quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Programa Negócio Certo Rural parceria SENAR/SEBRAE em Lajes

Esse é o objetivo do Negócio Certo Rural, um programa inédito de auto-atendimento criado pelo Sebrae de Santa Catarina e, agora, adotado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). A parceria Senar/Sebrae começou em 2009, quando foram treinadas cinco turmas experimentais em Santa Catarina e amplia-se, agora, em 2010, com a formação de 45 turmas.
Com a adoção do programa pela administração nacional do Senar, o Negócio Certo Rural assume amplitude nacional e começa a ser implementado neste mês de abril, informa o superintendente do Senar/SC, Gilmar Zanluchi.
“É muito mais do que apenas uma versão rural do programa Negócio Certo que já existia para os empreendedores urbanos”, explica o gerente de comunicação com o mercado do Sebrae, Spyros Diamantaras. O Sebrae desenvolveu uma metodologia ambientada para o universo agrícola e orientado a otimizar a gestão da propriedade rural, adotada e aperfeiçoada pelo Senar.
As turmas são formadas por produtores rurais e filhos de agricultores familiares com idade de 16 a 35 anos que cumprem as cinco etapas do programa – encontrar uma idéia de negócio, verificar sua viabilidade, formalizá-lo, organizá-lo e administrá-lo e promover o relacionamento com o mercado.
As diferentes etapas são ministradas quinzenalmente e, intercalando cada uma delas, os participantes receberão consultoria individual dos técnicos do Senar e do Sebrae. Os conteúdos estão disponíveis em material impresso, pela internet ou em CD ROM. O conteúdo programático é transferido através de um processo de ensino-aprendizagem formatado em cinco etapas e seis encontros presenciais que contam com o suporte de seis manuais impressos.
Para sedimentar fortemente os conhecimentos, os alunos recebem consultoria de uma hora durante o curso, entre o segundo e o terceiro encontro. Após o término do curso, os alunos que abrirem efetivamente seus negócios terão mais quatro horas de consultoria; os que farão melhorias no negócio já existente ganharão mais duas horas.
Pesquisa com as cinco primeiras turmas revelam que 43% dos 114 egressos abriram novos negócios e 57% implantaram melhorias na propriedade.        
RELACIONAMENTO
Gilmar Zanluchi realça que, ao final do treinamento, os alunos estarão capacitados para atrair e reter clientes, construir relacionamentos, entender as forças e o comportamento do mercado. “Eles terão desenvolvido uma visão para buscar oportunidades de negócios e estudar produtos e serviços que atendam às novas demandas e necessidades dos clientes”.
Um dos entusiastas do Negócio Certo Rural é o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, que identifica nesse instrumento um elemento de fixação dos jovens no meio rural. As atividades vinculadas ao setor primário da economia – basicamente agricultura e pecuária – estão aquecidas em face das novas demandas mundiais de alimentos, lembra o dirigente.
“Faltava um meio de motivar os jovens para revitalizar suas propriedades rurais e/ou descobrir os empreendimentos viáveis que estão ao seu alcance”, assinala, lembrando que existem centenas de oportunidades esperando para serem descobertas em áreas como fruticultura, floricultura, mel, piscicultura, pequena agroindústria artesanal etc.
Após a conclusão das turmas-piloto de Águas de Chapecó, São Carlos, Joaçaba, Caçador e Água Doce, o programa passou por mais uma bateria de avaliação para ser implementado em todo o Estado e, agora, adotado como programa nacional. Pesquisa, concepção, conteúdos, metodologia e material didático, tudo foi criado pelo Sebrae catarinense. O programa de auto-atendimento é gratuito e acessível a todos os interessados.

Embrapa Caprinos e Ovinos adota compostagem para pequenos ruminantes

A compostagem pra pequenos ruminantes adotada pela Embrapa Caprinos e Ovinos (Sebral/CE) é a primeira experiência no Brasil dessa prática. O processo, que possibilita a decomposição de carcaças de animais mortos, evitando riscos de contaminação ao solo e de disseminação de doenças, é a saída mais eficaz para o tratamento a resíduos de animais mortos.
A compostagem consiste em processo controlado e biológico de decomposição de animais, com a mistura de carcaças e de material de poda de árvores e esterco. Essa mistura é realizada em estruturas de madeira ou alvenaria, as composteiras. As vantagens são a possibilidade do material resultante da decomposição ser usado como adubo - havendo retorno para a propriedade - e até mesmo a redução do mau cheiro de carcaças.
Segundo o médico veterinário Eduardo Oliveira, analista do setor de campos experimentais da Embrapa Caprinos e Ovinos, há plena possibilidade de pequenos produtores rurais utilizarem a compostagem. "Uma estrutura de madeira e telhado rústicos, com um espaço de dois metros por quatro para composteira, pode ser adaptada. É prático e de fácil construção", exemplificou ele, recomendando o método para o tratamento de resíduos de animais abatidos por mortalidade natural.
Na Embrapa Caprinos e Ovinos, um setor específico foi construído para a prática da compostagem, para conduzir o experimento, que pretende reunir dados sobre a adaptação do processo ao tratamento de carcaças de pequenos ruminantes. A prática já é desenvolvida na Embrapa Suínos e Aves (Concórdia/SC), para os animais daquela unidade, e também para bovinos na Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora/MG). A ideia, segundo Eduardo, é de firmar parcerias entre as unidades para um projeto em comum, proporcionando o intercâmbio de informações técnicas.
Autor: Adilson Nóbrega. Fonte: Agrosoft

FAERJ divulga que negociação da dívida ativa da união ganha novo prazo

A Lei 12.249, conversão da MP 472, foi publicada no Diário Oficial da União (14/06/2010), trazendo novo prazo para liquidação ou renegociação de dívidas de crédito rural inscritas em Dívida Ativa da União – DAU.
As dívidas originárias de operações de crédito rural que venham a ser incluídas na DAU até 31 de outubro de 2010, poderão ser liquidadas ou renegociadas até 30 de novembro de 2010. Até esse prazo ficam suspensas também as execuções fiscais e os respectivos prazos processuais.
Para as renegociações há concessão de descontos conforme a tabela a seguir:
Na renegociação da DAU, o prazo de pagamento é de até 10 (dez) anos, com amortizações em parcelas semestrais ou anuais, de acordo com o fluxo de receitas do mutuário.
No caso de parcelamento, as referidas prestações, para efeito de pagamento, serão acrescidas dos juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acumulada mensalmente e divulgada pelo Banco Central do Brasil, calculados a partir do mês subseqüente ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% (um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver sendo efetuado.
A taxa de juros Selic relativa ao mês de maio de 2010, por exemplo, aplicável a cobrança de junho de 2010, foi de 0,75 %. A concessão da renegociação não dependerá de apresentação de garantias ou de inclusão de bens e o pagamento da primeira parcela será no ato da negociação.
O não pagamento de qualquer parcela no prazo ajustado importa em rescisão automática da renegociação, independentemente de interpelação ou notificação judicial ou extrajudicial.
A confirmação do pagamento do boleto bancário, referente a primeira parcela, representa a aceitação e a confirmação dos termos da renegociação.
Como a normativa é recente, apenas a partir da próxima semana é que o produtor poderá efetuar o pedido de renegociação junto à central de atendimento do Banco do Brasil pelos telefones 4003-0494 (capitais e regiões metropolitanas) e 0800-880-0494 (demais localidades). Nesse caso, os atendentes passam as condições de parcelamento e havendo a concordância do produtor é enviado um termo de adesão à renegociação e o boleto bancário da primeira parcela.
Liquidação do saldo devedor com descontos:
Os saldos devedores das dívidas transferidas à Dívida Ativa da União (DAU) poderão ser liquidados até 30 de novembro de 2010. O saldo devedor será ajustado para a data da renegociação e, posteriormente, feito o enquadramento na faixa de desconto, conforme o quadro abaixo:
Exemplo:
Operação com saldo devedor ajustado na data da liquidação: R$ 70.000,00:
Desconto percentual (faixa acima de 50 até 100) 48%: -33.600,00
Desconto fixo(faixa acima de 50 até 100):  -6.200,00
Total a liquidar: R$ 30.200,00
A liquidação da DAU é feita nas unidades da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN). Para beneficiar-se dos referidos descontos que variam entre 38% e 70%, dependendo do saldo devedor, o produtor rural, ou seu representante legal, deverá comparecer pessoalmente à unidade descentralizada da PGFN de sua região munido de seus documentos de identificação, bem como, procuração idônea, caso se trate de representante legal.
Em todos os casos em que o contribuinte for representado por procurador, deverá ser apresentada procuração, com fins específicos, pública ou particular com firma reconhecida, juntamente com cópia do documento de identificação do procurador.
Recomenda-se ligar antes para a PGFN no telefone 146, opção 8, para confirmar o horário de atendimento ao público.
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