sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Sociedade Brasileira de Cardiologia alerta população para excesso de sal nos alimentos

Brasileiros consomem, em média, mais que o dobro recomendado pela OMS


A hipertensão, conhecida popularmente como “pressão alta”, atinge cerca de 30 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Segundo a entidade, o excesso de sal na alimentação é uma das causas do problema. O conselheiro da Sociedade Brasileira de Hipertensão, Décio Mion afirma que o brasileiro tem consumido mais que o dobro da quantidade de sal recomendada diariamente pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
– O brasileiro consome diariamente uma média de 12 gramas (g) de sal nas refeições, quando o recomendado são apenas 5 gramas. É um alerta importante a esse excesso de consumo. O sal está relacionado ao desenvolvimento da hipertensão, e as pessoas com a doença podem ter complicações e aqueles que têm histórico na família se tornam mais vulneráveis – ressalta.
O médico enfatiza que o sal é usado como conservante em boa parte dos alimentos consumidos diariamente e que por isso é necessário verificar seu teor no rótulo de cada um desses produtos. De acordo com a SBC, um pacote de 100g de pão de queijo tem 773 miligramas (mg) de sódio, uma porção de 100g de macarrão instantâneo, 1,516 mg, e um pacote de batata chips industrializada (100g), 607 mg.
O hipertenso deve ainda evitar alimentos ricos em gordura animal, comidas muito calóricas e bebidas alcoólicas. A SBC recomenda que ele dê preferência a alimentos frescos, verduras, pescados, aves, cereais, frutas, legumes e fibras, além de praticar exercícios físicos.
A instituição recomenda ainda que a população procure aferir a pressão arterial pelo menos uma vez por ano, com exceção dos que têm histórico de hipertensão na família ou sedentarismo.
No intuito de alertar a população sobre o teor de sal nos alimentos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), apresentará nesta quinta, dia 18, um estudo com 20 categorias de alimentos. Foram avaliados não só o teor de sódio, mas também a variação da quantidade de gordura saturada e açúcares entre uma marca e outra. A ideia é chamar a atenção do consumidor a essas variações e que tipo de implicações podem trazer à saúde.

Ovinocultores do sul e sudeste do país melhoram a renda


A criação de ovelhas no Brasil sempre teve duas finalidades básicas, a produção de carne e de lã. Nos últimos quatro anos, no entanto, a exploração de leite para fabricação de queijos finos e iogurtes virou negócio promissor, principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, onde grandes criadores chegam a tirar 400 litros de leite por dia em escala industrial e famílias envolvidas na atividade conseguem litragens médias de 20 a 100 litros.
Foram os gaúchos os introdutores de ovinos com aptidão leiteira no Brasil, em 1992, quando a Cabanha Dedo Verde, hoje referência na difusão de qualidade e cuja sede fica no município de Viamão, trouxe da França a raça lacaune. Apesar do pioneirismo do Rio Grande do Sul, Santa Catarina vem se destacando no setor, ao implementar um amplo programa de organização da cadeia produtiva e de incentivo à criação, com assistência da Empresa de Pesquisa e Extensão Rural (Epagri), orientação do Sebrae, verba do Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) e apoio do estado e municípios.
A ovinocultura brasileira ganhou impulso nos últimos 12 meses com a fundação da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos Leiteiros, sediada em Chapecó-SC, e com a introdução no país de animais da raça east-friesian, de tripla aptidão e grande produção leiteira – originária da Alemanha, é considerada por especialistas uma das que apresentam maiores produções no mundo, podendo alcançar até quatro litros por dia.
Em 2005, nenhuma fazenda do oeste catarinense tirava leite de ovelhas. Hoje, pelo menos 40 propriedades da região aderiram à produção, consorciando-a com atividades tradicionais como a pecuária bovina. Presidida por Érico Tormen, um dos primeiros a acreditar no potencial da ovinocultura de leite no estado, a associação já registra 20 sócios. A fazenda de Érico produz 180 litros por dia. Segundo ele, a proposta da entidade é organizar os pecuaristas para o cenário de mudanças. “A produção de leite de ovelha tornou-se uma atividade significativa, e a associação permitirá a união e o fortalecimento do ovinocultor. Eu lembro que somente em Santa Catarina existem mais de 3 mil ovelhas leiteiras. Além disso, o consumo vai subir movido pela melhoria de renda no país.” Érico acredita na disseminação da ovinocultura leiteira, especialmente em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro, estados com grande potencial de consumo de queijos finos, iogurtes e derivados.
No total, segundo Érico, o Brasil produz hoje perto de 800 mil litros de leite por ano. “É pouco”, ele reconhece. Países europeus, como a Itália e a França, asiáticos, caso da China, e do Oriente Médio, como a Síria, nos quais a ordenha é praticada há pelo menos 2 mil anos, deixam no balde centenas de milhões de litros. A produção mundial de leite de ovelhas está próxima dos 8 milhões de litros ao ano. Para comparação, apenas no Brasil se produzem 26 bilhões de litros de leite de vaca anualmente.
Paulo Gregianin, ovinocultor de 39 anos em Guatambu, cidade próxima a Chapecó, é um dos beneficiados pelo Pronaf. Ele era funcionário de outra fazenda e arrendou terra para montar o próprio negócio em 2007. “Foi necessário muito esforço. Não tinha oferta de animais de leite, e recursos para a atividade praticamente não existiam.” Paulo lembra que o Banco do Brasil à época não considerava a ovinocultura de leite uma exploração comercial. Duraram nove meses as tratativas até o dinheiro chegar.
A Cabanha Aliança, de Paulo, é gerida 100% pela família, a esposa, Vera, e duas filhas, Karine e Maiquele. A produção é de 120 litros de leite por dia e se trabalha com as raças lacaune e east-friesian. Em 2009, Paulo começou a entregar 20 litros por dia ao laticínio. Agora, espera chegar a 150 litros em 2011, com 100 fêmeas em lactação, tornando o leite autossuficiente e complementando o caixa com a venda de cordeiros. A Aliança possui dez hectares de área e lotação de 25 matrizes por hectare – a média brasileira é de dez matrizes por hectare.
Fonte: Jornal de Uberaba

Artesanato transforma palha de milho em negócio lucrativo para produtores rurais

Com a chegada do final de ano e os preparativos para as festividades, é possível encontrar no artesanato uma alternativa simples e barata de decoração e complementação da renda. Para desenvolver habilidades manuais e oferecer uma alternativa de ganho extra, o Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma (PAIF) leva aos produtores rurais do município de Dois Irmãos do Buriti/MS o Curso de Artesanato em Palha de Milho.
O curso será oferecido de 23 a 27 de novembro e vai ensinar a confeccionar bolsas, bandejas, caixas, chapéus e flores com palha de milho. Essa é uma  excelente matéria-prima, pois é fácil de manusear e permite a confecção de grande variedade de objetos. “O importante é fazer uma boa higienização da palha”, informou a educadora do SENAR/MS que irá ministrar o curso, Izabel Lissaraça. Além desses artigos, pode haver ainda a confecção de peças natalinas, como anjos e guirlandas feitos em palha de milho.
De acordo com a educadora, o custo de produção de cada peça é muito baixo e a lucratividade é grande. “O custo é quase zero, somente o da mão-de-obra”, ressaltou. Segundo ela, uma bolsa, por exemplo, pode ser vendida por cerca de R$ 70. “É tão rentável que não consigo dar conta da demanda”, acrescentou.
Para Izabel, o artesanato pode ser um bom empreendimento principalmente para a classe feminina. “Qualquer coisa que a mulher fizer a mais para vender, vai ter uma renda diária e não precisa esperar até o fim do mês. Com o artesanato, elas podem até ganhar mais que os maridos”, sorri otimista.
O curso tem duração de 40 horas, tempo suficiente para que os alunos aprendam o básico. No entanto, para quem pretende se especializar, é preciso muita prática. “Uma semana de curso é pouco tempo para aprender tudo. Sabemos que as mulheres têm outras atividades no assentamento, mas quem puder treinar em casa, terá um melhor aproveitamento das aulas”, garante Izabel.
Durante a capacitação, os alunos vão aprender mais sobre o histórico do artesanato com palha de milho, conhecer variedades de milho, colheita, armazenamento e seleção das espigas e palhas, higienização da palha, cortes em filetes e tiras. Para fazer o acabamento das peças, a educadora ensina a técnica de envernizamento e de tingimento com corante para roupa. “A ideia é produzir algo que seja o mais natural possível para não perder o valor comercial da peça”, finalizou.
Terapia - Especialistas defendem que a prática de atividades manuais exercita a criatividade, aliviando a tensão e que por esse motivo atuam como terapia. Para a artesã e educadora do Senar/MS, Izabel Lissaraça, o artesanato é uma boa alternativa para a renovação da auto-estima. “Quem faz artesanato não precisa de terapeuta e é uma pessoa feliz. Além de servir como terapia é um complemento da renda familiar”, salienta.

Sobre o Território da Reforma
O Projeto de Apoio à Produção Sustentável no Território da Reforma tem o objetivo de desenvolver os pequenos negócios rurais, fortalecendo a organização, diversificação e sustentabilidade do agronegócio. Tem como metas aumentar a venda de produtos da agricultura familiar no mercado local, gerar novos postos de trabalho, aumentar a renda dos produtores rurais e diversificar as matrizes econômicas.
O Território da Reforma é uma iniciativa da Fundação Educacional para o Desenvolvimento Rural (Funar) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). Desenvolve ações nos municípios de Anastácio, Bela Vista, Bodoquena, Bonito, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna, Jardim, Maracajú, Nioaque, Sidrolândia e Terenos.
 
Assessoria de Comunicação Integrada FAMASUL / SENAR-MS

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Tauá mobiliza região com Fest Berro 2010

Com programação renovada, a feira da ovinocaprinocultura de Tauá espera movimentar setor pecuário da região.Começa hoje, no Parque de Exposições deste Município, a VIII Feira de Negócios de Ovinos e Caprinos dos Inhamuns (Fest Berro 2010), evento reconhecido como um dos maiores da cadeia produtiva da ovinocaprinocultura cearense.

O Fest Berro é, também, uma vitrine dos avanços do setor na região, além de ser uma oportunidade para que os produtores se reúnam e troquem experiências e informações. Consultorias, treinamentos e palestras voltados para temas como manejo alimentar e nutricional de caprinos e ovinos e o aprimoramento desses rebanhos farão parte da programação técnica.Este ano, o Fest Berro traz novidades, como vaquejadas, leilões mistos, feira da agricultura familiar e encontro ecológico. Foi ampliado com a introdução de eventos e feiras paralelas, com a finalidade de movimentar ainda mais o evento, que é esperado pelos produtores e população de Tauá e região. "É o maior evento da região, aguardado durante todo o ano", afirma o secretário-adjunto de Agricultura, Emilson Costa.

Segundo ele, nestes cinco dias de evento, o Município recebe grandes produtores de todo o País, que trazem os seus melhores animais para participarem do Fest Berro. "Inovar sempre será a nossa busca para dinamizar o evento", afirma o secretário, justificando a ampliação na programação do Fest Berro. Acrescenta ainda que a estiagem também foi motivo para expansão do evento, já que, devido à falta de chuvas neste ano, é esperada pela organização a diminuição no número de animais. "Então, buscamos novas alternativas para movimentar a Feira", diz o secretário-adjunto.

De acordo com o secretário, cerca de 30 mil pessoas circularão pela Feira nos cinco dias, de hoje até o dia 21, entre produtores, agricultores, ambientalistas, técnicos e população em geral, sem contar com a juventude que estará presente de forma maciça nos shows culturais e musicais, que farão parte do evento todas as noites.

Atrações conhecidas nacionalmente, como as bandas Garota Safada, Solteirões do Forró, Forró do Muído e Dorgival Dantas estarão se apresentando a partir de amanhã, às 22hs, no Parque da Cidade.

Tauá tem uma ligação especial com a ovinocaprinocultura. Possui atualmente o maior rebanho do Estado e desenvolveu um produto gastronômico que tornou-se destaque e referência na região: a manta de carneiro de Tauá. Ela é considerada parte da cultura culinária desta parte do Ceará.

A manta de carneiro de Tauá é produzida de forma artesanal, com conhecimentos repassados por familiares há gerações e contendo aspectos próprios da cultura local.

Informações: Secretaria de Agricultura de Tauá
(88) 3437.2266
Autora: Silvania Claudino. Fonte: Diário do Nordeste
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