terça-feira, 27 de novembro de 2012

Cisternas de alvenaria resistem por gerações


Imagem Interna
O secretário de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Gilberto Jales, disse ontem (26) que o governo do Estado não tem programas envolvendo a instalação de cisternas de polietileno nas regiões mais castigadas pela seca.


Ele fez esse esclarecimento diante da informação veiculada hoje, por uma emissora de televisão, segundo a qual prefeitos no Oeste do Estado estariam devolvendo o equipamento fabricado de   polietileno.


De instalação mais rápida, a vida útil dos depósitos de polietileno no interior do RN seria de apenas três anos por causa das altas temperaturas a que o material é submetido.


Pelo programa “Água para Todos”, do governo federal, o Ministério da Integração seria responsável diretamente pela entrega de 300 mil desses equipamentos no País, sendo 90 mil até dezembro deste ano. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), ligada ao MI, já instalou 17,8 mil cisternas em 32 municípios brasileiros.


O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) fomenta a construção de cisternas desde 2003, que são numeradas e georeferenciadas. “Nossas cisternas não têm nada a ver com essas”, afirmou hoje o secretário Luiz Eduardo Carneiro da Costa, titular da Secretaria do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social.


A Sethas concluiu com o Serviço de Apoio aos Projetos Alternativos Comunitários (Seapac) o cadastramento e capacitação das famílias dentro do Programa Nacional de Cisternas na região do Alto Oeste do Estado. “Nos municípios de Itaú, Riacho de Santana, Taboleiro Grande, Rodolfo Fernandes e Portalegre as cisternas, inclusive, já estão sendo construídas”, acrescentou.


Ao todo, mais de 2,5 milhões de pessoas foram beneficiadas pelos tanques entregues nos últimos nove anos pelo Programa Cisternas do MDS. O custo de cada cisterna varia conforme a região, mas a média é R$ 2 mil. Desde o início do Programa Cisternas, o investimento total foi de cerca de R$ 1 bilhão.


As cisternas em construção hoje no RN, como medida para amenizar os efeitos da seca no interior, são principalmente do convênio entre Secretaria de Estado do Trabalho, da Habitação e da Assistência Social (Sethas) com o MDS mediante contrapartida do governo estadual. Segundo ainda Luiz Eduardo Carneiro da Costa, são 2.800 estruturas a um custo de R$ 4,2 milhões. Desse total, R$ 1,5 milhão é a contrapartida do Estado.


As cisternas desse convênio são feitas de alvenaria e, com a manutenção adequada, podem durar por várias gerações. Já as de polietileno, que fazem parte do programa “Água para Todos”, do governo federal, enfrentam rejeição dos agricultores e estariam sendo devolvidas por algumas prefeituras que assinaram convênios diretos com a Funasa.


Na região do Alto Oeste, cisternas de alvenaria serão construídas em Riacho da Cruz, Portalegre, Taboleiro Grande, Rodolfo Fernandes, Itaú, Água Nova, Coronel João Pessoa, Venha Ver, São Miguel, Doutro Severiano, Luiz Gomes, Riacho de Santana, Paraná e Marcelino Vieira. Só nessa região, o programa beneficia um total de 1003 famílias.


O Seapac venceu a licitação realizada pela Sethas para a execução do Programa Nacional de Cisternas no Estado do RN. Ela tem uma tecnologia popular para a captação de água da chuva. A água que escorre do telhado da casa é captada pelas calhas e cai direto na cisterna, onde fica armazenada. Com capacidade para 16 mil litros, a cisterna supriria o consumo de uma família de cinco pessoas por um período de estiagem de, aproximadamente, oito meses.


Foram selecionados para receber os equipamentos os municípios de Água Nova, Almino Afonso, Antônio Martins, Baraúna, Bento Fernandes, Bom Jesus, Campo Grande, Carnaúba dos Dantas, Coronel João Pessoa, Currais Novos, Cruzeta, Doutor Severiano, Equador, Espírito Santo do Oeste, Florânia, Frutuoso Gomes, Ielmo Marinho, Itaú, Janduís, Japi, João Dias, Luís Gomes, Macau, Marcelino Vieira, Martins, Nova Cruz, Olho D´Água dos Borges, Paraná, Patu, Poço Branco, Portalegre, Riacho da Cruz, Riacho de Santana, Rodolfo Fernandes, Santa Cruz, São Miguel do Gostoso, São Paulo do Potengi, São Tomé, São Miguel, São Rafael, Senador Eloy de Souza, Serra do Mel, Taipu, Touros, Taboleiro Grande, Umarizal e Venha Ver.

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