terça-feira, 27 de novembro de 2012

Pronatec: sucesso dos cursos supera dificuldades

Crédito: Wenderson Araújo
”Nos municípios pequenos há uma necessidade enorme de levar treinamentos para os jovens, principalmente na área agrícola. Foram esses municípios que abriram as portas para nós”, informa  a gestora do Pronatec no SENAR Alagoas, Dorilea Ferreira, que participa do II Encontro Nacional do Pronatec no SENAR. Neste segundo dia de reunião, os gestores do programa relatam o desenvolvimento dos cursos nos Estados.
Dorilea diz que as dificuldades para a execução do programa em sua região foram superadas diante do grande interesse dos jovens pelas capacitações.
“Os alunos amaram as aulas de empreendedorismo. Esse módulo chegou a despertar em alguns o interesse em abrir empresas juntos. Os cursos também provocam o desejo de estudar mais, de fazer cursos superiores na área rural. Um deles, inclusive, disse que sonhava em fazer História, mas depois do curso do Pronatec no SENAR pretende cursar Agronomia,” revela Dorilea.
Na Bahia, o Pronatec no SENAR encontrou diversos parceiros, entre eles os sindicatos rurais. Segundo Jaqueline Errico, gestora do programa, um dos casos de sucesso no estado foi no município de Conceição do Coité. Lá, o sindicato rural mobilizou alunos para 17 turmas,  10 estão em andamento e sete aguardam a realização das matrículas. “O Pronatec é um programa excelente, estamos atendendo um público diferente, temos vários demandantes nos procurando, inclusive presídios. Em 2013 esperamos aumentar o número de turmas.”
Em estados como o Piauí, o programa chegou há vários municípios, alguns até com fila para fazer matrícula nos cursos, como contou o gestor do Pronatec no estado, Reginaldo Soares. “No município de Guadalupe, nós estávamos ofertando uma turma para o curso de Fruticultura. Mas com a chegada de uma empresa do Rio de Janeiro demandando mão de obra qualificada, tinha fila de jovens interessados no curso. Nossa solução foi abrir duas turmas da capacitação,” explica o gestor.
Os cursos do Pronatec no SENAR também abriram portas para os jovens do Rio Grande do Norte. De acordo com a gestora Leiliane de Medeiros, no próximo ano, uma usina de açúcar da região pretende contratar os jovens formados no curso de Operador de Máquinas e Implementos Agrícolas. “É muito gratificante ver isso. Apesar dos atropelos, estamos caminhando bem,” acredita Leiliane.
Assessoria de Comunicação do SENAR

Cisternas de alvenaria resistem por gerações


Imagem Interna
O secretário de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Gilberto Jales, disse ontem (26) que o governo do Estado não tem programas envolvendo a instalação de cisternas de polietileno nas regiões mais castigadas pela seca.


Ele fez esse esclarecimento diante da informação veiculada hoje, por uma emissora de televisão, segundo a qual prefeitos no Oeste do Estado estariam devolvendo o equipamento fabricado de   polietileno.


De instalação mais rápida, a vida útil dos depósitos de polietileno no interior do RN seria de apenas três anos por causa das altas temperaturas a que o material é submetido.


Pelo programa “Água para Todos”, do governo federal, o Ministério da Integração seria responsável diretamente pela entrega de 300 mil desses equipamentos no País, sendo 90 mil até dezembro deste ano. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), ligada ao MI, já instalou 17,8 mil cisternas em 32 municípios brasileiros.


O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) fomenta a construção de cisternas desde 2003, que são numeradas e georeferenciadas. “Nossas cisternas não têm nada a ver com essas”, afirmou hoje o secretário Luiz Eduardo Carneiro da Costa, titular da Secretaria do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social.


A Sethas concluiu com o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac) o cadastramento e capacitação das famílias dentro do Programa Nacional de Cisternas na região do Alto Oeste do Estado. “Nos municípios de Itaú, Riacho de Santana, Taboleiro Grande, Rodolfo Fernandes e Portalegre as cisternas, inclusive, já estão sendo construídas”, acrescentou.


Ao todo, mais de 2,5 milhões de pessoas foram beneficiadas pelos tanques entregues nos últimos nove anos pelo Programa Cisternas do MDS. O custo de cada cisterna varia conforme a região, mas a média é R$ 2 mil. Desde o início do Programa Cisternas, o investimento total foi de cerca de R$ 1 bilhão.


As cisternas em construção hoje no RN, como medida para amenizar os efeitos da seca no interior, são principalmente do convênio entre Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) com o MDS mediante contrapartida do governo estadual. Segundo ainda Luiz Eduardo Carneiro da Costa, são 2.800 estruturas a um custo de R$ 4,2 milhões. Desse total, R$ 1,5 milhão é a contrapartida do Estado.


As cisternas desse convênio são feitas de alvenaria e, com a manutenção adequada, podem durar por várias gerações. Já as de polietileno, que fazem parte do programa “Água para Todos”, do governo federal, enfrentam rejeição dos agricultores e estariam sendo devolvidas por algumas prefeituras que assinaram convênios diretos com a Funasa.


Na região do Alto Oeste, cisternas de alvenaria serão construídas em Riacho da Cruz, Portalegre, Taboleiro Grande, Rodolfo Fernandes, Itaú, Água Nova, Coronel João Pessoa, Venha Ver, São Miguel, Doutro Severiano, Luiz Gomes, Riacho de Santana, Paraná e Marcelino Vieira. Só nessa região, o programa beneficia um total de 1003 famílias.


O Seapac venceu a licitação realizada pela Sethas para a execução do Programa Nacional de Cisternas no Estado do RN. Ela tem uma tecnologia popular para a captação de água da chuva. A água que escorre do telhado da casa é captada pelas calhas e cai direto na cisterna, onde fica armazenada. Com capacidade para 16 mil litros, a cisterna supriria o consumo de uma família de cinco pessoas por um período de estiagem de, aproximadamente, oito meses.


Foram selecionados para receber os equipamentos os municípios de Água Nova, Almino Afonso, Antônio Martins, Baraúna, Bento Fernandes, Bom Jesus, Campo Grande, Carnaúba dos Dantas, Coronel João Pessoa, Currais Novos, Cruzeta, Doutor Severiano, Equador, Espírito Santo do Oeste, Florânia, Frutuoso Gomes, Ielmo Marinho, Itaú, Janduís, Japi, João Dias, Luís Gomes, Macau, Marcelino Vieira, Martins, Nova Cruz, Olho D´Água dos Borges, Paraná, Patu, Poço Branco, Portalegre, Riacho da Cruz, Riacho de Santana, Rodolfo Fernandes, Santa Cruz, São Miguel do Gostoso, São Paulo do Potengi, São Tomé, São Miguel, São Rafael, Senador Eloy de Souza, Serra do Mel, Taipu, Touros, Taboleiro Grande, Umarizal e Venha Ver.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Decifrando a China


Por Kátia Abreu
O crescimento do consumo das famílias chinesas abrirá oportunidades para o agronegócio brasileiro

Na semana em que a China escolhia, por seus ritos próprios, as lideranças que irão comandá-la pelos próximos dez anos, eu estava em Pequim, inaugurando o escritório de representação da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Embora a sucessão política chinesa nem de longe venha carregada da dramaticidade e das incertezas que marcaram as eleições americanas, o meu sentimento é de que a nova direção da China vai liderar transformações muito mais amplas e profundas do que as que estavam, e estão, no horizonte da política norte-americana.
Nos Estados Unidos e Europa, as margens de manobra de seus governantes se tornaram muito estreitas. Pode-se até dizer que seus governos estão limitados a ações puramente defensivas, e não seria incorreto afirmar que americanos e europeus estão abandonando uma visão de futuro.  Tudo o que eles querem, neste momento, é  reencontrar a vida que tinham no passado e se perdeu com a crise.
O ritmo e a dimensão do crescimento chinês nas últimas décadas são o fenômeno histórico mais impressionante da atualidade, com suas reais consequências. Testemunhamos um radical deslocamento dos eixos do poder por meios pacíficos. No pequeno tempo de uma geração, a China tornou-se a segunda economia do planeta e a força motriz da qual depende o equilíbrio econômico mundial.
Apesar de o regime político chinês ser claramente autoritário, com severas limitações ao livre desenvolvimento da sociedade civil, a substituição periódica dos quadros dirigentes faz transparecer algum tipo de luta de ideias nos bastidores do Partido Comunista. E os observadores mais próximos afirmam que o país tem se movido em direção a uma espécie de liderança coletiva, dependendo cada vez menos da vontade de um só homem, como ocorria com o regime nos tempos de Mao. As políticas de governo estão mais institucionalizadas e baseadas em consensos mais amplos.
As indicações mais confiáveis sugerem que as elites dirigentes estão de acordo com algumas correções de rumo impostas pela realidade. A contribuição das exportações para o crescimento, que tem girado em torno de três pontos percentuais nos últimos dez anos, não passará de um ponto percentual na próxima década. A continuidade do crescimento terá que se basear na ampliação do mercado interno que, por sua vez, dependerá do consumo das famílias e dos gastos públicos nas áreas sociais.
A intensidade desse crescimento terá que ser reduzida. Nos dez anos da gestão da atual liderança, o PIB chinês, medido em dólar, simplesmente quadriplicou. Para 2020, a meta anunciada é a duplicação do PIB de 2010, acompanhada também da duplicação da renda por habitante.
Podemos antever que o consumo das famílias vai crescer muito mais rapidamente do que a economia, o que abrirá grandes oportunidades para as exportações do agronegócio brasileiro. Também é visível que a China parece, agora, muito mais disposta a projetar geopoliticamente o seu poderio econômico. O país expressa de forma clara a ambição de se tornar a maior economia do planeta e isso terá consequências para além da esfera meramente econômica.
 A Ásia – e os Estados Unidos – vão sentir o peso dessa influência nova e alguns conflitos surgirão daí, com repercussão também no comércio e na política de investimentos.
O Brasil, longe dos palcos desses conflitos e distante dessa agenda conturbada, pode construir relações econômicas muito mais profícuas com a China. Bastante mais diversificada e complexa do que as relações puramente comerciais que tem hoje com a nação chinesa.
Para isto, será necessário que, estrategicamente, sejamos capazes de responder com toda a agilidade a uma indagação: O que queremos da nova China que está surgindo?
*Katia Abreu, 50, senadora (PSD/TO) é presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, escreve aos sábados, no caderno Mercado do Jornal Folha de S. Paulo.

Pronatec no SENAR 2013

O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural inicia nesta segunda-feira (26) o II Encontro Nacional do Pronatec no SENAR, com a presença das 27 Administrações Regionais, que vão avaliar a execução do programa em 2012 e elaborar o planejamento do 1º semestre de 2013. O encontro acontece na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília, e vai até quinta-feira, dia 29.
De acordo com a chefe do Departamento de Educação Profissional e Promoção Social, Andréa Barbosa, o encontro vai possibilitar a troca de experiências com relação à realização dos cursos do Pronatec em todo Brasil. “Será um momento para balanço das ações realizadas até agora, principais dificuldades, resultados alcançados, compartilhamento dos depoimentos de alunos e instrutores que estão fazendo o programa acontecer”, avalia.
O SENAR iniciou as turmas do Pronatec em julho deste ano e atualmente tem mais de 16 mil alunos matriculados em 20 cursos diferentes somando mais de mil turmas em 23 estados. Para 2013, a expectativa é ampliar a oferta de cursos em todo território nacional. No momento, o portfólio para o próximo ano se aproxima de 50 opções de cursos, com capacitações principalmente nos eixos tecnológicos de recursos naturais e produção alimentícia.
Durante os quatro dias, os gestores também terão a oportunidade de apresentar os casos de sucesso das suas regiões, sugerir melhorias e trocar experiências com os demais participantes.
A expectativa sobre novas turmas no próximo ano anima a instrutora do curso de Bovinocultura de Corte no município goiano de Santa Fé, Cláudia Cristina Rodrigues. Ela está com sua primeira turma do Pronatec no SENAR e conta que espera muitas outras em 2013. “Estou feliz e satisfeita com meus alunos, a turma é muito boa e interessada, me surpreendi com eles. Como é a primeira, sou instrutora da parte técnica e de empreendedorismo, mas estou aprendendo muitas coisas que quero levar para as próximas turmas. Espero ter muitas outras experiências iguais a essa”, revela. Cláudia é zootecnista e instrutora de pastagens pelo SENAR Goiás.

Assessoria de Comunicação do SENAR

Autoridades e empresários da China na CNA


Autoridades do governo da China e empresários locais participam amanhã (27/11), em Brasília, de seminário organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para discutir o potencial de investimento na infraestrutura logística do Brasil e em segmentos do setor agropecuário que têm espaço para crescer nos próximos anos. “A demanda chinesa por comida e outros produtos agropecuários continuará crescendo e o Brasil pode produzir mais, de forma sustentável, para atender a esse mercado”, afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu.
As estimativas mostram que a China reserva US$ 30 bilhões para investir na América Latina nos próximos anos. “Não tenho dúvidas de que o Brasil tem tudo para ser o destino da maior parcela desses investimentos em função do conjunto da economia, da estabilidade econômica e da segurança das instituições”, avalia a senadora Kátia Abreu. Os dados revelam, também, que cerca de 250 milhões de chineses devem ascender para a classe média, ampliando de forma significativa a demanda local por produtos agropecuários. “As exportações brasileiras para a China têm crescido desde 2002, principalmente de soja, mas podemos vender outros produtos para os chineses”, avalia.
Além das oportunidades em logística e infraestrutura, será apresentado à missão chinesa, durante o seminário, o potencial da agricultura irrigada, aquicultura, ovinocultura e silvicultura. “Todos esses segmentos são promissores. A produção brasileira de madeira, por exemplo, não atende ao consumo interno. Por ano, 250 mil hectares de florestas plantadas estão disponíveis para corte, enquanto a demanda é de 650 mil hectares”, estima a senadora Kátia Abreu. 
O “Encontro CNA Brasil – China” reunirá 26 autoridades e empresários chineses, além de especialistas e empresários brasileiros desses quatro segmentos.  O seminário, que será realizado na sede da CNA, em Brasília, terá início às 14h, com uma apresentação da senadora Kátia Abreu. O secretário-executivo do Instituto CNA, Moisés Gomes, detalhará ao grupo a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), desenvolvida em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A PGA reúne, eletronicamente, informações sobre a pecuária de corte, mas a base de dados pode ser ampliada para outros produtos, como forma de garantir a credibilidade desses processos. O consultor em logística da CNA, Luiz Antônio Fayet, fará uma apresentação sobre a infraestrutura brasileira.
Reuniões na China – Comitivas da CNA estiveram na China duas vezes neste ano, em abril e novembro. Na última visita, foi inaugurado o escritório de representação da entidade em Pequim. Nessas visitas, as  reuniões com empresários locais deixaram claro à presidente da CNA que a missão chinesa quer ir além dos contatos institucionais com o governo brasileiro. “Os empresários também querem dialogar com a iniciativa privada para investigar as reais possibilidades de negócios no Brasil”, afirma. Por esse motivo, a CNA resolveu organizar o seminário de amanhã.
Assessoria de Comunicação CNA
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