por habitante.
Podemos antever que o consumo das famílias vai crescer muito mais rapidamente do que a economia, o que abrirá grandes oportunidades para as exportações do agronegócio brasileiro. Também é visível que a China parece, agora, muito mais disposta a projetar geopoliticamente o seu poderio econômico. O país expressa de forma clara a ambição de se tornar a maior economia do planeta e isso terá consequências para além da esfera meramente econômica.
 A Ásia – e os Estados Unidos – vão sentir o peso dessa influência nova e alguns conflitos surgirão daí, com repercussão também no comércio e na política de investimentos.
O Brasil, longe dos palcos desses conflitos e distante dessa agenda conturbada, pode construir relações econômicas muito mais profícuas com a China. Bastante mais diversificada e complexa do que as relações puramente comerciais que tem hoje com a nação chinesa.
Para isto, será necessário que, estrategicamente, sejamos capazes de responder com toda a agilidade a uma indagação: O que queremos da nova China que está surgindo?
*Katia Abreu, 50, senadora (PSD/TO) é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, escreve aos sábados, no caderno Mercado do Jornal Folha de S. Paulo.

Pronatec no SENAR 2013

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural inicia nesta segunda-feira (26) o II Encontro Nacional do Pronatec no SENAR, com a presença das 27 Administrações Regionais, que vão avaliar a execução do programa em 2012 e elaborar o planejamento do 1º semestre de 2013. O encontro acontece na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília, e vai até quinta-feira, dia 29.
De acordo com a chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social, Andréa Barbosa, o encontro vai possibilitar a troca de experiências com relação à realização dos cursos do Pronatec em todo Brasil. “Será um momento para balanço das ações realizadas até agora, principais dificuldades, resultados alcançados, compartilhamento dos depoimentos de alunos e instrutores que estão fazendo o programa acontecer”, avalia.
O SENAR iniciou as turmas do Pronatec em julho deste ano e atualmente tem mais de 16 mil alunos matriculados em 20 cursos diferentes somando mais de mil turmas em 23 estados. Para 2013, a expectativa é ampliar a oferta de cursos em todo território nacional. No momento, o portfólio para o próximo ano se aproxima de 50 opções de cursos, com capacitações principalmente nos eixos tecnológicos de recursos naturais e produção alimentícia.
Durante os quatro dias, os gestores também terão a oportunidade de apresentar os casos de sucesso das suas regiões, sugerir melhorias e trocar experiências com os demais participantes.
A expectativa sobre novas turmas no próximo ano anima a instrutora do curso de Bovinocultura de Corte no município goiano de Santa Fé, Cláudia Cristina Rodrigues. Ela está com sua primeira turma do Pronatec no SENAR e conta que espera muitas outras em 2013. “Estou feliz e satisfeita com meus alunos, a turma é muito boa e interessada, me surpreendi com eles. Como é a primeira, sou instrutora da parte técnica e de empreendedorismo, mas estou aprendendo muitas coisas que quero levar para as próximas turmas. Espero ter muitas outras experiências iguais a essa”, revela. Cláudia é zootecnista e instrutora de pastagens pelo SENAR Goiás.

Assessoria de Comunicação do SENAR

Autoridades e empresários da China na CNA


Autoridades do governo da China e empresários locais participam amanhã (27/11), em Brasília, de seminário organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para discutir o potencial de investimento na infraestrutura logística do Brasil e em segmentos do setor agropecuário que têm espaço para crescer nos próximos anos. “A demanda chinesa por comida e outros produtos agropecuários continuará crescendo e o Brasil pode produzir mais, de forma sustentável, para atender a esse mercado”, afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.
As estimativas mostram que a China reserva US$ 30 bilhões para investir na América Latina nos próximos anos. “Não tenho dúvidas de que o Brasil tem tudo para ser o destino da maior parcela desses investimentos em função do conjunto da economia, da estabilidade econômica e da segurança das instituições”, avalia a senadora Kátia Abreu. Os dados revelam, também, que cerca de 250 milhões de chineses devem ascender para a classe média, ampliando de forma significativa a demanda local por produtos agropecuários. “As exportações brasileiras para a China têm crescido desde 2002, principalmente de soja, mas podemos vender outros produtos para os chineses”, avalia.
Além das oportunidades em logística e infraestrutura, será apresentado à missão chinesa, durante o seminário, o potencial da agricultura irrigada, aquicultura, ovinocultura e silvicultura. “Todos esses segmentos são promissores. A produção brasileira de madeira, por exemplo, não atende ao consumo interno. Por ano, 250 mil hectares de florestas plantadas estão disponíveis para corte, enquanto a demanda é de 650 mil hectares”, estima a senadora Kátia Abreu. 
O “Encontro CNA Brasil – China” reunirá 26 autoridades e empresários chineses, além de especialistas e empresários brasileiros desses quatro segmentos.  O seminário, que será realizado na sede da CNA, em Brasília, terá início às 14h, com uma apresentação da senadora Kátia Abreu. O secretário-executivo do Instituto CNA, Moisés Gomes, detalhará ao grupo a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), desenvolvida em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A PGA reúne, eletronicamente, informações sobre a pecuária de corte, mas a base de dados pode ser ampliada para outros produtos, como forma de garantir a credibilidade desses processos. O consultor em logística da CNA, Luiz Antônio Fayet, fará uma apresentação sobre a infraestrutura brasileira.
Reuniões na China – Comitivas da CNA estiveram na China duas vezes neste ano, em abril e novembro. Na última visita, foi inaugurado o escritório de representação da entidade em Pequim. Nessas visitas, as  reuniões com empresários locais deixaram claro à presidente da CNA que a missão chinesa quer ir além dos contatos institucionais com o governo brasileiro. “Os empresários também querem dialogar com a iniciativa privada para investigar as reais possibilidades de negócios no Brasil”, afirma. Por esse motivo, a CNA resolveu organizar o seminário de amanhã.
Assessoria de Comunicação CNA

sábado, 24 de novembro de 2012

Novas condições de juros para financiamento rural


Imagem Interna
No último mês de outubro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou novas condições de juros para financiamentos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

Desta forma, através da Resolução nº 4.149/2012, o Banco do Nordeste foi autorizado a financiar operações rurais com recursos do FNE com a finalidade de investimento, inclusive com custeio e capital de giro associado, com taxas de juros de 2,49% ao ano.

 Ainda segundo a citada Resolução, haverá bônus de 15% sobre as parcelas da dívida pagas até a data de seu respectivo vencimento. Essas linhas de financiamento para as operações rurais são restritas a contratos firmados entre 1º de outubro a 31 de dezembro de 2012.

Custeio

De acordo com o assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), Caio Túlio Bezerra, estas operações não contemplam operações de crédito rural com a finalidade exclusiva de custeio. “Esta lacuna aparentemente demonstra pouca preocupação do Conselho Monetário Nacional com a classe produtora rural nordestina que vem amargando prejuízos com a seca deste ano. Reconhecidamente uma das mais devastadoras dos últimos 50 anos”, ressaltou o advogado.

Ainda de acordo com o assessor da Faern: “Em tempos de seca como a que enfrentamos, reduzir juros igualmente para financiamentos com o custeio nos parece ser a medida mais acertada e vantajosa ao setor rural nordestino”, finalizou Bezerra.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

OBSESSÃO POR CENSURA



Por *Kátia Abreu
 A tentativa de submeter os veículos de comunicação a um 'controle social' é uma forma oblíqua de censura


Nada conspira mais contra a democracia que a relativização de seus valores – entre eles (e sobretudo), a liberdade de imprensa. A tentativa de submeter os veículos de comunicação a um “controle social” é uma forma oblíqua de censura, com o indisfarçável propósito de mantê-la subjugada politicamente.
No Brasil, esse controle é ainda uma proposta obsessiva de parte expressiva do PT. Na Argentina, na Venezuela e no Equador, países que se consideram democráticos, é uma trágica realidade. 
A uniformidade dos discursos preocupa, sobretudo quando se sabe que obedece a uma articulação continental entre grupos políticos hegemônicos que postulam um mesmo projeto: uma América do Sul socialista.
Em face disso, no final de outubro, empresários de rádio e televisão de diversos países sul-americanos, reunidos na 42ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), em Montevidéu, aprovaram o envio de missão especial à Argentina, no dia 7 de dezembro, para acompanhar a entrada em vigor, naquele país, da Nova Lei de Meios.
Essa lei, com pequenas variantes, já havia sido tentada aqui, quando da edição do III Plano Nacional de Direitos Humanos, há quatro anos, felizmente repelida pela presidente Dilma Roussef, ainda quando candidata.
Todas as tentativas de enquadramento da imprensa, ao longo da história – e não foram poucas -, resultaram numa mesma constatação: não é possível fazê-lo sem ferir o princípio básico da democracia, que é a liberdade de informação e expressão.
O único controle democrático sobre a mídia é o que está na lei, mais especificamente no Código Penal. Os crimes decorrentes de seu uso indevido são três: injúria, calúnia e difamação, já devidamente capitulados, e geram reparações que, no limite, podem levar o infrator a sair do mercado. 
Liberdade, como é óbvio, não exclui responsabilidade penal para quem dela abusa. Mesmo assim, os que reclamam da imprensa o fazem como se não estivesse submetida a limites legais, o que tornaria indispensável providenciá-los. É esse, em síntese, o teor sofístico das sucessivas conferências de imprensa do PT.
A imprensa é um termômetro: mostra a febre, mas não a cria, nem a cura. Xingá-la, no entanto, tornou-se parte de um curioso processo de catarse, que só convence a quem dele carece. 
O ex-presidente Lula mantém relações esquizofrênicas com o tema. Já reconheceu diversas vezes que deve sua projeção política à imprensa, que, ainda ao tempo do regime militar, o acolheu com entusiasmo, como liderança popular emergente, arrostando riscos.
Mas diz que os jornais lhe dão azia, que o combatem injustamente e coisas afins, esquecido de que essas críticas convivem lado a lado, e em franca desvantagem numérica, com os que o louvam. Não há uníssono na imprensa.
A propósito, é improvável que haja um segmento da sociedade brasileira tratado com mais severidade – e frequentemente com injustiça - que o dos produtores rurais, em regra apresentados como vilões e retrógrados. 
Não obstante, não se registra uma única declaração de suas instituições reclamando da imprensa ou pedindo restrição ao seu livre exercício. Nossa opção é democrática: o debate, o exercício do contraditório.
Hoje, com a internet, não há notícia que escape de divulgação. Se houver alguma informação alvo de sabotagem generalizada na mídia convencional – algo altamente improvável -, acabará vazando pela internet e chegando ao público. 
Outra lenda: o monopólio das TVs, ponto central e recorrente dos questionamentos. Há, no Brasil, em pleno funcionamento, nada menos que cinco redes nacionais privadas (Globo, Bandeirantes, Rede TV, Record e SBT), além de TVs Educativas estatais e redes regionais, sem contar as TVs por assinatura. Não há monopólio. Há liderança, que só pode ser quebrada mediante opção do telespectador.
Qualquer outra medida implica censura. Uma coisa é certa: nenhum dano decorrente da liberdade de imprensa é maior que os que ela ajuda a evitar.
*Kátia Abreu, senadora (PSD/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados nesta coluna.
 

PROJETOS E PROGRAMAS, MINHA CASA MINHA VIDA RURAL.

O Programa Nacional de Habitação Rural, integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida, oferece subsídios para a construção ou reforma de imóveis aos agricultores familiares, trabalhadores e aposentados rurais com renda anual de até 15.000,00.
A CNA, o SENAR e o INSTITUTO CNA oferecem o apoio técnico e estrutural para a construção dessas moradias e cursos de capacitação e treinamento.
Com moradia digna, homens e mulheres do campo ganham novo ânimo para produzir alimentos em equilíbrio com o meio ambiente, melhorando a renda, a qualidade de vida da família e a economia da região.
PARTICIPANTES DO PROGRAMA
  • MINISTÉRIO DAS CIDADES – Gestor da Aplicação
  • MINISTÉRIO DA FAZENDA – Repasse dos Recursos
  • CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – Agente Financeiro e Gestor Operacional
  • FEDERAÇÃO DE AGRICULTURA DOS ESTADOS

FINALIDADE
Concessão de subsídios, com recursos do Orçamento Geral da União - OGU, aos agricultores familiares, organizados sob a forma coletiva, por meio de uma Entidade Organizadora, para produção da unidade habitacional em área rural.
MODALIDADE: Aquisição de Material de Construção para conclusão, reforma e ampliação da Unidade Habitacional Rural.

PÚBLICO–ALVO
  • Agricultores familiares com renda familar bruta anual de até R$15.000,00, que comprovem enquadramento no PRONAF, Grupo “B”, C”, “V” e “A - Beneficiários do PNCF, por meio da apresentação de DAP – Declaração de aptidão ao PRONAF, emitida nos últimos 3 anos”;
  • Trabalhador rural com renda familiar bruta anual até R$ 15.000,00, comprovada por carteira de trabalho, contrato de trabalho ou declaração do empregador/cooperativa/associação/sindicato;
  • Trabalhador rural aposentado com renda bruta familiar anual até R$ 15.000,00, demonstrada por meio de comprovante de proventos do INSS.

SUBSÍDIOS
CONCEDIDO AO BENEFICIÁRIO
  • Até R$ 25.000,00, destinado à construção da UH - Unidade Habitacional (pagamento do material de construção e mão-de-obra);
  • Até R$ 15.000,00, destinado à conclusão/reforma/ampliação da UH (pagamento do material de construção e mão-de-obra);

CONTRAPARTIDA DO BENEFICIÁRIO
4% do valor do subsídio edificação é devolvido, pelo beneficiário, ao OGU, a título de contrapartida do beneficiário, da seguinte forma:
  • Quatro parcelas anuais, sem juros e sem atualização monetária;
  • Primeira parcela vence um ano após assinatura do contrato.

Tipo
SUBSÍDIO
PERCENTUAL
CONTRAPARTIDA DO BENEFICIÁRIO
Construção
R$ 25.000,00
4%
R$ 1.000,00
Conclusão Reforma Ampliação
R$ 15.000,00
4%
R$ 600,00


ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE ORGANIZADORA
  • Elaboração do projeto do empreendimento;
  • Apresentação do projeto à CAIXA;
  • Organização e indicação do grupo de beneficiários;
  • Participação no investimento com aporte financeiro ou bens e/ou serviços economicamente mensuráveis, se necessário;
  • Acompanhamento e execução das obras do empreendimento;
  • Execução do TTS - Trabalho Técnico Social e ATEC – Assistência Técnica
  • Conclusão do empreendimento, dentre outras.
Obs.: Definidas no Termo de Cooperação e Parceria – TCP, firmado entre a EO e a CAIXA.

PROPOSTA/PROJETO DE INTERVENÇÃO
  • Aprovação jurídico/cadastral, de engenharia e de trabalho técnico social;
  • Mesmo regime de construção para todas as UHs - Unidades Habitacionais;
  • Localização das UHs em, no máximo, três municípios limítrofes;
  • Limite de 50 UH por projeto e no mínimo 04 UH;
  • Comprovação de origem legal das madeiras nativas utilizadas nas obras do empreendimento.

GLEBA/TERRENO
  • Até 4 módulos fiscais, exceto áreas indígenas e comunidades quilombolas;
  • Vias de acesso, soluções para abastecimento de água, esgoto sanitário e energia elétrica;
  • Terreno de propriedade do beneficiário;
  • Terreno de propriedade de terceiros:
    • Comprovado parentesco até 3º grau entre um dos proprietários com o beneficiário;
    • Autorização dos proprietários para produção da UH pelo beneficiário.
  • De posseiro, de boa fé de terras públicas ou ocupantes de terras particulares, com direitos sucessórios, mas com processos de partilha ainda não encaminhados ou não concluídos, e não havendo dúvidas sobre o domínio do imóvel;
  • Terreno com cláusula de usufruto vitalício (usufrutuário /nu-proprietário);
  • Terreno de Comunidade Quilombola.

BENEFICIÁRIOS – EXIGÊNCIAS
  • Ser indicado pela Entidade Organizadora - EO;
  • Apresentação de documentos pessoais;
  • Comprovação de capacidade civil;
  • Regularidade perante a Receita Federal;
  • Ser brasileiro nato ou naturalizado; se estrangeiro, ter visto permanente no País;
  • Comprovar renda familiar anual de até R$ 15.000,00.

BENEFICIÁRIOS – IDADE
Não há limite máximo de idade.

DOCUMENTAÇÃO
Relação de documentos e modelos específicos serão disponibilizados pela EO.

RESTRIÇÕES AO BENEFICIÁRIO
  • Possuir registro no CADIN – Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal;
  • Possuir débitos não regularizados junto à Receita Federal;
  • Possuir financiamento imobiliário ativo em qualquer localidade do País;
  • Possuir área superior a 4 módulos fiscais conforme legislação em vigor;
  • Ser proprietário, cessionário, arrendatário ou promitente comprador de outro imóvel residencial, seja urbano ou rural (excetuando a propriedade onde se implantará a UH), situado no atual local de domicílio ou onde pretende fixá-lo; no caso de reforma é admitida a propriedade do imóvel residencial rural objeto da reforma;
  • Ter figurado, a qualquer época, como beneficiário de programa habitacional lastreado nos recursos do OGU, do INCRA ou de desconto habitacional concedido com recursos do FGTS;
  • Ser beneficiário do Programa de Reforma Agrária – assentados da reforma agrária – independentemente do enquadramento da DAP;
  • Estar enquadrado no grupo “A” (exceto beneficiário PNCF) e grupo “D” do PRONAF;
  • Receber renda anual familiar consignada na superior a R$15.000,00;
  • Ter recebido, a qualquer época, recursos do crédito fundiário para construção da moradia;
  • Não é admitida a transferência de intervivos, nem cessões de direitos, promessas de cessões de direitos ou procurações, que tenham por objeto a alienação, onerosa ou gratuita, ou a promessa de compra e venda e a cessão de imóveis, componentes do Programa, antes do final do prazo da operação.

PRAZO DE CONSTRUÇÃO
Entre 4 e 12 meses

CONTATOS
COORDENAÇÃO NACIONAL
Instituto CNA
SGAN Quadra 601, Módulo K - Térreo
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Seminário discutirá convivência com o semiárido em núcleo da Ufersa


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A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Campus de Angicos, realizará, no período de 22 a 24 de novembro, o 1º Seminário Estadual de Educação Para Convivência Com o Semiárido: Realidade, Desafios e Perspectivas.

De acordo com informação dada pela comissão organizadora do evento, as inscrições já estão abertas e podem ser feitas pela internet, no endereço eletrônico www.educacaosemiarido.wordpress.com.

De acordo com a professora Rita Diana Gurgel, uma das coordenadoras do evento, a inscrição também poderá ser feita presencialmente até o dia do seminário.

A professora explicou que o seminário será muito importante para toda a região, e estão sendo aguardados em torno de 350 visitantes que se inscreverão para participar dos grupos de trabalho. É um evento regional que contará com a participação de pessoas de todo o Estado e outras unidades da Federação.

A inscrição, além de poder ser feita através do endereço eletrônico, também poderá ser feita na hora até o dia do evento.

O evento é uma iniciativa conjunta da Coordenação de Extensão, das Coordenações de Cursos de Licenciaturas e da Coordenação de Especialização do Campus da Ufersa de Angicos, e tem o apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) por meio do Programa de Apoio a Eventos no País (Paep).

Conforme a comissão organizadora do Seminário Estadual de Educação no Campus da Ufersa em Angicos, o público-alvo abrange professores e gestores da rede de ensino (estadual, municipal e federal), estudantes das licenciaturas e da pós-graduação, representantes dos movimentos sociais e demais profissionais interessados nas temáticas.

Veja os temas que pautarão os grupos de trabalho

- Paulo Freire e a Formação de Professores em Uma Sociedade Tecnológica;

- Práticas Freireanas no Ensino de Ciências e Matemática;

- Práticas Discursivas de Educação Continuada, Diversidade Étnico, Racial e Cidadania;

- Educação e Movimentos Sociais;

- Educação Ambiental na Construção da Convivência com o Semiárido; Recursos Naturais: técnicas e práticas sustentáveis;

- Tecnologias e Práticas Educativas;

- Paulo Freire e a Educação de Jovens e Adultos;

- Ensino, Inclusão e Linguagem Ensino; e Gêneros Digitais e Ensino da Linguagem em AmbientesVirtuais.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Corrida contra a seca começa com a recuperação de poços


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A 16ª Reunião Ordinária do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel), promovida na sexta-feira (09), em Salvador, com a presença da presidente Dilma Rousseff, já começou a render efeitos práticos no RN, que tem mais de 90% de seu território dentro do chamado polígono da seca.

A governadora Rosalba Ciarlini, que esteve no encontro, reuniu a imprensa na manhã deste sábado, em seu gabinete, para anunciar uma série de medidas emergenciais para a convivência com a estiagem, considerada uma das mais rigorosas dos últimos 50 anos.

No total, 87 poços e 1.500 cisternas começarão a ser recuperados e construídos já a partir desta segunda-feira, com recursos próprios do erário estadual como medida de boa vontade à entrada de R$ 250 milhões a fundo perdido do Governo Federal a serem injetados, mediante projetos pontuais, nos próximos meses.

Só na reunião do Condel, o governo do Estado assinou R$ 108 milhões em projetos contra a seca  e outros R$ 42 milhões serão formalizados na próxima terça-feira, no encontro do PAC da Irrigação instituído pelo Governo Federal.

Para se ter uma ideia do impacto dessas medidas, depois da coletiva convocada com a imprensa, técnicos da Caern se reuniram com a governadora para avaliar como ficará o abastecimento de água de municípios como o de Luis Gomes, no Alto Oeste potiguar, que recebe 30 carros pipa diariamente ao valor de R$ 175,00 por caminhão.

O resultado da conta fala por si: com 5.250 carros por mês, 157.500 por ano, os moradores de lá consomem o equivalente a R$ 1,8 milhão em carros pipa por ano, quando o recurso estimado para recuperar os 18 poços existentes no município é de apenas R$ 396 mil.

Hoje, ao comentar as ações, a governadora deu a entender que a recuperação de poços já abertos pela administração anterior, mas sem serventia alguma porque não estavam equipados, representam um avanço importante na convivência com a seca e uma prioridade da sua administração.

Ao fazer um balanço da reunião do Condel, Rosalba qualificou como vitórias pessoais a prorrogação da Bolsa Estiagem e da Garantia Safra – cujos términos estavam previstos para fim de outubro – até dezembro. Ela havia solicitado ao conselho, na presença da presidente Dilma Rousseff, que o prazo fosse delatado até março – conseguiu dezembro.

Rosalba chamou atenção para as previsões de um meteorologista de renome internacional, o professor Carlos Nobre, para reafirmar o temor de que a seca se prolongue por mais 90 dias. “Hoje, sabemos que não é possível realizar previsões longas, mas uma opinião como essa nos indica que precisamos tomar todos os cuidados possíveis”, afirmou.

Durante a reunião do Condel, que é o órgão máximo de articulação e decisões estratégicas da Sudene, em Salvador,  a governadora também pediu pressa para a construção do trecho da bacia Apodi/Mossoró, na transposição do Rio São Francisco.

Segundo ela, os principais reservatórios da região, que são as barragens de Santa Cruz e Pau dos Ferros, podem enfrentar dificuldades com a escassez de chuva. “Fizemos um apelo para que esse trecho seja imediatamente licitado e iniciado”, adiantou, ao insistir que a região não pode esperar que esse trecho seja construído somente na última etapa do projeto da transposição do São Francisco, como está previsto no projeto.

Rosalba também pediu ao ministro da Integração, Fernando Bezerra, agilidade para a Barragem de Oiticica, no Seridó. Durante a coletiva de imprensa, ela deu esse assunto  como “favas contadas”. E garantiu que as obras da barragem serão reiniciadas no próximo ano, sem especificar uma data.

Utilizando as vantagens do sistema simplificado de licitação, a governadora disse que não quer perder tempo, aprovando a maior quantidade de projetos possíveis não só de convivência com a seca, como os estruturantes, que garantirão um legado permanente contra uma situação imutável – a seca.



Convivência com a estiagem é repleta de números e cifras

Desde abril deste ano, 139 municípios tiveram o estado emergência declarado pelo Governo do RN, que criou um comitê para tratar sobre a seca.

Entre as ações criadas está a Operação Carro Pipa e o  Seguro Garantia Safra, lançado pelo governo federal em 2003, atingido na mais de 37 mil produtores com benefício de R$ 680 mês para aqueles que aderem. Já no RN, foi criado o Bolsa Estiagem, que destina R$ 400,00 para cada produtor.

Entre as muitas ações do governo estadual, está a construção de  400 cisternas no interior, o que  representa um investimento de R$ 881 mil.

Outra ação é o Programa Milho em Balcão, no qual são comercializadas 64 mil toneladas de milho em oito postos de venda. Mas esse insumo vindo de carreta dos estoques da Conab no Mato Grosso, sofreram atrasos por falta de caminhões, mesmo depois de terem seus preços subsidiados para R$ 18,00 a saca de 60 kg para produtores familiares de R$ 22,00 para os demais criadores.

A construção de 500 barragens subterrâneas, um investimento de 10 milhões, é outra ação que o Governo pretende agilizar com a entrada de recursos à fundo perdido do Governo federal.

De acordo com o secretário de Recursos Hídricos, Gilberto Jales, existem ações que já estão em execução, como a construção de adutoras e sistemas de abastecimento.

“Elas estão em fase de licitação e contratação. Além disso, a Barragem de Oiticica terá a obra retomada no próximo ano. Mas existem outros programas, como o Água Doce, um investimento de R$ 11 milhões e o Água para Todos, com a liberação de R$ 23 milhões para amenizar os efeitos da seca.

O tenente-coronel Geraldo Pereira Neto, coordenador da Operação Pipa no RN, informa que o Exército vem atuando em 94 municípios, realizando a operação Carro Pipa. Segundo ele, os repasses de recursos do Governo Federal são estáveis, o que permite a frequência da Operação.

O ponto negativo, nos últimos anos, é o agravamento da seca, segundo o militar. “Há um colapso de algumas fontes de água, o que provoca um efeito cascata que afeta a ponta da linha, o usuário”, afirmou.

Segundo o oficial, hoje o Exército atingiu a plenitude no que pode apoiar. “Não temos quadros voltados para Operação Pipa. Sabemos que Natal concentrou um Batalhão que se deslocará para o Haiti, e ficará por lá durante seis ou oito meses. Grande parte saiu aqui do RN. Ou seja, além da atual deficiência de pessoal, ainda teremos nosso efetivo reduzido. Mas destaco que o Comando do Exército coloca a Operação Pipa como prioridade”, garantiu.

Fonte: O Jornal de Hoje
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