quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dois pra cá ou dois pra lá; Temo que as negociações do Mercosul com a União Europeia terminem como o tango, em tragédia

O agronegócio brasileiro aguarda com um misto de preocupação e esperança a fase decisiva de um mesmo tango que se arrasta por 15 anos: a tentativa do Mercosul de fechar um acordo comercial com a União Europeia. Já escrevi neste mesmo espaço que o Mercosul, em vez de acordo "balão", que eleva o país, tornou-se um acordo "âncora", que afunda o bloco num mar de incertezas. Temo agora que as negociações terminem como todos os tangos: em tragédia. O agronegócio não aceita esse desfecho. A União Europeia, que foi o principal destino de nossas exportações por anos, acaba de ser superada pela China, em 2013. Enquanto as vendas para os europeus caíram 2,5%, a China ampliou suas compras em expressivos 27,3%. Os europeus não deixaram de comprar alimento. Apenas transferiram seus pedidos para outros fornecedores, inclusive para nossos vizinhos da América Latina, com os quais já assinaram acordos de livre-comércio. O Mercosul comprometeu-se a trocar ofertas com a União Europeia até o fim de 2013. O ano acabou e o Mercosul não fez a lição de casa. A Europa espera que cerca de 90% dos produtos sejam livres de impostos como resultado do acordo. Da mesma forma, o Mercosul abrirá seu mercado para os produtos europeus, sem tarifação. As informações que temos são que tanto europeus como uruguaios, paraguaios e brasileiros estão com as suas listas de ofertas definidas. Apenas a Argentina ainda não completou a sua proposta. Desde o início deste mês, Bruxelas espera por nós. A expectativa era que a decisão final dos argentinos fosse anunciada na Cúpula do Mercosul. Porém, o encontro, mais uma vez, foi adiado, sem data definida. Não convém deixar esperando um cliente que representa 19,7% das vendas totais brasileiras e 22,1% dos embarques dos alimentos. Como a Cúpula Brasil "" União Europeia está programada para o próximo dia 27 de fevereiro, é crucial que a troca de ofertas ocorra antes dessa data. O encontro bilateral é a última oportunidade para a consolidação das negociações em 2014. Agora só falta a Argentina mudar a sua história. No Brasil, setores econômicos que, inicialmente, barraram as tentativas do governo em alcançar o acordo com Bruxelas já se somam às vozes em apoio à liberalização comercial. O Brasil não pode ficar refém de uma minoria. Mesmo que alguns percam em determinado momento, o ganho futuro do país é enorme. A hora é agora. Não há mais espaço para os nossos atrasos, enquanto Bruxelas negocia ambiciosos acordos de livre-comércio com os nossos concorrentes, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Ucrânia, entre outros. Cada uma dessas negociações engole um pedaço do mercado que poderia ser dos produtores brasileiros. Outro elemento complicador são as eleições do Parlamento Europeu, em maio próximo, e do presidente da Comissão Europeia, em julho. Além disso, temos as eleições no Brasil. Se as negociações não forem fechadas até o fim de fevereiro, no mínimo, será perdido mais um ano. Quando não, toda a negociação poderá ser comprometida de forma definitiva. Para o agronegócio, o efeito disso é desastroso já a curtíssimo prazo. O fim do Sistema-Geral de Preferências (SGP) europeu, a partir deste ano, agrava ainda mais o quadro. Cerca de 10% das nossas vendas de alimentos para o bloco já estão prejudicadas. O limão, que tinha uma carga tributária da União Europeia de 13,5%, passou a pagar 19,2%. O impacto é devastador para os produtores que exportavam 94% da fruta para esse mercado. Os colombianos e os mexicanos, por acordos com os europeus, têm tarifa zero para esse e outros produtos. Perdemos as poucas preferências tarifárias por termos alcançado um novo patamar como nação, ao melhorar a renda da nossa população. Isso é bom. Crescemos. O ônus é que, a partir de agora, teremos que negociar com os grandes de igual para igual. Teremos que fazer sacrifícios para termos benefícios. É hora de escolher o tango que vamos dançar. Se não for possível bailarmos juntos, que sejam dois para cá, dois para lá. KÁTIA ABREU, 51, senadora (PMDB/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados na Folha de S.Paulo.

CNA coordena posição do setor privado na abertura do mercado americano para carne bovina fresca

Às vésperas da iminente abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina fresca, resfriada ou congelada, produzida no Brasil, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lidera o processo de construção de um posicionamento conjunto do setor a respeito da consulta pública das autoridades norte-americanas sobre a autorização para importação do produto. No final do ano passado, o Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou as análises de risco e de impactos econômicos da liberação das importações. Ambas foram positivas. Em relação aos aspectos econômicos, as autoridades concluíram que a abertura do mercado beneficiará os consumidores norte-americanos. Avaliaram ainda que a importação do Brasil não comprometerá as medidas de erradicação de febre aftosa do rebanho norte-americano e que a carne brasileira e os controles sanitários aplicados aqui são seguros. “As autoridades da área de sanidade dos Estados Unidos ficaram satisfeitas com a segurança do produto brasileiro e isso tem um significado maior do que só comercial. Estamos vivendo um bom momento de posicionamento da imagem do agro do Brasil no mercado internacional”, afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Depois da publicação do relatório com as análises, o USDA abriu um período de consulta pública sobre a autorização da importação da carne fresca brasileira proveniente de 13 estados e do Distrito Federal, reconhecidos como áreas livres de febre aftosa com vacinação. Até agora, foram apresentados cerca de 200 comentários ao texto do relatório, sendo que a grande maioria não está relacionada a questões técnicas. Após o encerramento do período de consulta, no dia 21 de fevereiro, o USDA analisará os comentários e dará início ao processo de aprovação do regulamento final que antecede a liberação para importação. As estimativas são de exportações anuais de 20 mil a 65 mil toneladas de carne bovina do Brasil, no período de 2014 a 2018. “A abertura confirma a qualidade da carne brasileira, como já foi constatado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e por outros grandes parceiros comerciais do Brasil, como a União Europeia e a Rússia”, ressalta a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Tatiana Palermo. Com a liberação, Tocantins, Sergipe, São Paulo, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal poderão vender carne bovina para os Estados Unidos. O posicionamento do setor privado brasileiro favorável à abertura do mercado dos Estados Unidos foi debatido nesta semana, na sede da CNA, em Brasília. Participaram da reunião, representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportações de Carnes (ABIEC), da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Brazil Industries Coalition (BIC). Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também estiveram no encontro. Fonte: Canal do Produtor.com CNA coordena posição do setor privado na abertura do mercado americano para carne bovina fresca Às vésperas da iminente abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina fresca, resfriada ou congelada, produzida no Brasil, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lidera o processo de construção de um posicionamento conjunto do setor a respeito da consulta pública das autoridades norte-americanas sobre a autorização para importação do produto. No final do ano passado, o Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou as análises de risco e de impactos econômicos da liberação das importações. Ambas foram positivas. Em relação aos aspectos econômicos, as autoridades concluíram que a abertura do mercado beneficiará os consumidores norte-americanos. Avaliaram ainda que a importação do Brasil não comprometerá as medidas de erradicação de febre aftosa do rebanho norte-americano e que a carne brasileira e os controles sanitários aplicados aqui são seguros. “As autoridades da área de sanidade dos Estados Unidos ficaram satisfeitas com a segurança do produto brasileiro e isso tem um significado maior do que só comercial. Estamos vivendo um bom momento de posicionamento da imagem do agro do Brasil no mercado internacional”, afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Depois da publicação do relatório com as análises, o USDA abriu um período de consulta pública sobre a autorização da importação da carne fresca brasileira proveniente de 13 estados e do Distrito Federal, reconhecidos como áreas livres de febre aftosa com vacinação. Até agora, foram apresentados cerca de 200 comentários ao texto do relatório, sendo que a grande maioria não está relacionada a questões técnicas. Após o encerramento do período de consulta, no dia 21 de fevereiro, o USDA analisará os comentários e dará início ao processo de aprovação do regulamento final que antecede a liberação para importação. As estimativas são de exportações anuais de 20 mil a 65 mil toneladas de carne bovina do Brasil, no período de 2014 a 2018. “A abertura confirma a qualidade da carne brasileira, como já foi constatado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e por outros grandes parceiros comerciais do Brasil, como a União Europeia e a Rússia”, ressalta a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Tatiana Palermo. Com a liberação, Tocantins, Sergipe, São Paulo, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal poderão vender carne bovina para os Estados Unidos. O posicionamento do setor privado brasileiro favorável à abertura do mercado dos Estados Unidos foi debatido nesta semana, na sede da CNA, em Brasília. Participaram da reunião, representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportações de Carnes (ABIEC), da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Brazil Industries Coalition (BIC). Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também estiveram no encontro. Fonte: Canal do Produtor.com

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Pecuária leiteira de alta tecnologia foi a mais rentável

A pecuária leiteira de alta tecnologia, com produção de 25 mil litros por hectare ao ano, foi a atividade agropecuária mais rentável em 2013, mostra levantamento da Scot Consultoria. A rentabilidade do segmento foi de 10,08%, ante 7,71% de 2012. "Esse resultado só foi possível graças à valorização do leite, cujo preço subiu 17,1% para esse perfil de produção, e também às cotações dos alimentos concentrados energéticos, que tiveram oscilações comedidas durante o ano", explicou o zootecnista e diretor da Scot, Gustavo Adolpho Maranhão Aguiar, em relatório. Conforme ele, a atividade, em comparação a outros investimentos, só perde para os resultados dos fundos cambiais, que teve rentabilidade de 12,8% no ano passado, e para o dólar comercial, com um porcentual de 10,4%. A pecuária leiteira de baixa tecnologia, por outro lado, segue com prejuízos. Em 2013, a variação negativa foi de 3,03% ante queda de 2,61% de 2012. No que tange à pecuária como um todo, a rentabilidade praticamente repetiu a de 2012, mesmo com uma melhora dos preços da arroba do boi gordo e dos animais de reposição. A recria e engorda, com aplicação crescente de tecnologia, teve rentabilidade de 5,33% ante 5,35% de 2012; o pecuarista de ciclo completo, também com o investimento, viu sua atividade gerar um lucro de 5,32% ante 5,27% na mesma base de comparação. A rentabilidade da cria, com tecnologia, foi de 1,41% ante 1,37%. Para a atividade de ciclo completo de baixa tecnologia, a rentabilidade passou de 1,06% para 1,03%. Já a recria e engorda nesse perfil passou de 0,11% para 0,12% e para cria, de prejuízo de 1,54% para perdas de 1,53%. "O lucro melhorou para todos os sistemas analisados, mas o ajuste no preço da terra segurou o aumento da rentabilidade. Assim, para os pecuaristas que não computam o preço da terra nas análises econômicas 2013 trouxe melhores resultados", ressaltou Aguiar. Fonte: Revista Globo Rural Online Pecuária leiteira de alta tecnologia foi a mais rentável, diz Scot A pecuária leiteira de alta tecnologia, com produção de 25 mil litros por hectare ao ano, foi a atividade agropecuária mais rentável em 2013, mostra levantamento da Scot Consultoria. A rentabilidade do segmento foi de 10,08%, ante 7,71% de 2012. "Esse resultado só foi possível graças à valorização do leite, cujo preço subiu 17,1% para esse perfil de produção, e também às cotações dos alimentos concentrados energéticos, que tiveram oscilações comedidas durante o ano", explicou o zootecnista e diretor da Scot, Gustavo Adolpho Maranhão Aguiar, em relatório. Conforme ele, a atividade, em comparação a outros investimentos, só perde para os resultados dos fundos cambiais, que teve rentabilidade de 12,8% no ano passado, e para o dólar comercial, com um porcentual de 10,4%. A pecuária leiteira de baixa tecnologia, por outro lado, segue com prejuízos. Em 2013, a variação negativa foi de 3,03% ante queda de 2,61% de 2012. No que tange à pecuária como um todo, a rentabilidade praticamente repetiu a de 2012, mesmo com uma melhora dos preços da arroba do boi gordo e dos animais de reposição. A recria e engorda, com aplicação crescente de tecnologia, teve rentabilidade de 5,33% ante 5,35% de 2012; o pecuarista de ciclo completo, também com o investimento, viu sua atividade gerar um lucro de 5,32% ante 5,27% na mesma base de comparação. A rentabilidade da cria, com tecnologia, foi de 1,41% ante 1,37%. Para a atividade de ciclo completo de baixa tecnologia, a rentabilidade passou de 1,06% para 1,03%. Já a recria e engorda nesse perfil passou de 0,11% para 0,12% e para cria, de prejuízo de 1,54% para perdas de 1,53%. "O lucro melhorou para todos os sistemas analisados, mas o ajuste no preço da terra segurou o aumento da rentabilidade. Assim, para os pecuaristas que não computam o preço da terra nas análises econômicas 2013 trouxe melhores resultados", ressaltou Aguiar. Fonte: Revista Globo Rural Online

CNA responde a ataques do radicalismo ambiental

SENAR - RN CNA responde a ataques do radicalismo ambiental A Folha de S.Paulo publicou, no domingo (19/01), entrevista com Mario Mantovani, da ONG SOS Mata Atlântica, que disparou acusações absurdas contra os produtores rurais, usando dados falsos e tentando denegrir a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA. No link abaixo, reproduzimos a entrevista que ataca o agronegócio, o produtor rural e as suas representações, intercalando abaixo de cada resposta, argumentos e dados oficiais que desmentem as acusações levianas feitas ao setor. http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/cna-responde_0.pdf Fonte: Canal do Produtor.com
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