sábado, 31 de julho de 2010

Crescem as inscrições nos cursos á distância do Senar

Foto: Wenderson Araújo.
Jovens agricultores aproveitam encontro em Brasília para ingressar no mundo da internet. O SENAR disponibilizou 10 computadores, com conexão a internet, num estande do 2º Festival Nacional da Juventude Rural. Mais de 850  jovens se inscreveram.

O SENAR  ainda mobilizou vários técnicos do DEPPS - Departamento de Educação Profissional e Promoção Social que apresentavam a plataforma e a modalidade de Ensino  à Distância aos participantes. Os técnicos auxiliaram os jovens a se matricular nos cursos oferecidos pelo EaD, além de criarem e-mails para todos os participantes no Canal do Produtor, para  incentivar o uso de computadores pela população do meio rural.

Os jovens se  inscreveram para os cursos que já estão com matriculas abertas: Primeiros Passos na Informática, Primeiros Passos do Canal do Produtor e Com Licença Vou à Luta, este último  é destinado somente para mulheres que vivem na área rural e querem se tornar empreendedoras. Os cursos são gratuitos e ajudarão muitos jovens a usar as facilidades da internet no dia a dia e também servem de estímulo para que participem de outros cursos à distância, que serão  disponibilizados gratuitamente, também, ao longo do ano.

Rosiléia da Silva Inácio, de 21 anos, agricultora de  Alagoas  quer fazer o curso Com Licença Vou à Luta porque gosta de trabalhar na agricultura. “Eu quero que meu sítio se torne uma fonte de renda, uma empresa. Espero alcançar conhecimento, quero que o curso me ajude, porque quero que o sítio me dê lucro”. Antonyone Fernandes da Silva, estudante de Gestão Ambiental, em Jarú, Rondônia, também se cadastrou porque acredita que o curso vai ser proveitoso e o certificado vai lhe ajudar a crescer.

Os 5 mil jovens que vieram de vários estados do país para  participar do Festival, realizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, a Contag, passaram a semana em Brasília, onde acompanharam debates, oficinas, jogos esportivos e shows.  Domingos Rocha, de 24 anos, mora na Bahia e viajou mais de 12 horas para participar do Festival. “Foram muitas horas de viagem, mas em nenhum momento me cansei e quero voltar outras vezes. Quando  chegar na minha cidade quero começar logo o curso de informática.”

Assessoria de comunicação do Senar
(61) 2109-1419

Aluna se emociona no encerramento do curso de Crochê realizado no Boa Esperança.

          Ontem no Bairro Boa Esperança aconteceu o encerramento do curso de CROCHÊ, estavam presentes além do Presidente do Sindicato Patronal César Militão, o secretario de obras Mael Quirino e o prefeito Benes Leocádio. O curso teve a duração de 40hs a participação 15 (quinze) alunas, o objetivo do curso é a geração de emprego e renda e mercado de trabalho como também  importância do artesanato na ocupação, acabamento e montagem de peças. Encerrando o curso o prefeito se comprometeu com os moradores do bairro a fazer uma reforma em uma lavanderia comunitária existente tranformando a mesma em galpão e irá  comprar maquinas de costura para a produção de artezanato. 

Prefeito encerra cursos do SENAR

O SENAR/RN em parceria com Sindicato Patronal e Prefeitura de Lajes encerraram ontem o curso de Bordado Rústico que foi realizado na Casa de Cultura no periodo de 26/07 a 30/07,  contou com a participação de 15(quinze) alunas e teve a duração de 40hs.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Agricultura, um modelo

A agricultura brasileira pode ser chamada de "essa desconhecida". As atenções estão voltadas para a indústria, que fraqueja, e para outros setores, mas é a agricultura que tem evitado explosões inflacionarias e sustentado o crescimento econômico, principalmente nos anos de crise.
Um fato importante, diria mesmo, importantíssimo ao qual se dá pouco destaque: é também um modelo em que o setor privado responde por "toda" produção e comercialização no País. Tem o apoio técnico do governo, sim, pelo excelente trabalho realizado pela Embrapa, tem financiamento, mas não conta com a proteção dos escandalosos subsídios oferecidos pelos Estados Unidos e a União Europeia aos seus agricultores. Mesmo assim, os americanos estão perdendo terreno para o agronegócio brasileiro no mercado mundial. E repito, todos eles privados, multinacionais ou não.

Eis um modelo a seguir O Estado participa também por meio de um Ministério da Agricultura eficiente, que completa 150 anos, observa e age nas emergência, socorre os que precisam, estimula a agricultura familiar, mas fica distante. Não se mete nas decisões do que plantar, produzir e exportar. O mercado é que decide. A agricultura brasileira não precisa de estatais. Não quer intromissão do Estado.
Esse é um modelo de convivência entre Estado e setor privado que deveria ser estudado pelos dois candidatos a presidência, para que não inventem mais empresas estatais como se está fazendo hoje.
Mas a agricultura é isso mesmo? Sei que é essa a pergunta que o leitor deve estar fazendo. A resposta é sim. E baseada não só em dados do IBGE, mas também do governo americano. Mesmo sem subsídios, o Brasil é hoje o terceiro maior exportador de alimentos do mundo. Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil é líder na produção e exportação de açúcar, café em grãos e suco de laranja. Além disso, é o primeiro exportador mundial de carne bovina, tabaco, álcool etílico e carne de frango.
Ocupa a vice-liderança na produção e exportação de soja em grãos (atrás apenas dos EUA. É o terceiro maior exportador mundial de milho e o quarto de carne suína. O Brasil depende hoje da importação de trigo, que somou apenas US$ 1,2 bilhão em 2009, e alguns outros derivados, além de cevada e arroz. As exportações do agronegócio, em 2009, totalizaram US$ 64,75 bilhões, representando nada menos que 42,5% das vendas externas. As importações foram de apenas US$ 9,8 bilhões, o que significa um superávit de US$ 54, 9 bilhões. Sustentou a balança comercial.
O que exportamos e para quem O complexo soja lidera (farelo, óleo e grãos); representou 26% das vendas. Seguem as carnes (bovina, aves e suína), que foram responsáveis por 18% das vendas externas do agronegócio. O complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) respondeu por 15% das exportações agropecuárias.
China vem se consolidando, há dois anos, como o principal país comprador de produtos do agronegócio brasileiro. Absorveu no ano passado 13,77% das vendas externas. Os chineses compraram quase US$ 9 bilhões. Vale destacar que o Brasil exporta para cerca de 200 países.
om 7,67% na participação das vendas externas do agronegócio, os Países Baixos estão em segundo lugar, representando nada menos que US$ 5 bilhões. Mas é importante registrar que representa a importação da Europa, pois é na pequena Holanda que está localizado o importante Porto de Roterdã.
E os americanos? São grandes produtores e exportadores e importam do Brasil apenas US$ 4,5 bilhões. Nada mais de 7% das nossas vendas do setor. Os Estados Unidos lutam com o Brasil na OMC, nas falidas negociações de Doha, porque querem exportar mais produtos agrícolas a preços subsidiados. Mesmo assim, sozinhos, ainda compram quase o mesmo que os 27 países da União Europeia juntos. Mas será que vai dar para sustentar esse ritmo de exportações e ainda atender, neste ano, ao aumento da demanda interna por alimentos? Vai dar sim. É um assunto tão importante e vital para a economia brasileira, que vamos destinar uma segunda coluna para ele.
Uma sugestão Por que os professores de escolas e faculdades não pedem aos estudantes, neste início de semestre, trabalhos sobre a importância da agricultura brasileira no País e no mundo mostrando os pontos altos e baixos de uma realidade nacional quase esquecida e que só se lembra mesmo quando o Ministério completa 150 anos?
*Fonte: Alberto Tamer . O Estado de S. Paulo em 29/07/2010.

SENAR capacita instrutores do Negócio Certo RuraL

Foto: Wenderson Araújo
Brasília (28/07) - O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) iniciou ontem (28/7), em Brasília, a capacitação da sexta turma de instrutores do programa Negócio Certo Rural. A iniciativa, lançada no ano passado, é feita em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) com o objetivo de promover o crescimento do pequeno produtor rural, fazendo com que eles aprimorem a gestão dos negócios em suas propriedades, além de enxergar novas oportunidades de empreendimento.

Até sexta-feira, 33 pessoas vão passar pelo treinamento, para que possam orientar os produtores nos estados a aperfeiçoaram suas atividades. Desde que começou o programa, já foram capacitados 151 instrutores de 10 estados: Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Norte, Pará, Rio Grande do Sul, Amapá, Paraíba, Tocantins, Minas Gerais e Mato Grosso.

Assessoria de Comunicação Social CNA
Telefone: (61) 2109 1419/1411
www.canaldoprodutor.com.br 

ONTEM, 28 DE JULHO FOI COMEMORADO O DIA AGRICULTOR

Parabéns, agricultor brasileiro!

Foto: Marineide Alves dos Santos - São Paulo-SP
Suas mãos transformaram o Brasil nas últimas décadas.

“Neste dia do agricultor brasileiro, quero lembrar um fato importante da nossa história que não é reconhecido como deveria. O papel da agricultura na grande transformação do Brasil, nas últimas décadas. Muitos acreditavam que o nosso desenvolvimento não viria pelas mãos que cultivam a terra e nos alimentam. Com determinação e coragem, provamos o contrário. As novas gerações de agricultores buscaram novas formas de produção. Se aliaram à ciência e à tecnologia e a nossa produção de grãos saltou de 20 milhões de toneladas de grãos, em 1965, para 144 milhões, em 2008. Atualmente, a produção rural brasileira é a segunda do mundo e a primeira, e única, grande agricultura em área tropical do planeta. E,  hoje, podemos comemorar o dia do agricultor com o peito cheio de orgulho, porque produzimos para o mercado brasileiro e para  outros 143 países."

Senadora Kátia Abreu, presidente da CNA

Programa nacional do SENAR breve em Lajes (ÚTERO É VIDA)

O ÚTERO É VIDA - Programa de Prevenção do Câncer do Colo do Útero – tem por objetivo gerar oportunidades de educação, prevenção e diagnóstico do câncer do colo do útero em comunidades carentes, levando informações importantes que conscientizem as mulheres do meio rural e possibilitem seu acesso ao exame preventivo.



O Programa é voltado especificamente para mulheres rurais em idade sexual ativa.



Segundo o INCA – Instituto Nacional de Câncer, o número de casos novos de câncer do colo do útero esperados para o Brasil no ano de 2008 foi de 18.680, com um risco estimado de 19 casos a cada 100 mil mulheres. No mundo esse número sobe para 500 mil novos casos.



Em cada evento são atendidas de 150 a 300 mulheres. Elas são cadastradas do Sistema CNA/ SENAR (cadastro social), em seguida encaminhadas para a coleta de material para exame de Papanicolau - a principal forma de detecção da doença e à palestras educativas, encerrando o seu atendimento no espaço beleza, onde podem optar por cortes, escovas e/ou manicure.



Simultaneamente às atividades da mulher, acontece a Rua do lazer – um espaço recreativo e educativo para as crianças. Assim, enquanto as mães realizam os exames, assistem às palestras e cuidam da beleza, as crianças ficam envolvidas em diversas atividades de lazer.



Os resultados dos exames são divulgados a comunidade atendida em aproximadamente 15 dias. As mulheres que detectadas com alterações celulares são encaminhadas a tratamento pelos órgãos responsáveis.



DADOS DO PROGRAMA NO BRASIL:



Entre os meses de Fevereiro e Maio de 2009 o Útero é Vida foi realizado em cinco cidades: Augustinópolis (TO), Batalha e Campo Maior (PI), Jaraguá (GO) e cidade satélite de Sobradinho II (DF).



Durante os eventos, foram realizados aproximadamente 3.000 atendimentos, sendo 828 exames preventivos do câncer do colo do útero, 613 crianças na rua do lazer, 869 mulheres em palestras e atendimentos psicológicos e 633 no espaço beleza entre cortes, escovas e manicure.



Além disso, foram distribuídos 1.888 lanches para os participantes do evento e 880 kits de beleza para as mulheres que fizeram o exame.



QUEM REALIZA?



O Programa Útero é vida é realizado pelo SENAR e conta com um grande número de parceiros para execução do programa. O Sistema CNA/SENAR está de portas abertas para os que desejam colaborar com esse programa de transformação do Brasil e acredita que é possível chegar mais longe.



Mais informações pelo e-mail: uteroevida@senar.org.br

Certificados dos cursos do SENAR estão a disposição na secretaria de educação

 Certificados do SENAR/RN

CURSOS:

1- AVICULTURA BÁSICA

2-CIDADANIA, LIDERANÇA E RELAÇÕES HUMANAS

3-TURISMO RURAL

4-EDUCAÇÃO AMBIENTAL

5-ASSOCIATIVISMO

6-OLERICULTURA ORGÂNICA

7-FABRICAÇÃO DE DOCES CASEIROS COM FRUTAS

8-ADMINISTRAÇÃO DA PEQUENA ENPRESA RURAL

9-PRODUTOS DE HIGIENE PESSOAL

10-PRODUTOS DE LIMPEZA

terça-feira, 27 de julho de 2010

FAERN realiza seminário “O que esperamos do próximo governo do RN”

José Álvares Vieira, presidente da FAERN, e o superintendente do Sebrae/RN, Zeca Melo, no debate realizado em Natal
Natal (26/07/2010) – A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Rio Grande do Norte (FAERN) promoveu, em Natal, o seminário “O que esperamos do próximo governo do RN”. O evento, realizado na última quinta-feira (22/07), reuniu mais de 40 entidades do setor agropecuário do Estado. Na pauta de discussões estavam as expectativas em relação às políticas públicas que deverão ser implementadas pelo futuro governador para atender os anseios produtores rurais potiguares.

O seminário, idealizado pelo Sistema FAERN/Senar, contou com um dia inteiro de debates no Hotel Praia Mar, na capital do Estado. Foram apontadas as dificuldades e alternativas enfrentadas pelos produtores rurais do Rio Grande do Norte, em conteúdo que subsidiou a construção de um documento inédito que será entregue aos candidatos ao governo do Rio Grande do Norte.

A primeira parte do seminário contou com uma discussão ampla. Em seguida, os representantes de entidades de classe e de sindicatos rurais reuniram-se em salas reservadas para debater os temas específicos identificados na primeira etapa do encontro. Foram discutidos assuntos como meio ambiente, o sistema de escoamento dos produtos agrícolas e o novo código florestal brasileiro.
Um dos principais temas discutidos no seminário foi a insegurança na zona rural do Rio Grande do Norte, problema que atingiu níveis extremos nos últimos anos, conforme avaliação dos produtores. “Eu tenho medo de dormir em minha propriedade. O pior é saber que não estou sozinho nesse receio. O produtor rural está com medo e sem apoios dos governantes”, disse o presidente do Sistema FAERN/Senar, José Álvares Vieira.

Plenária sobre os temas

Depois das rodadas de discussões em salas setorizadas, os líderes dos grupos específicos se dirigiram ao salão principal e voltaram a realizar uma reunião conjunta, consolidando as propostas para os temas de relevância para a agropecuária norte-rio-grandense. “Essas questões servirão de base para o futuro governador. Ele terá que ler esse documento para conhecer a real situação do campo. Um dos pontos mais esperados é a isenção do ICMS [Imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicação] para a produção agropecuária. Isso fará nossa economia crescer”, lembrou o produtor rural Humberto Concentino, que representou o grupo que discutiu Política Agrícola.
A educação na zona rural e a segurança alimentar foram outros temas discutidos durante o encontro. “As nossas escolas rurais, salvo raríssimas exceções, estão em frangalhos. Outros estados, alguns até aqui do Nordeste, estão com uma situação melhor que a nossa. Estamos aqui contribuindo, propondo novas idéias sobre o tema”, ressaltou Gil Dutra Furtado, representante do grupo que discutiu a educação no campo.
A questão da segurança alimentar foi tema discutido no grupo liderado pelo representante do Ministério da Agricultura no Rio Grande do Norte, Evádio Pereira. “O futuro governador deve incentivar e ajudar o produtor para que ele e sua propriedade tenham qualidade com o que planta ou produz. O mercado externo espera e cobra máxima qualidade”, reforçou Pereira.
Palavra final
“A participação de todos nas mesas de discussões e o empenho em analisar todos esses temas é muito importante. Somente assim daremos nossa contribuição para a democracia no campo. O sucesso do seminário é de todos. Agora vamos levar nossas propostas para os candidatos para que eles conheçam projetos reais e possíveis de serem aplicados no estado”, finalizou José Vieira.

Paulo Correia
Assessoria de imprensa do Sistema Faern/Senar
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segunda-feira, 26 de julho de 2010

O que houve de novo com o Brasil

Artigos


Por *Kátia Abreu

O Brasil orgulha-se hoje de ser uma economia estável e forte, que consegue crescer de modo sustentável a taxas elevadas e ao mesmo tempo distribuir renda, incorporando largos contingentes de população ao mercado de consumo e a padrões mais civilizados de bem-estar material. Olhando para trás, para tantas décadas de instabilidade, de surtos breves e logo frustrados de crescimento, temos de reconhecer que vivemos uma grande transformação.

O que tornou possível essa transformação? Tivemos vários momentos de crescimento, que não duravam muito. Após poucos anos, o crescimento provocava inflação, pois a oferta interna, especialmente de alimentos, não era capaz de acompanhar o aumento da demanda induzida pelo crescimento da renda. Mais grave era o outro problema, o cambial.

Diante da inflação sem controle e do desequilíbrio cambial, a única política possível era conter o processo de crescimento, para aliviar as pressões sobre os preços e sobre o déficit externo. Assim, voltávamos à estagnação econômica, embora a população continuasse crescendo e a imensa maioria vivesse na pobreza.

Para crescer sem interrupções seria necessário superar o limite de nossa capacidade para importar. Financiar indefinidamente o déficit cambial com financiamento externo não seria sustentável. Por termos tentado este caminho, incorremos em várias crises de endividamento e chegamos à moratória. Era preciso encontrar um meio realista de elevar a receita cambial.

Como sabemos hoje, no Brasil só a agricultura e a PECUÁRIA podiam realizar essa tarefa. Mas ninguém pensava nisso seriamente. Afinal, a produção rural brasileira crescia pouco e não éramos, de fato, até 1970, sequer capazes de atender ao abastecimento interno. Além do mais, a sabedoria convencional de então ditava que o desenvolvimento econômico significava o aumento da produção industrial e o encolhimento relativo da produção rural.

Apesar disso, a partir dos anos 70, teve início uma silenciosa revolução no campo brasileiro. Novas gerações de produtores rurais começaram a emergir, muitos deles abrindo novas fronteiras agrícolas ou transformando os modos de produzir nas fronteiras já estabelecidas. Esses novos agricultores romperam com as formas tradicionais de produção, apropriaram-se do conhecimento acumulado nas universidades rurais e na nova Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e trouxeram para a produção rural a disposição de assumir riscos e a compulsão do crescimento.

A ação destes novos empreendedores transformou em pouco tempo a produção rural brasileira, tornando-a em poucas décadas a segunda maior do mundo em escala e diversidade de produção e a primeira e única grande agricultura em área tropical.

Os números dessa revolução são impressionantes. Em 1965, antes do início desse processo, a produção brasileira de grãos era de 20 milhões de toneladas, para uma população de 80 milhões de habitantes, portanto, uma produção de 250 kg de grãos por habitante. Em 2008 a produção de grãos chegou a 144 milhões de toneladas, para uma população de 190 milhões de habitantes, o que representa uma produção per capita de 758 kg. A produção total cresceu 7 vezes, mas a área de plantio, que era de 21 milhões de hectares em 1965, passou para apenas 48 milhões de hectares em 2008, apenas 2,5 vezes mais. A produção de carnes, em 1965, era de 2,1 milhões de toneladas, o equivalente a 25 kg por habitante por ano. Em 2006 a produção alcançou 20 milhões de toneladas, o equivalente a algo como 100 kg por habitante/ano. A produção total aumentou dez vezes, mas as áreas de pastagens cresceram apenas 15%.

Esses gigantescos aumentos de produção e de produtividade mudaram a história da economia brasileira. Essa agricultura altamente produtiva e de grande escala conquistou os mercados externos e passou a gerar grandes superávits no balanço de pagamentos, dada a sua pequena dependência de importações. Entre 1994 e 2009, o agronegócio acumulou um saldo comercial com o exterior de US$ 453 bilhões. No mesmo período, o saldo comercial total do Brasil foi de US$ 255 bilhões. Significa que, sem a contribuição das exportações do agronegócio, o Brasil teria incorrido num déficit comercial de US$ 198 bilhões, praticamente o valor das reservas cambiais do País no final do ano passado. Não fora a contribuição do agronegócio, o País estaria vivendo gravíssima crise cambial e a história do nosso crescimento recente teria sido muito diferente.

Outro efeito dessa revolução no campo foi a persistente queda no custo da alimentação no mercado interno. Os professores José Roberto Mendonça de Barros e Juarez Rizzieri mostraram, em pesquisa, que o custo no varejo de uma ampla cesta de alimentos na cidade de São Paulo caiu pouco mais de 5% ao ano, em termos reais, entre 1975 e 2005. Uma queda dessa dimensão só foi possível pelos aumentos impressionantes da produção e da produtividade no campo. E, em decorrência, as classes de renda média e baixa não apenas puderam consumir mais e melhores alimentos, como elevaram seu poder de compra de produtos industriais. Assim, o efeito da queda dos preços agrícolas é mais importante que as transferências de renda para explicar a melhoria do padrão de vida das populações mais pobres.

O Brasil que se desenvolve hoje e se projeta no mundo como uma economia dinâmica e moderna é um País construído a partir da agricultura e da PECUÁRIA. E continuará sendo, no futuro, sem estar por isso condenado ao atraso e à pobreza, como vaticinavam no passado. Mas para isso é necessário que o Brasil valorize o agricultor e o pecuarista, que foram os agentes dessas transformações, dando-lhes o realce merecido e poupando-os dos preconceitos que sobrevivem às evidências da realidade.

* KÁTIA ABREU é senadora da República pelo DEM-TO e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Artigo publicado no Jornal O Estado de São Paulo de 26/07/2010.

Conselho comunitário de moradores de firmamento se prepara para receber curso do SENAR/RN

          O presidente do Sindicato Patronal, César Militão, esteve visitando as instalações do conselho comunitário do Distrito de Firmamento para a realização do curso de "CORTE E COSTURA VESTUÁRIO" que se realizará nos dias 02 a 06 de agosto na comunidade,.As maquinas de costura do conselho vão passar por uma manutenção haja vista que estavam paradas a bastante tempo e o sindicato vai financiar os custos para que a comunidade possa ter acesso aos cursos do SENAR/RN. Na oportunidade o presidente do sindicato salientou  que de agora em diante os cursos chegarão com mais frequencia.
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