sábado, 24 de novembro de 2012

Novas condições de juros para financiamento rural


Imagem Interna
No último mês de outubro, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou novas condições de juros para financiamentos com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE).

Desta forma, através da Resolução nº 4.149/2012, o Banco do Nordeste foi autorizado a financiar operações rurais com recursos do FNE com a finalidade de investimento, inclusive com custeio e capital de giro associado, com taxas de juros de 2,49% ao ano.

 Ainda segundo a citada Resolução, haverá bônus de 15% sobre as parcelas da dívida pagas até a data de seu respectivo vencimento. Essas linhas de financiamento para as operações rurais são restritas a contratos firmados entre 1º de outubro a 31 de dezembro de 2012.

Custeio

De acordo com o assessor jurídico da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), Caio Túlio Bezerra, estas operações não contemplam operações de crédito rural com a finalidade exclusiva de custeio. “Esta lacuna aparentemente demonstra pouca preocupação do Conselho Monetário Nacional com a classe produtora rural nordestina que vem amargando prejuízos com a seca deste ano. Reconhecidamente uma das mais devastadoras dos últimos 50 anos”, ressaltou o advogado.

Ainda de acordo com o assessor da Faern: “Em tempos de seca como a que enfrentamos, reduzir juros igualmente para financiamentos com o custeio nos parece ser a medida mais acertada e vantajosa ao setor rural nordestino”, finalizou Bezerra.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

OBSESSÃO POR CENSURA



Por *Kátia Abreu
 A tentativa de submeter os veículos de comunicação a um 'controle social' é uma forma oblíqua de censura


Nada conspira mais contra a democracia que a relativização de seus valores – entre eles (e sobretudo), a liberdade de imprensa. A tentativa de submeter os veículos de comunicação a um “controle social” é uma forma oblíqua de censura, com o indisfarçável propósito de mantê-la subjugada politicamente.
No Brasil, esse controle é ainda uma proposta obsessiva de parte expressiva do PT. Na Argentina, na Venezuela e no Equador, países que se consideram democráticos, é uma trágica realidade. 
A uniformidade dos discursos preocupa, sobretudo quando se sabe que obedece a uma articulação continental entre grupos políticos hegemônicos que postulam um mesmo projeto: uma América do Sul socialista.
Em face disso, no final de outubro, empresários de rádio e televisão de diversos países sul-americanos, reunidos na 42ª Assembleia Geral da Associação Internacional de Radiodifusão (AIR), em Montevidéu, aprovaram o envio de missão especial à Argentina, no dia 7 de dezembro, para acompanhar a entrada em vigor, naquele país, da Nova Lei de Meios.
Essa lei, com pequenas variantes, já havia sido tentada aqui, quando da edição do III Plano Nacional de Direitos Humanos, há quatro anos, felizmente repelida pela presidente Dilma Roussef, ainda quando candidata.
Todas as tentativas de enquadramento da imprensa, ao longo da história – e não foram poucas -, resultaram numa mesma constatação: não é possível fazê-lo sem ferir o princípio básico da democracia, que é a liberdade de informação e expressão.
O único controle democrático sobre a mídia é o que está na lei, mais especificamente no Código Penal. Os crimes decorrentes de seu uso indevido são três: injúria, calúnia e difamação, já devidamente capitulados, e geram reparações que, no limite, podem levar o infrator a sair do mercado. 
Liberdade, como é óbvio, não exclui responsabilidade penal para quem dela abusa. Mesmo assim, os que reclamam da imprensa o fazem como se não estivesse submetida a limites legais, o que tornaria indispensável providenciá-los. É esse, em síntese, o teor sofístico das sucessivas conferências de imprensa do PT.
A imprensa é um termômetro: mostra a febre, mas não a cria, nem a cura. Xingá-la, no entanto, tornou-se parte de um curioso processo de catarse, que só convence a quem dele carece. 
O ex-presidente Lula mantém relações esquizofrênicas com o tema. Já reconheceu diversas vezes que deve sua projeção política à imprensa, que, ainda ao tempo do regime militar, o acolheu com entusiasmo, como liderança popular emergente, arrostando riscos.
Mas diz que os jornais lhe dão azia, que o combatem injustamente e coisas afins, esquecido de que essas críticas convivem lado a lado, e em franca desvantagem numérica, com os que o louvam. Não há uníssono na imprensa.
A propósito, é improvável que haja um segmento da sociedade brasileira tratado com mais severidade – e frequentemente com injustiça - que o dos produtores rurais, em regra apresentados como vilões e retrógrados. 
Não obstante, não se registra uma única declaração de suas instituições reclamando da imprensa ou pedindo restrição ao seu livre exercício. Nossa opção é democrática: o debate, o exercício do contraditório.
Hoje, com a internet, não há notícia que escape de divulgação. Se houver alguma informação alvo de sabotagem generalizada na mídia convencional – algo altamente improvável -, acabará vazando pela internet e chegando ao público. 
Outra lenda: o monopólio das TVs, ponto central e recorrente dos questionamentos. Há, no Brasil, em pleno funcionamento, nada menos que cinco redes nacionais privadas (Globo, Bandeirantes, Rede TV, Record e SBT), além de TVs Educativas estatais e redes regionais, sem contar as TVs por assinatura. Não há monopólio. Há liderança, que só pode ser quebrada mediante opção do telespectador.
Qualquer outra medida implica censura. Uma coisa é certa: nenhum dano decorrente da liberdade de imprensa é maior que os que ela ajuda a evitar.
*Kátia Abreu, senadora (PSD/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados nesta coluna.
 

PROJETOS E PROGRAMAS, MINHA CASA MINHA VIDA RURAL.

O Programa Nacional de Habitação Rural, integrante do Programa Minha Casa, Minha Vida, oferece subsídios para a construção ou reforma de imóveis aos agricultores familiares, trabalhadores e aposentados rurais com renda anual de até 15.000,00.
A CNA, o SENAR e o INSTITUTO CNA oferecem o apoio técnico e estrutural para a construção dessas moradias e cursos de capacitação e treinamento.
Com moradia digna, homens e mulheres do campo ganham novo ânimo para produzir alimentos em equilíbrio com o meio ambiente, melhorando a renda, a qualidade de vida da família e a economia da região.
PARTICIPANTES DO PROGRAMA
  • MINISTÉRIO DAS CIDADES – Gestor da Aplicação
  • MINISTÉRIO DA FAZENDA – Repasse dos Recursos
  • CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – Agente Financeiro e Gestor Operacional
  • FEDERAÇÃO DE AGRICULTURA DOS ESTADOS

FINALIDADE
Concessão de subsídios, com recursos do Orçamento Geral da União - OGU, aos agricultores familiares, organizados sob a forma coletiva, por meio de uma Entidade Organizadora, para produção da unidade habitacional em área rural.
MODALIDADE: Aquisição de Material de Construção para conclusão, reforma e ampliação da Unidade Habitacional Rural.

PÚBLICO–ALVO
  • Agricultores familiares com renda familar bruta anual de até R$15.000,00, que comprovem enquadramento no PRONAF, Grupo “B”, C”, “V” e “A - Beneficiários do PNCF, por meio da apresentação de DAP – Declaração de aptidão ao PRONAF, emitida nos últimos 3 anos”;
  • Trabalhador rural com renda familiar bruta anual até R$ 15.000,00, comprovada por carteira de trabalho, contrato de trabalho ou declaração do empregador/cooperativa/associação/sindicato;
  • Trabalhador rural aposentado com renda bruta familiar anual até R$ 15.000,00, demonstrada por meio de comprovante de proventos do INSS.

SUBSÍDIOS
CONCEDIDO AO BENEFICIÁRIO
  • Até R$ 25.000,00, destinado à construção da UH - Unidade Habitacional (pagamento do material de construção e mão-de-obra);
  • Até R$ 15.000,00, destinado à conclusão/reforma/ampliação da UH (pagamento do material de construção e mão-de-obra);

CONTRAPARTIDA DO BENEFICIÁRIO
4% do valor do subsídio edificação é devolvido, pelo beneficiário, ao OGU, a título de contrapartida do beneficiário, da seguinte forma:
  • Quatro parcelas anuais, sem juros e sem atualização monetária;
  • Primeira parcela vence um ano após assinatura do contrato.

Tipo
SUBSÍDIO
PERCENTUAL
CONTRAPARTIDA DO BENEFICIÁRIO
Construção
R$ 25.000,00
4%
R$ 1.000,00
Conclusão Reforma Ampliação
R$ 15.000,00
4%
R$ 600,00


ATRIBUIÇÕES DA ENTIDADE ORGANIZADORA
  • Elaboração do projeto do empreendimento;
  • Apresentação do projeto à CAIXA;
  • Organização e indicação do grupo de beneficiários;
  • Participação no investimento com aporte financeiro ou bens e/ou serviços economicamente mensuráveis, se necessário;
  • Acompanhamento e execução das obras do empreendimento;
  • Execução do TTS - Trabalho Técnico Social e ATEC – Assistência Técnica
  • Conclusão do empreendimento, dentre outras.
Obs.: Definidas no Termo de Cooperação e Parceria – TCP, firmado entre a EO e a CAIXA.

PROPOSTA/PROJETO DE INTERVENÇÃO
  • Aprovação jurídico/cadastral, de engenharia e de trabalho técnico social;
  • Mesmo regime de construção para todas as UHs - Unidades Habitacionais;
  • Localização das UHs em, no máximo, três municípios limítrofes;
  • Limite de 50 UH por projeto e no mínimo 04 UH;
  • Comprovação de origem legal das madeiras nativas utilizadas nas obras do empreendimento.

GLEBA/TERRENO
  • Até 4 módulos fiscais, exceto áreas indígenas e comunidades quilombolas;
  • Vias de acesso, soluções para abastecimento de água, esgoto sanitário e energia elétrica;
  • Terreno de propriedade do beneficiário;
  • Terreno de propriedade de terceiros:
    • Comprovado parentesco até 3º grau entre um dos proprietários com o beneficiário;
    • Autorização dos proprietários para produção da UH pelo beneficiário.
  • De posseiro, de boa fé de terras públicas ou ocupantes de terras particulares, com direitos sucessórios, mas com processos de partilha ainda não encaminhados ou não concluídos, e não havendo dúvidas sobre o domínio do imóvel;
  • Terreno com cláusula de usufruto vitalício (usufrutuário /nu-proprietário);
  • Terreno de Comunidade Quilombola.

BENEFICIÁRIOS – EXIGÊNCIAS
  • Ser indicado pela Entidade Organizadora - EO;
  • Apresentação de documentos pessoais;
  • Comprovação de capacidade civil;
  • Regularidade perante a Receita Federal;
  • Ser brasileiro nato ou naturalizado; se estrangeiro, ter visto permanente no País;
  • Comprovar renda familiar anual de até R$ 15.000,00.

BENEFICIÁRIOS – IDADE
Não há limite máximo de idade.

DOCUMENTAÇÃO
Relação de documentos e modelos específicos serão disponibilizados pela EO.

RESTRIÇÕES AO BENEFICIÁRIO
  • Possuir registro no CADIN – Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal;
  • Possuir débitos não regularizados junto à Receita Federal;
  • Possuir financiamento imobiliário ativo em qualquer localidade do País;
  • Possuir área superior a 4 módulos fiscais conforme legislação em vigor;
  • Ser proprietário, cessionário, arrendatário ou promitente comprador de outro imóvel residencial, seja urbano ou rural (excetuando a propriedade onde se implantará a UH), situado no atual local de domicílio ou onde pretende fixá-lo; no caso de reforma é admitida a propriedade do imóvel residencial rural objeto da reforma;
  • Ter figurado, a qualquer época, como beneficiário de programa habitacional lastreado nos recursos do OGU, do INCRA ou de desconto habitacional concedido com recursos do FGTS;
  • Ser beneficiário do Programa de Reforma Agrária – assentados da reforma agrária – independentemente do enquadramento da DAP;
  • Estar enquadrado no grupo “A” (exceto beneficiário PNCF) e grupo “D” do PRONAF;
  • Receber renda anual familiar consignada na superior a R$15.000,00;
  • Ter recebido, a qualquer época, recursos do crédito fundiário para construção da moradia;
  • Não é admitida a transferência de intervivos, nem cessões de direitos, promessas de cessões de direitos ou procurações, que tenham por objeto a alienação, onerosa ou gratuita, ou a promessa de compra e venda e a cessão de imóveis, componentes do Programa, antes do final do prazo da operação.

PRAZO DE CONSTRUÇÃO
Entre 4 e 12 meses

CONTATOS
COORDENAÇÃO NACIONAL
Instituto CNA
SGAN Quadra 601, Módulo K - Térreo
Brasília, DF - CEP: 70830-903
Fone: (61) 2109 1550 - Fax (61) 2109 1322
E-mail: institutocna@institutocna.org.br

Seminário discutirá convivência com o semiárido em núcleo da Ufersa


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A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), Campus de Angicos, realizará, no período de 22 a 24 de novembro, o 1º Seminário Estadual de Educação Para Convivência Com o Semiárido: Realidade, Desafios e Perspectivas.

De acordo com informação dada pela comissão organizadora do evento, as inscrições já estão abertas e podem ser feitas pela internet, no endereço eletrônico www.educacaosemiarido.wordpress.com.

De acordo com a professora Rita Diana Gurgel, uma das coordenadoras do evento, a inscrição também poderá ser feita presencialmente até o dia do seminário.

A professora explicou que o seminário será muito importante para toda a região, e estão sendo aguardados em torno de 350 visitantes que se inscreverão para participar dos grupos de trabalho. É um evento regional que contará com a participação de pessoas de todo o Estado e outras unidades da Federação.

A inscrição, além de poder ser feita através do endereço eletrônico, também poderá ser feita na hora até o dia do evento.

O evento é uma iniciativa conjunta da Coordenação de Extensão, das Coordenações de Cursos de Licenciaturas e da Coordenação de Especialização do Campus da Ufersa de Angicos, e tem o apoio financeiro da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) por meio do Programa de Apoio a Eventos no País (Paep).

Conforme a comissão organizadora do Seminário Estadual de Educação no Campus da Ufersa em Angicos, o público-alvo abrange professores e gestores da rede de ensino (estadual, municipal e federal), estudantes das licenciaturas e da pós-graduação, representantes dos movimentos sociais e demais profissionais interessados nas temáticas.

Veja os temas que pautarão os grupos de trabalho

- Paulo Freire e a Formação de Professores em Uma Sociedade Tecnológica;

- Práticas Freireanas no Ensino de Ciências e Matemática;

- Práticas Discursivas de Educação Continuada, Diversidade Étnico, Racial e Cidadania;

- Educação e Movimentos Sociais;

- Educação Ambiental na Construção da Convivência com o Semiárido; Recursos Naturais: técnicas e práticas sustentáveis;

- Tecnologias e Práticas Educativas;

- Paulo Freire e a Educação de Jovens e Adultos;

- Ensino, Inclusão e Linguagem Ensino; e Gêneros Digitais e Ensino da Linguagem em AmbientesVirtuais.
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