quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Senado aprova novo Código Florestal


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Depois de mais de seis horas de discussão, o plenário do Senado aprovou, por 59 votos contra 7, o texto-base do projeto do novo Código Florestal. O texto analisado em plenário foi o finalizado pelo relator Jorge Viana (PT-AC), e já havia sido aprovado pela Comissão de Meio Ambiente do Senado no final de novembro. Na comissão de Constituição e Justiça, o relator foi o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).
A votação foi concluída por volta das 23h10, após a análise de emendas (mudanças) ao texto-base. Do total apresentado, 26 foram acatadas e 56 rejeitadas. O texto agora seguirá para a Câmara, onde precisará ser apreciado novamente, uma vez que recebeu mudanças no Senado. Depois, o texto será encaminhado para sanção da presidente da República, Dilma Rousseff.

 Uma das emendas acatadas determina que a área de conservação obrigatória em estados com mais de 65% das suas áreas em reservas ambientais, poderão reduzir a reserva para 50%, como já previa o projeto, desde que tenha aprovação do Conselho Nacional do Meio Ambiente e dos estados.

A outra emenda determina que os poderes executivos poderão, com a autorização dos comitês regionais de meio ambiente, aumentar o percentual das áreas de preservação permanentes em casos de bacias hidrográficas consideradas em situação crítica.

A última emenda considerada mais relevante se refere aos manguezais. Mesmo sendo considerados como área de preservação permanente, a emenda permite atividades na área, sendo limitada em 10% da Amazônia Legal e 35% nos demais biomas.

Ao defender a proposta em plenário, Viana agradeceu o empenho dos parlamentares para a votação da matéria.

"Se não fosse a contribuição de cada senador e senadora, certamente, este posicionamento suprapartidário que estamos tendo aqui hoje não estaria acontecendo [...] Hoje o Senado pode estar ajudando o Brasil a virar uma página importante.", disse Viana.

 Mudanças no texto

Em maio, a base aliada na Câmara contrariou o governo e aprovou o Código Florestal com três pontos que o governo discordava: anistia a pequenos produtores que tenham desmatado áreas de reserva legal (mata nativa); a possibilidade de estados e municípios estipularem regras para produção em áreas de preservação permanente (APPs); e a manutenção de atividades consolidadas em APPs, como o cultivo de maçã e plantio de café.

O texto foi para apreciação do Senado, e passou pelas comissões de Constituição e Justiça e Meio Ambiente, antes de ser votado em plenário. O texto-base aprovado modifica pontos do texto que desagradavam aos ruralistas, tais como a conversão de multa apenas para pequenos agricultores e donos de terras com até quatro módulos fiscais autuados por desmatamento até julho de 2008. Com a nova redação, os benefícios passam a valer para grandes propriedades rurais que desmataram sem autorização ou licenciamento até julho de 2008.

O texto-base aprovado também traz ajustes no ponto que trata da recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APPs) - locais como margens de rios, topos de morros e encostas, considerados frágeis, que devem ter a vegetação original protegida.

Jorge Viana, que relatou o projeto, manteve o texto aprovado pela Câmara que determina a obrigação de recompor margens de rios em pelo menos 15 metros de mata ciliar para rios até 10 metros de largura, porém, estabeleceu que a obrigação, para propriedades com até quatro módulos fiscais, não poderá exceder 20% da área da propriedade.

Com a modificação, fica assegurada a todas as propriedades rurais a manutenção de atividades em margens de rios consolidadas até 2008. Para propriedades maiores que quatro módulos fiscais com áreas consolidadas nas margens de rios, os conselhos estaduais de meio ambiente estabelecerão as dimensões mínimas obrigatórias de matas ciliares, também respeitando o limite correspondente à metade da largura do rio, observando o mínimo de 30 metros e máximo de 100 metros.

Manifestação

Antes do começo da discussão em plenário, que durou mais de seis horas, manifestantes foram impedidos de entrar no Senado pela Polícia Legislativa da Casa. As portas da Chapelaria do Congresso foram fechadas, e um grupo de cerca de 40 manifestantes vestidos de palhaços tentaram impedir o trânsito de veículos no local.

As senadoras Kátia Abreu (PSD-TO) e Marinor Brito(PSOL-PA) pediram em plenário que as galerias fossem abertas para os manifestantes que acompanhavam a votação da proposta do lado de fora da Casa. A proposta das parlamentares não foi aceita.

Fonte: G1.com

ELEIÇÃO DO SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE LAJES


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Aconteceu na manhã do último sábado, dia 3 de dezembro, a eleição do Sindicato Rural. O produtor rural, César Militão, foi reeleito Presidente da entidade para os próximos quatro anos. No total, 21 produtores estavam aptos a votar, sendo que 17 compareceram na eleição realizada na Sede do Sindicato.


Os eleitos foram: César Militão (Presidente), Idalecio Pinheiro (1º Vice-presidente), Benes Leocádio (2º Vice-presidente), Sônia Santos (Tesoureira) e Clóvis Vale (Secretário).


César Militão foi reeleito presidente da Sindicato através de um consenso entre os produtores que acreditam na manutenção do trabalho que a entidade vem realizando no município com ações de cunho social e melhorias na defesa dos interesses dos produtores rurais. “O Sindicato é um instrumento importante para o seguimento dos produtores rurais em nosso município e César Militão sabe muito bem nos representar nesta luta árdua do dia-a-dia”, disse Pedro Alves, produtor rural.


Acompanharam o processo eleitoral, o prefeito de Lajes e Presidente da FEMURN, Benes Leocádio; o Presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Norte (FAERN) e Presidente do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), José Alvares Vieira; os diretores da FAERN, Ozailton Teodozio, Luiz Henrique e Ubirajara Lopes. Além do secretário adjunto de agricultura de Lajes, Tico Lopes; o vereador Clóvis Vale e o advogado, Rosenildo Silva.


Fonte: Blog do Robson Cabugi

Em seminário, produtores rurais pedem segurança para o campo


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Diversos produtores, presidentes de Sindicatos Rurais, vereadores de cidades do interior e representantes do Governo estadual participaram na manhã desta terça-feira (06), no auditório do Sebrae em Natal, do 2°Seminário sobre Segurança Pública Rural da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern).

Na oportunidade, os representantes do Governo ouviram dos produtores o clamor para uma maior fiscalização policial nas pequenas cidades e nas zonas rurais mais afastadas. Ouviram do presidente da Federação da Agricultura, José Álvares Vieira, o pedido de criação de um batalhão rural, nos moldes das patrulhas rurais formadas em estados como Goiás e Mato Grosso. “Acredito nessas patrulhas. E tenho certeza que se for implantada no RN, elas poderão mostrar bons resultados”, ressaltou José Vieira.  

Estiveram presentes na mesa principal de debates (que foi mediado pelo presidente da Faern) o secretário da Segurança Pública, Aldair da Rocha, o Comandante Geral da Polícia Militar, Coronel Francisco Araújo, o Superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF/RN), Rosemberg Alves, o diretor adjunto da Degepol, Olávio Ferreira Filho, o chefe de gabinete da secretaria da Agricultura, Jarbas Cavalcanti, e o presidente da Anorc, Marcos Teixeira.

Ações

No debate, os representantes do Governo Rosalba Ciarlini apontaram os projetos que já implantaram no Rio Grande do Norte e os que entrarão em vigor no mês de janeiro. “Estamos nos organizando para, já no próximo mês, colocar mais 10 carros, tipo Ranger, para o programa Sertão Seguro. Atualmente são quatro em circulação nas zonas rurais do RN. Com isso, poderemos dar uma resposta muito mais eficiente para os pedidos dos senhores”, explicou o secretário de Segurança, Aldair da Rocha.

O Comandante Geral da PM, coronel Francisco Araújo, ressaltou que com esses veículos de prontidão e uma possível parceria com os sindicatos rurais e produtores, o trabalho da força policial será muito maior. “Com uma dinâmica de inteligência e o contato direto com vocês, acreditamos que o programa Sertão Seguro será ampliado e mostrará muitos resultados”, enfatizou o comandante da Polícia Militar.

No seminário também foi abordado pelos presentes um contato direto por meio de telefones (0800) que deverá entrar em funcionamento em breve. “pretendemos criar um número especial que será o canal direto entre produtor rural e órgãos da segurança pública. Tenho certeza que esse contato telefônico será disponibilizado o mais rápido possível”, lembrou o secretario Aldair da Rocha.

No seminário desta terça-feira, o superintendente da PRF, inspetor Rosemberg Alves, também sugeriu um cadastro disponibilizado pela Federação da Agricultura e que poderá ajudar aos policiais rodoviários. “Um banco de dados, com informações como o ferro marcado no gado (com as iniciais do proprietário) já poderão ser muito úteis para a investigação policial. Com a foto do animal, com a marca e com os dados do fazendeiro, ficará muito mais difícil algum ladrão passar com gado roubado pelas nossas barreiras. E isso poderia ser disponibilizado pela Internet”, ressaltou Alves.

Interiorização

O presidente da Faern, José Vieira, terminou o seminário confiante nas propostas apresentadas e ficou de se reunir novamente com a cúpula da segurança estadual para formalizarem um novo seminário. Desta vez, promovido em alguma cidade do interior potiguar. “Iremos marcar uma nova rodada de conversas que poderá culminar em um novo seminário. Acredito que alguma cidade pólo do interior receberá esse novo debate. Com isso, acreditamos que a participação do produtor rural será maior”, finalizou Vieira.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Produtores rurais cobram soluções para a violência no campo


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Não é de hoje que o campo potiguar vem sofrendo com a crescente onda de violência, notadamente com crimes relacionados ao roubo de animais, implementos agrícolas, maquinários, veículos e insumos, invasão de residências e o tráfico de drogas. E foi analisando o aumento crescente desses atos que a Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), resolveu encampar o 2° Seminário sobre Segurança Pública Rural.

O evento, que será promovido nesta terça-feira (06), às 8h, no auditório do Sebrae em Natal, visa debater a questão da insegurança nas pequenas cidades e nas zonas rurais do RN.

Com mediação do presidente da Federação da Agricultura, José Álvares Vieira, o seminário contará em sua mesa principal com a presença do secretário da Segurança Pública, Aldair da Rocha, do superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF/RN), Rosemberg Alves de Medeiros, do diretor do Policiamento do Interior da Polícia Civil, José Carlos de Oliveira, e de representantes da Secretaria da Agricultura e da Polícia Militar.

Quase nada mudou

De acordo com o presidente da Faern, José Vieira, os representantes das instituições irão conversar com os produtores rurais, prefeitos e lideranças de municípios sobre os números da violência nas áreas rurais. “Será um grande debate sobre essa temática tão importante que é a segurança pública nas pequenas cidades e nas zonas rurais. Tentaremos abordar toda a problemática da violência e descobrir uma forma de diminuir essa ferida aberta”, ressaltou Vieira.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, a segunda edição do seminário (A primeira foi promovida em novembro de 2009) é um pedido dos dirigentes sindicais do interior e dos inúmeros produtores rurais que trabalham e vivem nas pequenas cidades. “O tema se reveste da mais alta importância para o agronegócio e precisa entrar com prioridade na pauta da segurança pública. A proposta do evento foi feita com base nos pedidos de nossos produtores e presidentes de sindicatos rurais. Por isso, a Faern não poderia deixar de promover mais essa edição e lembrar que quase nada mudou no campo potiguar”, finalizou José Vieira.
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