quarta-feira, 6 de junho de 2012

Saiba quem tem direito a linha de crédito do Banco do Nordeste

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    Já está em vigor às novas regras para as linhas de crédito especiais do Banco do Nordeste para os agricultores familiares enquadrados no Pronaf e pequenos e médios produtores rurais. De acordo com informe da diretoria do BNB, o Governo Federal finalizou as regras para os produtores que possuem propriedades nas cidades localizadas na área de atuação da SUDENE, com decretação de situação de emergência ou estado de calamidade pública em decorrência da seca ou estiagem.

    Agora em maio, a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern) pediu uma alteração na linha destinada aos pequenos e médios produtores rurais e foi prontamente atendida pelo Banco do Nordeste. “Pedimos uma alteração para que financiamentos com valor de até R$ 35 mil, o produtor desse garantia pessoal, diferentemente de quem faz financiamentos superiores e que podem chegar até R$ 100 mil (e que continuam enquadrados nas regras do banco). Com isso, os nossos pequenos produtores, que fazem reformas mais simples em suas propriedades e que já sofrem com os efeitos devastadores da seca, poderão conseguir viabilizar esses financiamentos de forma mais rápida e eficiente”, explicou o presidente da Faern, José Álvares Vieira.

    De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, esse pleito foi atendido e contou com a participação do deputado federal Henrique Eduardo Alves. “Agradeço o banco por ouvir o nosso pedido e atender a solicitação de inúmeros produtores. Também faço o registro do apoio incondicional do deputado Henrique Alves nessa nossa luta em favor dos pequenos e médios produtores. Ele foi fundamental”, afirmou José Vieira.

    Regras

    De acordo com o BNB, as regras para linhas de crédito especiais seguem abaixo (lembrando que os produtores que procurarem financiamento de até R$ 35 mil, terão o beneficio da garantia pessoal):

    >>No caso de agricultores familiares (Pronaf)

     1.     Os financiamentos serão concedidos com base em proposta simplificada de crédito e, para tanto, serão disponibilizadas novas planilhas SEAP prevendo essa simplificação.

    2.     Os agricultores familiares do Grupo B serão atendidos pela metodologia do Agroamigo.

    3.     Os demais agricultores deverão buscar as empresas estaduais de assistência técnica ou técnicos particulares para a elaboração da proposta simplificada de crédito.

    4.     Condições da nova linha de crédito:

    a) finalidades: investimento e custeio associado.

     b) limite por beneficiário:

    I - agricultores familiares enquadrados no grupo “B”: R$2.500,00 (dois mil em quinhentos reais);

    II - demais agricultores familiares: R$12.000,00 (doze mil reais).

     c) encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 1% a.a. (um por cento ao ano);

     d) bônus de adimplência: 40% (quarenta por cento) sobre cada parcela paga até a data de vencimento pactuado;

     e) prazo de reembolso: até 10 (dez) anos, incluídos até 3 (três) anos de carência, conforme a atividade requerer e o projeto técnico determinar;

     f) prazo de contratação: até 30 de dezembro de 2012;

     g) fonte de recursos: Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE);

     h) garantia: apenas garantia pessoal do proponente.

     >>No caso dos demais empreendedores (rurais e urbanos)

     1.     Objetivos: promover a recuperação ou preservação das atividades de produtores rurais e empreendedores afetados pela seca ou estiagem.

     2.     Beneficiários: produtores rurais, empreendedores individuais, empresas rurais, industriais, agroindustriais, comerciais e de prestação de serviços, cooperativas e associações.

     3.     Finalidade: investimentos, custeio ou capital de giro.

     4.     Limite de financiamento: até R$ 100.000,00 (cem mil reais) por beneficiário.

     5.     Encargos financeiros: taxa efetiva de juros de 3,5% a.a. (três inteiros e cinco décimos por cento ao ano).

     6.     Reembolso:

    a)    produtores rurais (pessoas físicas ou jurídicas): até 8 (oito) anos, incluídos até 3 (três) anos de carência;

    b)    demais beneficiários: até 5 (cinco) anos, incluído até 1 (um) ano de carência.

     7.     Prazo de contratação: até 30 de dezembro de 2012.

     8.     Garantias: as exigidas normalmente pelo Banco. (Financiamento de até R$ 35 mil: garantia pessoal)

     9.     Forma de apresentação das propostas: Os financiamentos serão concedidos com base em proposta simplificada de crédito e, para tanto, serão disponibilizadas novas planilhas SEAP.

     Finalizando, sobre a possibilidade de renegociação de dívidas para os clientes do Pronaf e demais produtores rurais que estavam na situação de adimplência em 31 de janeiro de 2012, foram normalizadas as Resoluções 4066 e 4067 que permitem a prorrogação das parcelas vencíveis em 2012.

     Especificamente para os clientes do Pronaf, também estão em vigor as resoluções 4028, 4029, 4030 e 4031 (para os clientes com atraso na posição de 22 de novembro de 2011), que permitem o reescalonamento das dívidas.






































A China é logo ali

Artigos

Por Kátia Abreu*
A China impressiona. E a primeira boa impressão que tive, em recente visita àquela potência econômica, foi a de que os chineses são eficientes, objetivos, profissionais, aceitam pautas desafiadoras e estão de portas abertas para o Brasil. Tudo isso, mas não só isso: lá, crescer é uma decisão política.
Há uma impetuosidade na busca do crescimento e do progresso. Por onde se anda, é visível que o país está mudando a economia, combatendo a pobreza, transferindo a população do campo para cidades planejadas, distribuindo a riqueza, usando mão-de-obra própria e, ao mesmo tempo, importando inovação e tecnologia de qualquer lugar do mundo. O resultado é surpreendente.
O que se vê, além da ousadia dos seus dirigentes, é o senso de urgência do país, mas os bens coletivos – estradas, ferrovias, portos, aeroportos, estações – são monumentos à modernidade e projetados para o futuro.
Da “velha China” ainda resta o modelo híbrido de socialismo político e capitalismo econômico que, à primeira vista, acaba passando a ideia de que é uma virtude a combinação de autoritarismo e prosperidade. Não é. O país ainda paga um alto preço humano pela ausência de liberdade e pela dificuldade do regime em lidar com críticas, com a imprensa livre e com a organização da sociedade civil.
A economia chinesa está baseada no centralismo político com planejamento estatal, por isso o protecionismo é uma constante. Se a nossa indústria sofre, o setor agropecuário brasileiro não enfrenta grandes barreiras, pois temos escala, tecnologia e competitividade. Nossa agenda com os chineses pode e deve ser agressiva. Eles precisam – e muito! – do alimento produzido no Brasil, basta ver que mais de 30% das exportações do agro para lá são dirigidas.
Paz e competição formam o lema chinês. Por isso é notória a ligação entre a diplomacia política e a diplomacia comercial. Os países que mais fazem negócios com a China são os que estão dispostos a viver a vida em mandarim. O que vimos em todos os momentos, em nossa viagem, foi uma forte presença de empresas européias e norte-americanas no país, embaixadas com centenas de funcionários, mostrando que não importa a distância para ser “amigo íntimo” da China.
A imagem do Brasil – “o país do café” - e seus produtos, especialmente os agrícolas, é boa, mas claramente insuficiente. A pauta focada em poucos produtos e sem desdobramentos internos na direção da criação de marcas e produtos sino-brasileiros limita - e até esconde - nossa presença.  A compreensão recíproca das limitações é notória, ou seja, a China dá grande importância ao desenvolvimento das relações com o Brasil, mas percebe-se que não há relação estratégica sólida. Por enquanto, o “negócio da China” tem sido bom apenas para os chineses – e para algumas poucas empresas.
É preciso que o Brasil fortaleça o intercâmbio e a presença, para aumentar a confiança e promover a cooperação. Aumentar os canais de comunicação e os mecanismos de consulta, buscando sempre o diálogo direto, é a melhor forma de conhecer os chineses. A CNA entendeu e aceitou este desafio. Até o final deste ano, estaremos com o nosso escritório em Pequim, representando a agropecuária, que reúne as melhores vantagens competitivas para conquistar o maior cliente do mundo. A China é logo ali.
*KÁTIA ABREU, 50, senadora (PSD-TO) e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), escreve aos sábados, a cada 14 dias, para o Caderno Mercado do Jornal Folha de S. Paulo
Leia o artigo completo em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/45087-a-china-e-logo-ali.shtml

Relatório da Conab ratifica os piores números do RN


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Apesar do país ter colhido 161 milhões de toneladas de grãos, uma safra considerada espetacular a despeito das diversidades climáticas, o Rio Grande do Norte amargou sua pior colheita dos últimos 40 anos. É isso que fica claro no 9º relatório de safra divulgado hoje pela Companhia Nacional de Abastecimento, em Brasília.

Com uma redução de 25% de área plantada em relação à safra passada e um produção de apenas 11 mil toneladas de grãos, o relatório registra vários casos de municípios com perdas de até 100%.

Ontem (05), o presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte, José Vieira, comentou que essa situação evidencia a necessidade do Governo do Estado aumentar seu compromisso com o pequeno produtor. “Se existe um momento certo para que o Estado não desampare o pequeno agricultor, esse momento é agora”, afirmou Vieira.

Os dados inseridos no relatório nacional na Conab foi realizado pelas equipes da superintendência local da Companhia entre 19 a 23 de março último e atualizados por meio de contatos telefônicos  feitos durante o período de 23 a 26 de abril.

A área plantada que foi objeto  do levantamento está estimada em 31.612 hectares, correspondendo a 79,9% inferior ao plantio da safra 2011.

A respectiva produção está avaliada em 8.882 toneladas, ou seja, 91,8% menor menor ao plantio da safra de 2011.

Até então , a área plantada de algodão, arroz, feijão, mamona, milho e sorgo foi de 15% na região Oeste e Seridó, 25% na região Agreste e 30% nas Regiões Litoraneas Norte e Sul.

“Nas últimas duas regiões – diz um resumo organizados pelos técnicos da Conab local -, como o período chuvoso tradicionalmente se estende até julho, poderá haver aumento da área plantada, caso as condições climáticas sejam favoráveis”.

No entanto, alerta ainda o relatório, “a tendência é de agravamento da situação”.

O relatório confirma o que já se sabia: as chuvas que cairam durante os meses de janeiro a março deste ano não foram suficientes para intensificar o plantio da safra.

Nesses dois primeiros meses do ano foram plantadas apenas 10% da safra, enquanto que nos anos normais esse percentual já alcançava 70%.

“Para complicar ainda mais a situação – diz o relatório dos tecnicos da Conab -, durante o mês de abril o plantio pouco evoluiu”.

Governo poderá comprar leite em pó para “complementar”


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O Governo do Estado examina a possibilidade de comprar leite em pó para complementar as aquisições de leite “in natura” feitas pelo Programa do Leite.

Durante um encontro intermediado no último sábado pelo deputado Henrique Eduardo Alves, a governadora Rosalba Ciarlini explicou a representantes dos produtores que a compra de leite em pó seria necessária para suprir a cota de 140 mil litros diários do programa, uma vez que a seca reduziu as entregas para alguma coisa em torno de 90 mil litros diários. Essa diferença de 50 mil litros seria suprida com o leite em pó.

Além disso, a governadora acredita que o recadastramento dos produtores em curso reduzirá esse fornecimento para 120 mil litros diários, pelo menos durante todo esse ano. E a diferença terá que sair de algum lugar para manter o programa vivo.

Os produtores liderados pelo presidente da Federação da Agricultura, José Vieira, confirmando o que já havia sido noticiado por este jornal na semana passada, foi contra a iniciativa do governo estadual, alegando que o aumento do preço do leite dos produtores de R$ 0,83 para R$ 1.06 já seria suficiente para regularizar as entregas. Seguindo o raciocínio dos produtores, o leite sairia de R$ 1,35 o litro – R$ 0,52 é o valor pago às usinas processadoras -, passando para R$ 1,58.

Hoje, por causa da estiagem que castiga o Estado, a bacia leiteira potiguar não produz mais de 400 mil litros diários, uma redução de 200 mil litros em relação à média dos últimos anos.

Com os R$ 0,83 que começaram a ser pagos pelo Governo do Estado, apenas 90 mil dos 140 mil litros diários são entregues pelos produtores, que recebem seu pagamento diretamente do programa, sem a intermediação das usinas como acontecia antigamente.

A diferença também conhecida como “extra-cota” está sendo comercializada no mercado a preços bem mais atrativos. Sabe-se que no Seridó, por exemplo, o litro já chegou a mais de  R$ 1,00.

Hoje, a leite em pó que vem sendo objeto de importações pelo Brasil, sai em média a R$ 9,00 o quilo. Com esse mesmo quilo é possível se fazer 8,5 litros. No cálculo comparativo, o valor com a compra do leite desidratado bateria mais ou menos com a pedida dos produtores em relação ao “in natura”.Com se sabe, eles ficaram inconformados com a proposta da governadora de aumentar , há 15 dias, os valores do programa do leite de R$ 0,80 para R$ 0,83.

O presidente da Federação da Agricultura, José Vieira, criticou duramente  a “idéia” de trocar o leite “in natura” pelo leite em pó do programa do leite, mesmo que temporariamente. “O momento agora seria pensar em remunerar melhor o produtor, dando-lhe condições para reerguer a bacia leiteira e não fazer compra de leite em pó”, afirmou Vieira.

Dias atrás, em Brasília, a governadora Rosalba Ciarlini encaminhou um pedido para que o subsídio do Governo Federal ao programa do leite do Rio Grande do Norte sofresse uma inversão de valores, já que em outros estados a Federação se encarrega de cobrir 80% do preço do litro entregue pelo produtor, enquanto os estados pagam apenas 20%. Aqui, os 80% saem dos cofres do estado.

Quem acompanha as tratativas do Estado com o Governo Federal, reconhece que ainda há muita morosidade entre o que se fala e o que se cumpre. Um dos exemplos disso é a posse no Instituto de Defesa Animal do RN de Evádio Pereira, servidor de carreira do Ministério da Agricultura. Sua posse já saiu publica há vários dias no Diário Oficial do Estado, mas ele efetivamente ainda não foi liberado pelo Ministério para cumprir suas novas funções sem ônus para o Governo Federal.

Na segunda (04), durante a entrega de 26 retroescavadeiras do PAC 2, numa concorrida solenidade no parque de exposições Aristófanes Fernandes, o Instituto foi representado por uma de suas diretoras, Fabiana Lotierzo. Na prática, o Idiarn caminha para quase três meses sem diretor geral às vésperas da inspeção marcada para agosto e que vai determinar o status do RN em relação à barreira da aftosa.


Fonte: O Jornal de Hoje
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