quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Pequenos criadores recebem forragem


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A distribuição de forragens para os agricultores familiares do Rio Grande do Norte, criadores de animais dos tipos bovino, caprino e ovino teve início no dia 26 de outubro. A ação faz parte do conjunto de estratégias de convivência com a estiagem e contemplará 18 municípios do estado, começando por Parelhas.

A partir desta segunda-feira (29), serão beneficiados os produtores de Caicó e Mossoró. Os municípios restantes terão as datas definidas em seguida, com distribuição através dos seguintes postos: Assu, São Paulo do Potengi, Umarizal, Serrinha, Santa Cruz, Currais Novos, Pau dos Ferros, João Câmara, Afonso Bezerra, Caraúbas, Florânia, Frutuoso Gomes, Lajes, Passa e Fica e São Tomé.

O "Plano de Trabalho para Ações de Socorro, Assistência e Restabelecimento" beneficiará, no prazo de 90 dias, cerca de 3.400 criadores de até 10 cabeças de gado bovino ou de até 35 cabeças de ovinos e caprinos, selecionados com base no cadastro da Conab.

Os recursos para agilizar essa fase do plano é da ordem de R$ 2.599.984,00, procedentes de parceria entre o Ministério da Integração Nacional, Secretaria Nacional da Defesa Civil, Governo do Estado (através da Secretaria da Agricultura, da Pecuária e da Pesca), Secretaria Estadual de Justiça e Cidadania, Coordenadoria Estadual de Defesa Civil. A execução das atividades será de responsabilidade da Emater-RN.

Metas - Segundo Ronaldo Cruz, o plano consiste de três metas básicas: aquisição de 7.878 toneladas de forragem, preferencialmente de milho ou sorgo, para alimentação do rebanho dos agricultores familiares nos municípios em situação de emergência, em consequência da estiagem; fornecimento de água potável através de carros-pipa e recuperação de sistemas para o fornecimento de água.

O diretor geral da Emater-RN ressalta que os postos de distribuição de forragem aos agricultores familiares serão coordenados pelos escritórios regionais da instituição.

Distribuição será feita de acordo com o tamanho dor rebanho

Os pequenos produtores cadastrados receberão a forragem da seguinte forma: cinco quilos por dia por cabeça de gado bovino para os que tiverem até 10 animais no seu rebanho ou um quilo por dia por cabeça de caprino e ovino até o limite de 35 cabeças.

Ampliação - A ação, que será iniciada amanhã no Rio Grande do Norte, em breve será ampliada. A governadora Rosalba Ciarlini e o secretário Betinho Rosado reuniram-se na última terça-feira, dia 23, com o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, com o objetivo de pedir o reforço na distribuição de forragem para alimentação do rebanho. O pedido foi prontamente atendido e o nível de sua ampliação será estudado.

O secretário Betinho Rosado enfatizou que o número de agricultores familiares poderia ser ampliado. Por isso, determinou que a Emater-RN atendesse, com o programa, os pequenos produtores de todas as regiões do Estado.


Fonte: Jornal de Fato

Agricultores protestam em frente ao BNB


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Agricultores de diversas comunidades rurais e assentamentos de Mossoró e região se reuniram na terça-feira (30) em frente à agência do Banco do Nordeste para expor o descontentamento em face do tratamento dispensado pelos Governo Federal e Governo Estadual do RN com relação às ações para minimizar os efeitos da seca, as quais não correspondem às necessidades dos agricultores. Enquanto estiveram no local, os agricultores não permitiam a entrada ou saída das pessoas, chamando inclusive a atenção da força policial.

“Essa ocupação é passiva, só queremos que alguém nos receba e nos dê uma definição, para que possa ser feito alguma coisa pelos agricultores que estão sofrendo com a estiagem”, explicou o presidente do Sindicato da Lavoura, Francisco Gomes.

De acordo com o presidente do Sindicato, alguns agricultores deram entrada no pedido do crédito desde abril deste ano. “A propaganda é muito bonita, mas a realidade é bem diferente. Para nós os créditos emergenciais estão apenas no nome, pois os agricultores continuam sofrendo”, continuou.

A agricultora Maria Gomes de Brito, que é a primeira mulher assentada do Rio Grande do Norte, mora no assentamento Sítio Hipólito e disse que vive uma realidade muito difícil, assim como todos de lá. “Os bichos estão morrendo de fome, e os agricultores ficam pra lá e pra cá procurando ajuda para salvar os animais, que são o que nos resta”, reclamou.

Maria Gomes disse que a única solução é que essas providências saiam do papel. “Não está tendo plano emergencial nenhum. Os agricultores estão tentando se virar arrumando emprego nos projetos de irrigação, vivendo do pouco da aposentadoria ou bolsa família. Desanimar é que não pode. Mas o que o governo tem que fazer é mandar os secretários às comunidades para ouvir os agricultores, porque quando estava em época de eleição todo dia aparecia gente, agora ninguém vem”, continuou.

Manoel Alves dos Santos veio de Baraúna para o protesto. “Se acham que a situação em Mossoró está difícil, em Baraúna está pior. Nenhum canto tem a situação de lá, com os animais mortos nas estradas e ninguém faz nada para nos ajudar. O gado está morrendo e o povo está cortando macambira para ver se escapa o gado”, disse.

ACORDO - Após o protesto, os agricultores participaram de uma reunião com o presidente-geral do banco, o presidente do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), cooperativas e o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Rio Grande do Norte (FETARN).

Segundo o presidente do Sindicato da Lavoura, Francisco Gomes, a reunião culminou com o fechamento de um acordo, através do qual, a partir de hoje, os projetos mais simples serão desburocratizados. Além disso, semanalmente, as partes envolvidas no acordo irão se reunir para fazer análises dos projetos.

O gerente do Pronaf, Humberto de Araújo, diz que o banco não está de posse de todas as propostas dos trabalhadores. Ele acrescenta que o banco se comprometeu em contratar todas as propostas que forem enviadas, desde que não haja pendências. Outro compromisso firmado foi o de redução no tempo das negociações. Além disso, o banco se comprometeu ainda em aumentar o número de analistas para analisar as propostas que chegam.

“Houve entendimento sim”, afirma Humberto Araújo, acrescentando que o banco está aberto para negociar com os trabalhadores e tirar suas dúvidas.

De acordo com Francisco Gomes, caso o acordo não seja cumprido, os agricultores retornarão ao banco e os trabalhadores só negociarão com a superintendência do banco.


Fonte: Gazeta do Oeste
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