sexta-feira, 16 de março de 2012

Deputado Fábio Dantas apela ao governo para pagar produtores de leite


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O deputado Fábio Dantas fez ontem (14) um apelo ao governo do Estado para que tome providência para pagamento dos produtores que participam do Programa do Leite. Ele disse que tem recebido reclamações dos participantes do programa que o pagamento está com quatro quinzenas de atraso.

“Milhares de famílias são beneficiadas com esse programa, que também contribui para melhorar a agropecuária do Estado, mantendo o trabalhador rural no campo. É preciso que sejam tomadas providências para o fortalecimento do programa”, afirmou.

Fábio Dantas disse ainda que teme que, sem ser uma prioridade, o Programa do Leite se acabe, prejudicando as famílias beneficiadas. Além disso, sem o programa os trabalhadores rurais que hoje encontram emprego no campo vão retornar para as cidades, o que vai gerar problemas sociais pela falta de trabalho.

“É necessário – continuou o deputado – que esse programa seja tratado com profissionalismo na sua execução, porque funcionando bem ele melhora a economia no campo. Se o programa for extinto vai ser mais um problema para a economia do Rio Grande do Norte”.


Fonte: Blog do Marcelo Abdon

Rosalba recebe agropecuaristas e fala em melhorias para o campo


Notícias

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Nesta quinta-feira (15), no final da tarde, a governadora Rosalba Ciarlini recebeu em seu gabinete, no Centro Administrativo, representantes de Entidades ligadas ao agronegócio potiguar, como a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte, o Sinproleite e a Anorc.

Na oportunidade, os representantes das instituições e o empresariado rural que compareceram ao encontro, fizeram um pedido a chefe do Executivo potiguar. Pediram que o Governo tomasse medidas mais eficazes com relação ao status da febre aftosa (que corre o sério risco de ser rebaixado de nível médio para risco desconhecido) no RN. “Pedimos um maior apoio aos técnicos do Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do RN (Idiarn), para que possam cumprir com mais rapidez as visitas no interior”, ressaltou o superintendente do Senar/RN, Luiz Henrique Paiva (que compareceu a reunião em substituição ao presidente da Faern, José Álvares Vieira).

O presidente da Associação Norte Rio Grandense de Criadores (Anorc), Marcos Teixeira, informou que os membros da sua entidade ficaram satisfeitos com a reunião. “Estamos sem dúvida satisfeitos com a conversa entre o grupo e a governadora. Debatemos as questões do Programa do Leite, dos técnicos do Idiarn e também tocamos no assunto da febre aftosa”, enumerou Teixeira.

Segurança pública e pagamentos do Programa do Leite

Sensível ao pleito dos representantes, a governadora Rosalba Ciarlini elencou ações que serão adotadas para as áreas. Em relação ao Programa do Leite, foi realizada uma consulta imediata e a chefe do executivo estadual comunicou que todos os processos que estiverem em conformidade terão as cinco parcelas quitadas. Na área da segurança pública, a governadora garantiu que serão marcadas reuniões com o secretário de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social, Aldair da Rocha, e o comandante Geral da Polícia Militar, coronel Francisco Araújo para estender o Programa Sertão Seguro aos pontos mapeados, bem como o combate efetivo às drogas, “que estão por trás de toda a criminalidade”, segundo Rosalba Ciarlini.

A governadora falou ainda sobre o reforço das equipes do Idiarn para melhorar o controle fitossanitário e combater a doença do mormo e anemia infecciosa nos equinos. Sobre a inserção dos dois assentos no Conema (Tema proposto pelo presidente da Federação da Agricultura, José Vieira, e outras entidades do agronegócio em julho de 2011), a governadora informou que serão tratados com o secretário de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos, Gilberto Jales, que também é membro do Conselho Estadual de Meio Ambiente, para discutir a inclusão de cadeiras para a pecuária e agricultura. Em relação às licenças ambientais, o Idema criará grupos de trabalhos para verificar o licenciamento e ainda há o trabalho de linha de financiamento junto ao Banco do Brasil.

Participaram da audiência a Anorc, Ancoc, Sistema Faern/Senar, Associação dos Criadores de Guzerá do Nordeste, Associação dos Criadores de Pardo Suíço do RN, Associação dos Criadores de Sindi do RN, Sindicatos dos Produtores de Leite e Carne do RN, Associação dos Criadores de Cavalo Quarto de Milha do RN, Associação dos Plantadores de Cana-de-Açúcar do Rio Grande do Norte e Sindleite.

terça-feira, 13 de março de 2012

Nova diretoria da Federação da Agricultura é eleita para o período de 2012 a 2016

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    Em uma vitória consagradora, na manhã desta quarta-feira (07), a nova diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern) foi eleita para administrar a Instituição pelos próximos quatro anos. (setembro de 2012 – setembro de 2016). Na oportunidade, os presidentes dos Sindicatos dos Produtores Rurais filiados à Faern votaram para elegerem a nova diretoria.
    Encabeçada pelo produtor rural José Álvares Vieira (atual presidente da Faern), a eleição mostrou todo o comprometimento e reconhecimento da classe com o trabalho desenvolvido nos últimos anos. “Fiquei muito feliz com esse reconhecimento dos presidentes de Sindicatos Rurais. Esperamos, eu e a nova diretoria, que nos próximos quatro anos possamos compensar todo esse esforço. Tenho certeza que serão quatros anos de muito trabalho. Mas também de muitas alegrias em poder colaborar com os nossos produtores rurais”, enfatizou José Vieira.  De acordo com o presidente da Faern, as propostas da nova diretoria será dar continuidade ao bom trabalho desenvolvido desde 2009 em favor dos produtores rurais potiguares. “Acredito que daremos continuidade aos projetos e iniciativas pioneiras em favor de nossos produtores. Como foi o caso de nossas lutas pela continuidade do Programa do Leite e por uma maior segurança na área rural do Estado. E tudo isso, com o apoio irrestrito da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e da sua diretoria.”, afirmou José Vieira. Saúde no campo e maior participação dos sindicatos No seu discurso de agradecimento, José Vieira também falou de parcerias com Prefeituras e de um maior comprometimento dos sindicatos com as suas cidades. “Temos que continuar lutando por uma saúde rural de maior abrangência. Acredito em parcerias com os prefeitos e isso passa também pela colaboração de nossos sindicatos nos municípios. Por isso, o apoio de todos é fundamental”, explicou Vieira. Um trabalho que se intensifica quando os presidentes de Sindicatos Rurais colaboram com as decisões e participam das atividades ligadas a economia rural de seus municípios. "Afinal, esse é um trabalho em conjunto. Acredito que bons projetos serão promovidos nos próximos anos. E um deles, com total certeza, será a construção de uma sede própria para a Federação da Agricultura”, finalizou José Vieira.
    A composição da chapa vencedora segue abaixo:
    • Presidente – José Álvares Vieira
    • 1º Vice-Presidente – César Augusto de Medeiros Martins
    • Vice-Presidente Executivo – Ozailton Teodósio de Melo
    • Vice-Presidente de Secretaria – Antônio Gomes dos Santos
    • Vice-Presidente de Finanças – Ubirajara Lopes de Araújo Filho
    • Vice-Presidente Regional – Antônio Evandi de Souza
    • Vice-Presidente Regional – Ivonaldo Diniz
    • Vice-Presidente Regional – Luiz Segundo Jácome da Costa Brito
    • Vice-Presidente Regional – José Cícero de Oliveira
    • Conselho Fiscal
    • Efetivos
    • Antônio Fernandes de Oliveira
    • Maria Edileuza Queiroz de Aquino
    • Francinarte Medeiros de Moura
    • Suplentes
    • João Virginio Emereciano Filho
    • Valdemar Solano de Andrade
    • Eduardo Gomes Barreto
    • Delegados Representantes
    • Efetivos
    • José Álvares Vieira
    • César Augusto de Medeiros Martins
    • Suplentes
    • Ozailton Teodósio de Melo
    • Ubirajara Lopes de Araújo Filho













BNDES aprova R$ 389 milhões para eólicas


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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou ontem um financiamento de R$ 389 milhões para a construção de cinco parques eólicos no Nordeste. Desse total, quatro serão erguidos no Rio Grande do Norte e um é projetado para a Bahia. Os projetos do RN receberão R$ 325,2 milhões - ou 83,59% dos recursos. O parque baiano ficará com os R$ 63,8 milhões restantes.

Além da construção, o dinheiro  do banco custeará os respectivos Sistemas de Transmissão associados, de acordo com informações divulgadas ontem.

Os parques terão capacidade instalada somada de 138 Megawatts (MW) e são controlados pela Neoenergia e pela Iberdrola Renováveis do Brasil. Os projetos foram vencedores do Leilão de Fontes Alternativas de 2010 e integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Banco participará com 67,8% dos investimentos totais, de R$ 573,6 milhões, que viabilizarão 1,8 mil empregos diretos e indiretos durante as obras, nos dois estados.

RN

No Rio Grande do Norte, os quatro parques representarão um investimento total de R$ 453,35 milhões, dos quais  R$ 325,2 milhões serão financiados. A capacidade instalada dos projetos será, somada, de 108 MW.

Dois parques - o Calango 2 e o Calango 3 - abrangem os municípios de Bodó, Santana do Matos e Lagoa Nova e terão 30 MW cada. O Calango 2 demandará R$ 114,26 milhões em investimentos e o Calango 3 R$ 125,17 milhões. Os parques receberão, respectivamente, R$ 82,75 milhões e R$ 90,2 milhões do banco.

Outro projeto, batizado Arizona 1, será implantado na região litorânea de Rio do Fogo, adjacente ao Parque Rio do Fogo, do grupo Iberdrola. Serão 28 MW. O investimento previsto é de R$ 122 milhões, dos quais R$ 86,95 milhões financiados. Outro parque, o Mel 2 - que vai custar R$ 91,53 milhões - conseguiu aprovar R$ 65,3 milhões no banco. O parque será implantado na região litorânea de Areia Branca, distante 288Km de Natal. O projeto baiano, por sua vez, será construído no município de Caetité, situado em uma região de planalto da Bahia.

No Rio Grande do Norte, os investidores terão prazos de pagamento entre 207 e 216 meses. Sobre o financiamento incidem a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que está em 6% ao ano, além de uma taxa de risco que varia de acordo com o projeto e uma taxa de juros de 0,9% ao ano - a mais baixa oferecida pelo BNDES, segundo a assessoria de imprensa.

De acordo com informações do BNDES, os parques demandarão 58 aerogeradores à Gamesa, fornecedora instalada na Bahia.

Setor impulsiona resultados do banco no RN

O setor de energia foi a principal alavanca dos financiamentos do BNDES no ano passado, no Rio Grande do Norte. Os desembolsos do banco para o segmento de eletricidade e gás, que inclui os projetos do setor, somaram R$ 799,6 milhões no período, representando 54,36% do valor total desembolsado no estado, de R$ 1,47 bilhão. O montante destinado à área que engloba energia também significou um crescimento de 547%, na comparação com 2010. Os números foram divulgados na última terça-feira pelo banco.

De forma global, o R$ 1,47 bilhão desembolsados no RN, para os diversos setores, representaram uma expansão de 82,5% sobre o valor alcançado no ano anterior.

O  crescimento  nas  liberações foi puxado,  sobretudo,  pelo desempenho do setor de comércio e serviços, que engloba os projetos de energia. Também se destacaram, de acordo com informações da instituição financeira, os setores de arte, cultura e esporte, para  os  quais foram desembolsados R$ 80,1 milhões (em 2010, tinha recebido apenas R$ 500 mil); o de construção, que teve acesso a R$ 79,1 milhões (85% a  mais); e o de transporte terrestre, para o qual o Banco liberou R$ 149,5 milhões (15% a mais). Para micro,  pequenas e médias empresas, houve um incremento de 78% no volume  de  recursos  liberados  para  esse  segmento, saltando de R$ 260,9 milhões em 2010, para R$ 465,3 milhões no ano passado.

NORDESTE

O  Nordeste foi a única Região do País em que os desembolsos do BNDES cresceram  em  2011,  na  comparação com o ano anterior. Enquanto em 2010 o Banco  liberou  para  a  Região  R$  17,2 bilhões em financiamentos - no ano passado  os  recursos  liberados somaram R$ 18,8 bilhões - um incremento  de  9%.   Os investimentos de energia estão entre as alavancas dos números.

No país, a liberações para o setor atingiram, no ano passado, R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões de financiamentos do BNDES. Os projetos representaram um acréscimo de 1.160 MW à matriz energética brasileira, divididos em 38 parques eólicos, de acordo com informações divulgadas pelo banco. Os cinco projetos que tiveram financiamentos anunciados ontem foram os primeiros do setor aprovados este ano.


Fonte: Tribuna do Norte

Jumento vira produto de exportação


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Depois do melão, do camarão e do sal, o Rio Grande do Norte pode se tornar uma potência na exportação de jumentos. Há pelo menos oito meses, o Governo do Estado assinou um protocolo de intenções com a China para fornecer os animais que serão usados na indústria de alimentos e cosmético. A pretensão dos chineses é importar 300 mil asnos do Brasil por ano e o RN quer abocanhar ao menos 20% dessa fatia.

No Nordeste, os asiáticos garantiram a compra dos animais e até chegaram a discutir com políticos locais a criação de uma linha de crédito específica, que levaria o nome de Projegue. Atualmente, os chineses abatem 1,5 milhão de jumentos, de todas as raças, produzidos no próprio país, na Índia e Zâmbia.

O secretário-adjunto de Agricultura do Rio Grande do Norte, José Simplício Holanda, acredita que a comercialização de jumentos é uma ótima oportunidade para aquecer o mercado nordestino, mas ele alerta que só valerá a pena o comércio se o preço realmente for adequado e compatível com o mercado. "Pode-se tomar por base a arrouba de boi, chegando a 50% do valor atual", sugere. O jumento adequado para o abate, segundo Simplício, tem em média quatro arrobas (60 quilos).

Simplício acredita que leva de três a cinco anos para que a cadeira produtiva asinina seja organizada no Estado, visto que o animal está muito desvalorizado devido a sua substituição pelos veículos, como trator, caminhonete e até motocicletas.

A demora no tempo de avaliação da proposta, solicitada pelos chineses, é algo que vem incomodando o Governo, que já pensa até que isso não virá mais. Mas, notícia veiculada recentemente na imprensa nacional deu conta de que já foi liberado o intercâmbio de asnos entre os dois países.

Com a desvalorização da tração animal no Nordeste, o jegue passou a ser rejeitado pelos trabalhadores e fazendeiros. Sem donos, é comum encontrar esses animais soltos pelas estradas, provocando graves acidentes de trânsito. Para Simplício Holanda, a comercialização do animal seria uma forma de reduzir esse problema, visto que os criadores teriam mais cuidado de não deixá-los fora dos currais.

Depois que essa notícia circulou em nível nacional, na última semana, o secretário-adjunto de Agricultura do RN recebeu vários e-mails de protestos. "As pessoas saem em defesa do animal, achando que sou eu o responsável pelo comércio", explica Simplício Holanda.

Ele lembrou que o abate de animal é uma atividade comum no Brasil. Além do frango, do suíno e do boi, Simplício cita os bezerros que são abatidos para a fabricação de salsicha e o chamado "borrego mamão", abatido com 15 ou 20 dias de nascido para ser servido como prato nobre.

Japão foi um dos primeiros importadores

Não é a primeira vez que os asiáticos se interessam pelos jumentos nordestinos. Há cerca de 20 anos, os japoneses começaram a comprar esses animais para o consumo humano. Os primeiros atravessadores eram de Belo Jardim (PE), que compravam os animais indiscriminadamente. Essa prática estava exterminando os rebanhos nordestinos porque os índices de abate eram de 7,25%, contra um crescimento de 4,5%. Um dos fatores para isso era o preço, que, na época, representava um décimo do valor do boi.

Para frear o ato predatório, um grupo de criadores fundou, em 1978, a Associação Brasileira de Criadores de Jumento Nordestino. Desde então, foi feita toda uma movimentação junto ao Ministério da Agricultura para evitar o desaparecimento do animal. Uma das medidas foi a portaria 980, que proibiu o abate de jumentas capazes de se produzir.

Ainda assim, na década de 1980, o comércio acabou por falta de matéria prima. A redução do rebanho foi brusca em todo o Nordeste, caindo de 4,5 milhões de cabeças em 1967 para pouco mais de 1,2 milhão em 1978. O RN, que em 1967 tinha 180 mil jumentos, terminou o ano de 1978 com menos de 52 mil.

Esses animais eram encaminhados para 16 abatedouros em todo o Brasil, desde o Paraná até o Maranhão. Os principais clientes do Nordeste eram de Pernambuco e Minas Gerais. "No pico, os abatedouros chegaram a sacrificar 760 mil cabeças", disse Fernando Viana, que esteve à frente da única pesquisa brasileira com esse fim.

 Aposentado, o professor critica o abandono desse animal pelo nordestino. "É preciso se lembrar que o Nordeste foi feito pelo jumento", argumenta. De acordo com ele, esse interesse repentino pelo animal é apenas "um modismo", e defende um programa mais sério de valorização do jumento como instrumento de trabalho e matéria prima de exportação.


Fonte: Jornal de Fato
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