terça-feira, 7 de maio de 2013

Em busca de uma solução para a dívidas dos pequenos produtores nordestinos

Imagem Interna
A grave situação enfrentada pelos produtores rurais do Nordeste, em consequência da pior seca dos últimos 40 anos na região, será debatida nesta terça-feira (07) em audiência pública conjunta das comissões de Agricultura da Câmara e do Senado. A presidente da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), senadora Kátia Abreu, foi uma das signatárias do pedido para a realização da reunião sobre a situação dos agricultores nordestinos atingidos pela longa estiagem que afeta 1.415 municípios em oitos Estados da região.

Já o plenário da Câmara dos Deputados, na quarta-feira (08), cuja tribuna geralmente é restrita a discursos dos parlamentares, será transformado  em Comissão Geral e aberta ao público para debater e apresentar sugestões sobre medidas complementares que poderiam ser adotados pelo Governo Federal no combate aos efeitos da seca no Nordeste.

Anistia - Para o presidente da Comissão de Agricultura do Senado, senador Benedito de Lira (PP-AL), um dos temas em discussão será, certamente, o reforço do pedido ao Governo Federal para a concessão de anistia dos débitos contraídos pelos pequenos agricultores nordestinos.

Segundo ele, as propostas de refinanciamento sempre foram insuficientes, adotando parâmetros “irrealistas” diante da incapacidade de geração de renda do produtor, especialmente nos períodos de estiagem.

- O doente está na UTI, em estado terminal, e coloca-se sempre uma gotinha de oxigênio para ele tentar sobreviver mais tempo, mas vai terminar morrendo. Não tem saída – previu o senador.

Lira lembrou, a propósito, que a situação enfrentada atualmente pelos pequenos agricultores nordestinos assemelha-se àquela vivida pelos mutuários do antigo Banco Nacional de Habitação (BNH), na década de 80. Por causa dos juros elevados “quanto mais o mutuário pagava, mais devia”, assinalou. Ele citou, ainda, a anistia concedida pelo Governo aos mutuários inadimplentes, após consulta à direção da Caixa Econômica Federal (CEF).

Segundo o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Paraíba, Mário Borba, mais de 114.175 produtores nordestinos estão, hoje, inscritos na dívida ativa na União. A inadimplência junto ao Banco do Nordeste (BNB) chega a R$ 10 bilhões em todo o Nordeste. Para ele, “se não houver uma ação do Governo federal que resolva o passivo do crédito rural da região, que vem acumulando desde os anos 90, a agropecuária do semiárido e do Nordeste acabará de vez”.

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, é uma das convidadas para debater o tema “O endividamento dos produtores rurais do Nordeste devido a problemas afetos à seca e o abastecimento de água na região”, na reunião conjunta das comissões de Agricultura do Senado e da Câmara.  Também participam representantes do Banco do Brasil; do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); do Departamento de Financiamento e Proteção da Produção, do Ministério do Desenvolvimento Agrário; dos ministérios da Fazenda, Agricultura e Integração Nacional, da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene); do Instituto Nordeste Cidadania (Inec); e da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura do Estado do Ceará (Fetraece).

Comissão Geral – Por iniciativa do deputado Leonardo Gadelha (PSC-PB), será realizada no plenário da Câmara, na quarta-feira (8/5), uma Comissão Geral sobre a situação de calamidade que atinge os municípios nordestinos atingidos pela seca. Para ele, “o poder público não pode continuar usando a imprevisibilidade do fenômeno da seca como argumento para não agir preventivamente”.

Segundo o parlamentar, já é possível prever a incidência de longos períodos de estiagem na região Nordeste, a partir de estudos técnicos criteriosos. Gadelha citou trabalho realizado por um dos especialistas no assunto – o professor Luiz Carlos Molion, da Universidade Federal de Alagoas -, que participará dos debates, indicando “a correlação entre o resfriamento das águas do Oceano Pacífico com incidência de uma estiagem mais aguda no Nordeste”.

Conforme o presidente da Federação da Agricultura da Paraíba, “viver no semiárido é totalmente possível”. Ele cita como exemplo a experiência da Austrália, país que é grande produtor de carne apesar de possuir uma região semiárida onde chove apenas de 200 a 300 milímetros em 90 dias. Segundo Mário Borba, o Nordeste brasileiro tem uma vocação natural para pecuária, especialmente para a produção de leite.

Na avaliação do deputado Alexandre Toledo (PSDB-AL), a questão central são as dívidas dos produtores rurais. “Com o ritmo em que estão sendo feitas as execuções das dívidas dos agricultores no Nordeste, brevemente haverá apenas um grande latifúndio pertencente aos bancos”, criticou. Também será debatida na Comissão Geral a questão da execução orçamentária e a situação de penúria dos produtores. Conforme o parlamentar, nem sempre os recursos financeiros previstos no orçamento da União são efetivamente desembolsados e aplicados em prevenção e assistência às populações atingidas pela seca.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

PREFEITURA DE LAJES ATRAVÉS DA SECRETARIA DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO, SECRETARIA DE AGRICULTURA, SENAR E SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS

REUNIÃO DIA 14/05/2013 NA COMUNIDADE DE CONCEIÇÃO  PROGRAMA MINHA VIDA RURAL

Minha Casa Minha Vida Rural

O Programa Nacional de Habitação Rural, integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida, oferece subsídios para a construção ou reforma de imóveis aos agricultores familiares, trabalhadores e aposentados rurais com renda anual de até 15.000,00.
A CNA, o SENAR e o INSTITUTO CNA oferecem o apoio técnico e estrutural para a construção dessas moradias e cursos de capacitação e treinamento.
Com moradia digna, homens e mulheres do campo ganham novo ânimo para produzir alimentos em equilíbrio com o meio ambiente, melhorando a renda, a qualidade de vida da família e a economia da região.
PARTICIPANTES DO PROGRAMA
  • MINISTÉRIO DAS CIDADES – Gestor da Aplicação
  • MINISTÉRIO DA FAZENDA – Repasse dos Recursos
  • CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – Agente Financeiro e Gestor Operacional
  • FEDERAÇÃO DE AGRICULTURA DOS ESTADOS

FINALIDADE
Concessão de subsídios, com recursos do Orçamento Geral da União - OGU, aos agricultores familiares, organizados sob a forma coletiva, por meio de uma Entidade Organizadora, para produção da unidade habitacional em área rural.
MODALIDADE: Aquisição de Material de Construção para conclusão, reforma e ampliação da Unidade Habitacional Rural.

PÚBLICO–ALVO
  • Agricultores familiares com renda familar bruta anual de até R$15.000,00, que comprovem enquadramento no PRONAF, Grupo “B”, C”, “V” e “A - Beneficiários do PNCF, por meio da apresentação de DAP – Declaração de aptidão ao PRONAF, emitida nos últimos 3 anos”;
  • Trabalhador rural com renda familiar bruta anual até R$ 15.000,00, comprovada por carteira de trabalho, contrato de trabalho ou declaração do empregador/cooperativa/associação/sindicato;
  • Trabalhador rural aposentado com renda bruta familiar anual até R$ 15.000,00, demonstrada por meio de comprovante de proventos do INSS.

SUBSÍDIOS
CONCEDIDO AO BENEFICIÁRIO
  • Até R$ 25.000,00, destinado à construção da UH - Unidade Habitacional (pagamento do material de construção e mão-de-obra);
  • Até R$ 15.000,00, destinado à conclusão/reforma/ampliação da UH (pagamento do material de construção e mão-de-obra);

CONTRAPARTIDA DO BENEFICIÁRIO
4% do valor do subsídio edificação é devolvido, pelo beneficiário, ao OGU, a título de contrapartida do beneficiário, da seguinte forma:
  • Quatro parcelas anuais, sem juros e sem atualização monetária;
  • Primeira parcela vence um ano após assinatura do contrato.

Tipo
SUBSÍDIO
PERCENTUAL
CONTRAPARTIDA DO BENEFICIÁRIO
Construção
R$ 25.000,00
4%
R$ 1.000,00
Conclusão Reforma Ampliação
R$ 15.000,00
4%
R$ 600,00


ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE ORGANIZADORA
  • Elaboração do projeto do empreendimento;
  • Apresentação do projeto à CAIXA;
  • Organização e indicação do grupo de beneficiários;
  • Participação no investimento com aporte financeiro ou bens e/ou serviços economicamente mensuráveis, se necessário;
  • Acompanhamento e execução das obras do empreendimento;
  • Execução do TTS - Trabalho Técnico Social e ATEC – Assistência Técnica
  • Conclusão do empreendimento, dentre outras.
Obs.: Definidas no Termo de Cooperação e Parceria – TCP, firmado entre a EO e a CAIXA.

PROPOSTA/PROJETO DE INTERVENÇÃO
  • Aprovação jurídico/cadastral, de engenharia e de trabalho técnico social;
  • Mesmo regime de construção para todas as UHs - Unidades Habitacionais;
  • Localização das UHs em, no máximo, três municípios limítrofes;
  • Limite de 50 UH por projeto e no mínimo 04 UH;
  • Comprovação de origem legal das madeiras nativas utilizadas nas obras do empreendimento.

GLEBA/TERRENO
  • Até 4 módulos fiscais, exceto áreas indígenas e comunidades quilombolas;
  • Vias de acesso, soluções para abastecimento de água, esgoto sanitário e energia elétrica;
  • Terreno de propriedade do beneficiário;
  • Terreno de propriedade de terceiros:
    • Comprovado parentesco até 3º grau entre um dos proprietários com o beneficiário;
    • Autorização dos proprietários para produção da UH pelo beneficiário.
  • De posseiro, de boa fé de terras públicas ou ocupantes de terras particulares, com direitos sucessórios, mas com processos de partilha ainda não encaminhados ou não concluídos, e não havendo dúvidas sobre o domínio do imóvel;
  • Terreno com cláusula de usufruto vitalício (usufrutuário /nu-proprietário);
  • Terreno de Comunidade Quilombola.

BENEFICIÁRIOS – EXIGÊNCIAS
  • Ser indicado pela Entidade Organizadora - EO;
  • Apresentação de documentos pessoais;
  • Comprovação de capacidade civil;
  • Regularidade perante a Receita Federal;
  • Ser brasileiro nato ou naturalizado; se estrangeiro, ter visto permanente no País;
  • Comprovar renda familiar anual de até R$ 15.000,00.

BENEFICIÁRIOS – IDADE
Não há limite máximo de idade.

DOCUMENTAÇÃO
Relação de documentos e modelos específicos serão disponibilizados pela EO.

RESTRIÇÕES AO BENEFICIÁRIO
  • Possuir registro no CADIN – Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal;
  • Possuir débitos não regularizados junto à Receita Federal;
  • Possuir financiamento imobiliário ativo em qualquer localidade do País;
  • Possuir área superior a 4 módulos fiscais conforme legislação em vigor;
  • Ser proprietário, cessionário, arrendatário ou promitente comprador de outro imóvel residencial, seja urbano ou rural (excetuando a propriedade onde se implantará a UH), situado no atual local de domicílio ou onde pretende fixá-lo; no caso de reforma é admitida a propriedade do imóvel residencial rural objeto da reforma;
  • Ter figurado, a qualquer época, como beneficiário de programa habitacional lastreado nos recursos do OGU, do INCRA ou de desconto habitacional concedido com recursos do FGTS;
  • Ser beneficiário do Programa de Reforma Agrária – assentados da reforma agrária – independentemente do enquadramento da DAP;
  • Estar enquadrado no grupo “A” (exceto beneficiário PNCF) e grupo “D” do PRONAF;
  • Receber renda anual familiar consignada na superior a R$15.000,00;
  • Ter recebido, a qualquer época, recursos do crédito fundiário para construção da moradia;
  • Não é admitida a transferência de intervivos, nem cessões de direitos, promessas de cessões de direitos ou procurações, que tenham por objeto a alienação, onerosa ou gratuita, ou a promessa de compra e venda e a cessão de imóveis, componentes do Programa, antes do final do prazo da operação.

PRAZO DE CONSTRUÇÃO
Entre 4 e 12 meses
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