sábado, 11 de setembro de 2010

Expectativa para o Projeto Útero é vida em Lajes


Na próxima terça-feira (14), a cidade de Lajes, localizada na região Central do estado, receberá o Projeto Útero é vida. Nesse dia, os educadores e enfermeiros do projeto visitarão as mulheres da comunidade rural do Firmamento e outras duas localidades próximas, os assentamentos 3 de Agosto e Boa Vista. O evento é uma organização do Sistema Faern/Senar, em parceria com a Prefeitura de Lajes e o sindicato rural da cidade, presidido pelo produtor César Militão.
Desenvolvido pela Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e coordenado no RN pelo Sistema Faern/Senar, o projeto levará para as mulheres de Lajes exames preventivos contra o câncer no colo do útero. Na cidade, o projeto Útero é vida tem a meta de promover cerca de 200 exames de prevenção. “Dando continuidade ao Projeto, que começou no RN em 2009, estamos fazendo mais essa edição, agora na zona rural de Lajes. Espero que o sucesso desse evento seja o mesmo do passado, promovido em Ipanguaçu no dia 27 de agosto, e que levou uma quantidade muito grande de mulheres para os exames”, informou o presidente do Sistema Faern/Senar, José Álvares Vieira.
Ainda em 2010 outras edições do Útero é Vida serão promovidas no Rio Grande do Norte. As cidades de Jucurutu, Apodi, Serra Negra do Norte, Santo Antonio e Mossoró serão as próximas contempladas com o projeto.
Parceria e qualificação
Segundo o presidente José Vieira, o Projeto Útero é vida é mais uma iniciativa da Faern/Senar no município de Lajes. Um evento que não poderia existir sem a parceria com a Prefeitura e o sindicato rural. “O Útero é vida é um bom exemplo da união que existe entre a Federação da Agricultura, a Prefeitura de Lajes e o sindicato rural, na pessoa do presidente César Militão. Sem esses apoios, não seria possível promover esse trabalho social e os vários cursos de qualificação que fazemos na cidade”, finalizou Vieira.

CONCURSO DE FOTOGRÁFIA CNA/SENAR

2° Concurso de fotografia CNA/senar

Estão abertas as inscrições, até o dia 29/10/10, para o 2º CONCURSO FOTOGRÁFICO DO SISTEMA CNA/SENAR. Os participantes deverão utilizar a linguagem fotográfica para retratar o seguinte tema: “PESSOAS QUE DÃO VIDA AO CAMPO”.
Serão escolhidas 24 fotos, divididas em dois tipos de premiações diferentes. As 12 melhores fotos receberão premiação em dinheiro, no valor de R$ 2.000 (dois mil reais). As outras 12 fotos escolhidas receberão Menção Honrosa pela participação. Em caso de dúvidas, consulte o regulamento.

 Quem pode participar?

Fotógrafos profissionais ou amadores maiores de 18 anos.

 Premiação

  • > R$ 2.000,00 (dois mil reais) para os 12 primeiros colocados.
  • > Os outros 12 escolhidos receberão Menção Honrosa

    Inscrições: www.canaldoprodutor.com.br

O milagre da agricultura

Artigos

Por Hélio Tollini *
A revista inglesa The Economist, de 28 de agosto, traz artigo sobre a agricultura brasileira. Descreve o que aconteceu no país nas últimas quatro décadas. O artigo fala do milagre agrícola do Brasil e relata o grande avanço da produção agrícola no país. Dada a preocupação com o abastecimento de alimentos no mundo, nas próximas décadas, a revista acha que a experiência brasileira mostra o caminho para outros países em desenvolvimento. Entretanto, há brasileiros que foram levados a crer que o agronegócio prejudica o país. Alguns, baseados em muita ideologia e pouca ciência, procuram criar obstáculos ao agronegócio.
Há os que defendem a limitação do tamanho das propriedades agrícolas. Alegam que isso aumentaria a oferta de alimentos. Entretanto, aconteceria justamente o contrário. A experiência venezuelana está aí para quem quiser ver e entender.
Além disso, seria altamente injusto com muitos produtores, pois há propriedades grandes que resultaram do trabalho dedicado e duro de agricultores que começaram a vida como trabalhadores rurais. É justo tomar suas terras, alegando que não podem ter o que conquistaram pelo trabalho, por ultrapassar um limite arbitrário?
Nos últimos 40 anos, a população da cidade de São Paulo cresceu muito. O preço dos alimentos, entretanto caiu. Essa foi a grande contribuição que o “milagre” agrícola deu ao povo brasileiro. O fato não foi mencionado no artigo da revista The Economist. O grande beneficiário da pesquisa agropecuária é o consumidor pobre nas grandes metrópoles. Boa parte do bem-estar atual da população brasileira é devida a isso.
Como salienta a revista inglesa, o Brasil é exemplo e esperança para o mundo. Exemplo para que outros países com potencial agrícola possam ajudar a abastecer as necessidades mundiais que crescerão enormemente nas próximas três décadas. Esperança de que o Brasil continue expandindo sua produção com ganhos de produtividade, reduzindo as preocupações atuais com o abastecimento alimentar mundial.
O badalado combate ao trabalho escravo, correto nas intenções, mas não na origem do dinheiro que o financia, dá a impressão de que todos os produtores do agronegócio são escravagistas. Não é assim, mas é isso que os que financiam as operações desejam que pareça. Mais do que combater práticas criminosas de emprego, o objetivo é que o mundo fique pensando que toda a produção agrícola brasileira, altamente competitiva internacionalmente, é fruto de trabalho escravo. O objetivo é reduzir as exportações brasileiras, para alegria de países competidores.
Há, também, quem gostaria de ver uma revolução marxista no Brasil. Mas revolução marxista no Brasil não seria contra os ricos e nem a favor dos pobres. Os pobres seriam usados para produzir novos ricos. Seria a “nomenclatura” brasileira. Graças à inocência do povo, maus brasileiros se esforçam para atrapalhar uma das coisas que deram certo no país: sua agricultura.
É preciso informar corretamente a população brasileira. Há quem diga que os produtores familiares produzem a maior parte dos alimentos que abastecem a população do Brasil. Convém consultar os especialilstas. Perguntar quanto produz a agricultura familiar e quanto produz o chamado agronegócio. A revista The Economist diz que as pequenas propriedades, cerca de metade dos 5 milhões de propriedades, produzem apenas 7% do total, e que as grandes propriedades, cerca de 1,6 milhões, produzem cerca de 76% do total. Onde está a verdade? Vamos deixar que os técnicos responsáveis pelas estatísticas agrícolas do país digam onde está a verdade.
O Brasil parece neste momento um grande guaiamu, uma espécie de caranguejo gigante, com o ferrão esquerdo muito grande e o direito pequeno. Praticamente, só existe o lado esquerdo. O pensamento de direita, com exceções no colunismo político, praticamente desapareceu. Por isso falta um debate inteligente e lógico de ideias, mas o povo não sente falta disso. Há assunto para discutir sobre futebol e, sobre política, basta repetir slogans.
Um passo na direção da dominação é o esforço para fazer a população brasileira pensar que o agronegócio é um mal para o país. O artigo da revista The Economist deveria fazer o povo pensar. Mas é em língua estrangeira, e nosso povo, nas raras vezes em que lê, não entende nem mesmo a língua pátria.
*Hélio Tollini é Ph.D. em economia e consultor nacional e internacional em política agrícola.
Artigo publicado no Jornal Correio Braziliense
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