sexta-feira, 9 de maio de 2014

Presidente da CNA fala do Pec Nordeste no Senado



A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, fez um rápido pronunciamento na noite desta terça-feira (06), da tribuna da Casa, para registrar a realização de um importante evento para o agronegócio, coordenado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará: o seminário nordestino Pec Nordeste, maior evento sobre pecuária de toda a região.

 A senadora participou dos debates do Pec Nordeste, apresentando um painel sobre o Plano Agrícola do Semiárido. O evento aconteceu em Fortaleza e contou com a presença de diversas lideranças políticas da região, além de mais de cinco mil produtores rurais.

“Fico feliz por ter participado, mais uma vez, deste evento extraordinário e de grande importância para o agricultor nordestino”, destacou a senadora. Segundo ela, os produtores do Nordeste, participaram de debates em várias salas de negócio e discutiram, especialmente, questões voltadas para a busca de novas tecnologias destinadas a incrementar as atividades desenvolvidas pelo homem do campo.

Ela parabenizou o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará, Flávio Saboia, pela realização da Pec Nordeste, assinalando que “esses eventos são da maior importância para que a tecnologia chegue onde precisa chegar: dentro da porteira, para dentro da propriedade rural”.

A senadora também aproveitou a oportunidade para felicitar os presidentes das federações de agricultura do Nordeste que lá estiveram, participando dos painéis de debates, e o Vice-Presidente da CNA,  João Martins, que também preside a Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia.

Fonte: Canal do Produtor

XVIII SEMINÁRIO NORDESTINO DE PECUÁRIA





FOTO: PAULO ELDER VICE PRES DA FAEC, CÉSAR MILITÃO VICE PRES DA FAERN, FLAVIO SABOYA PRES DA FAEC E O SUPERINTENDENTE DO SENAR/RN LUIZ HENRIQUE


XVIII Seminário Nordestino de Pecuária- PECNORDESTE 2014, Na busca constante pelo fortalecimento das cadeias produtivas do agronegócio da pecuária, o evento promoveu um amplo debate e um momento de reflexão: os efeitos da seca têm solução? Já são transcorridos praticamente 02 anos de estiagem no Nordeste, Através do debate deste tema tão relevante, podemos vivenciar uma nova realidade, a convivência com os efeitos danosos da seca, sem agredirmos o meio que vivemos. O seminário Nordestino de Pecuária abordou e debateu esta temática, por meio de uma extensa programação técnico-científica de capacitação.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

AQUECIMENTO GLOBAL

Perdas com aquecimento global podem chegar a R$ 7,4 bilhões até 2020

O alegado aquecimento global deve provocar perdas de até R$ 7,4 bilhões na produção agrícola até 2020 e R$ 14 bilhões em 2070. O cálculo da Cepagri/Unicamp (em parceria c...om a Embrapa) foi apresentado em painel do Global Agribusiness Forum 2014, evento que ocorre essa semana em São Paulo capital.

A soja seria uma das mais afetadas pelo aumento da temperatura global, atingindo perdas de até 40% até 2070 – o equivalente a R$ 7,6 bilhões. Também o café arábica sofreria algo em torno de 33%.

Por outro lado, a cana-de-açúcar ganharia força com o clima mais quente, podendo ter ampliação de sua área plantada e aumento nos ganhos de até R$ 29 bilhões em 2020. Também a mandioca, que, apesar de perder espaço de cultivo no Nordeste, poderá ser plantada em outras regiões do país.

“O país está vulnerável. Mantidas as condições atuais, a produção de alimentos está ameaçada. Em termos de política, alguma coisa tem de ser feita, e rápido”, alerta o engenheiro agrícola Eduardo Assad, da Embrapa Informática Agropecuária, que coordenou o estudo ao lado de Hilton Silveira Pinto, do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri) da Unicamp.

“A situação se inverte com a cana-de-açúcar. A cultura gosta de calor, está bem adaptada ao país e poderá se espalhar por uma área no mínimo duas vezes maior que a atual”, explica Assad. Ele e Hilton Pinto estimam que, apesar de haver possibilidade de expansão, a cana não tirará espaço das culturas alimentares.

“Não é porque pode que vamos plantar em todo lugar. E há espaço para crescimento nos cerca de cem milhões de hectares de pasto degradado, sem que seja necessário cortar nenhuma árvore ou deixar de produzir comida”, conclui.

Fonte: Agrolink
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Tranposição do São Francisco

Presidente da Faern visita obras da transposição do São Francisco

Atendendo convite da Federação das Indústrias do Ceará, o presidente do Sistema Faern/Senar, José Vieira, integrou comitiva que visitou as obras da transposição do Rio São F...rancisco, ao lado do ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, empresários e representantes de entidades sindicais dos estados de Pernambuco e Ceará.

A comitiva visitou as obras de construção do canal que percorrerá todo o sertão nordestino levando água do “Velho Chico” para os estados de Pernambuco, Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte. Acompanhado de assessores técnicos da Faern, José Vieira conheceu as obras das estações de bombeamento de Salgueiro e Cabrobó, em Pernambuco, a barragem Jati, no Ceará, e etapas já concluídas do canal, constatando a retomada em ritmo acelerado dos trabalhos naquela região.

O ministro Francisco Teixeira informou que as obras da transposição não vão sofrer mais atrasos. Segundo o ministro, serão abertas novas frentes de trabalho no eixo leste no próximo mês. “Temos dois mil trabalhadores atuando neste trecho. Chegaremos a mais de três mil em abril e mais de 10 mil no total da obra. O empreendimento está totalmente mobilizado, para ser concluído em 2015”, afirmou Teixeira.

Para José Vieira, as obras da transposição representam um significativo avanço para o abastecimento de água nas regiões mais necessitadas. “Esta obra depois de concluída será como uma redenção para o homem do campo. Mas é importante que o Rio Grande do Norte faça os projetos necessários para integração das bacias do estado”, alertou.

As obras da barragem Jati, no Ceará, integram o Cinturão das Águas, um conjunto de obras que fará a integração de 12 bacias naquele estado e que já estão em ritmo avançado. Durante a visita, o Ministro Francisco Teixeira informou que as obras de canal que levará água para as bacias dos rios Piranhas e Apodi no Rio Grande do Norte serão licitadas em maio.

O Presidente da Faern aproveitou a oportunidade e formalizou convite para o ministro vir ao estado apresentar o cronograma das obras. “É uma oportunidade para a classe empresarial do Rio Grande do Norte, conhecer a realidade dessa obra magnífica”, comentou José Vieira. O presidente também destacou a necessidade das obras de integração das nossas bacias. “Se não tivermos esses projetos prontos corremos o risco de assistir a chegada das águas do São Francisco e, ao invés de atender a população, elas seguirem para o mar” alertou José Viera. A visita do Ministro Francisco Teixeira ao Rio Grande do Norte deverá ocorrer em maio.
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CNA

Confira a seguir nota da presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), senadora Kátia Abreu, com um alerta à sociedade sobre as ameaças à produção agropecuária e à economia no país em função da ineficiência da Anvisa:
"A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alerta a sociedade para as consequências desastrosas da atuação ineficiente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que hoje ameaça a produção agropecuária e a economia do país, ...
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segunda-feira, 17 de março de 2014

Prefeitura de Lajes e Faern capacitará produtores rurais para o Compra Direta



Durante a manhã desta quinta-feira, nas dependências da Secretaria de Agricultura, representantes de Associações Rurais, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e pequenos agricultores tiveram um encontro com a FAERN com o objetivo de realizar capacitação para se enquadrar nas questões ligadas ao programa Compra Direta.
Um dos principais problemas enfrentados pelos agricultores é a falta de informação e conhecimento que permita ao agricultor se cadastrar e ser fornecedor do programa. “Quem tem interesse em vender, precisa está atento e conhecer pontos importantes e vitais para ficar dentro do que o programa exige, com o curso que estamos oferecendo aos agricultores lajenses, eles terão total conhecimento destas questões”, afirmou Paulo Eduardo, mobilizador da FAERN.
Para o prefeito Benes Leocádio, que participou deste primeiro momento, a capacitação trará bons frutos ao homem do campo que precisa ter o seu produto comercializado, Benes disse que a Prefeitura irá buscar meios para oportunizar a todos a participação no programa. O chefe do executivo ainda conversou com os agricultores sobre as ações do governo em toda a zona rural com a recuperação, ampliação e construção de barragens e barreiros, além da perfuração e instalação de poços, tudo para ver o homem do campo mais firme e presentes em suas terras.
Ainda estiveram no encontro a secretaria de agricultura Jane Carla, o coordenador de meio ambiente Canindé Rocha, o secretário César Militão, o vereador Mael Querino, a técnica da Emater Fernanda Santana e o empresário Márcio Nunes.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Falar, hoje, de latifúndio improdutivo é fechar os olhos para a vibrante realidade do setor rura

Artigos

| Assuntos fundiários 

Contra a lei

Por Kátia Abreu
                                                                                                      
Na imaginação de uma pessoa normal, quando um grupo se reúne para buscar formas de evitar ou contestar o cumprimento das leis e de criticar a Justiça por estar, justamente, aplicando estas leis, o lugar deste encontro deveria ser um refúgio isolado, ou, no mínimo, um local privado, a salvo da vista de todos.

Mas, no país chamado Brasil, esse encontro, que realmente ocorreu, deu-se nas dependências oficiais do Ministério da Justiça, com a presença e a voz ativa de um ministro de Estado e de um alto funcionário do próprio Ministério.

Poucas vezes, no teatro da política e do poder, a trama foi tão esdrúxula e os atores tão incompreensíveis ao representar os papéis que a lógica jamais lhes atribuiria.  No início do enredo, um dirigente de uma ONG – Terra de Direitos – comunicou à plateia e à nação que a sociedade civil brasileira reivindica que o Poder Judiciário não se prenda a leis e normas, quando julgar conflitos pela posse e domínio de terras. Quem lhe deu o mandato para falar em nome de 200 milhões de brasileiros, não ficou claro.

Não se sabe, também, quando houve essa consulta popular tão ampla e abrangente, ou se a consulta seguiu algum método conhecido. Nem se a justiça eleitoral acompanhou o processo e ratificou os resultados. Nada disso importa, porque certas figuras e temas parecem existir e reinar num plano superior ao dos mortais. Estava ali proclamada uma verdade incontestável, para que as altas autoridades do governo, que o escutavam com fervor reverente, refletissem.

As autoridades nem sequer refletiram. O ministro Gilberto Carvalho pôs-se imediatamente de acordo e proferiu, com calma, a sua fala. Lamentou que o Governo seja obrigado a tomar medidas com as quais não concorda e tenha que se submeter à ingrata tarefa de cumprir leis às quais se opõe. Condenou decisões da Justiça que determinam reintegração de posse de propriedades invadidas, criticando a postura legalista que desconhece a realidade dos latifúndios e os direitos dos excluídos.

O ministro certamente ignora os fundamentos da democracia e do Estado de Direito. Neles, pelo princípio essencial da repartição dos Poderes presente em todas as constituições civilizadas – mas não, seguramente, na de Cuba –, o Executivo não faz as leis, nem é o juiz de seu cumprimento. Cabe a ele, sem lamentações ou ambiguidades, executá-las. Fora disso, é a tirania ou a ditadura, com o que parecem sonhar certos órfãos do socialismo real, que encantou o mundo e as gentes de 1917 até 1989.

Falar, hoje, de latifúndio improdutivo é fechar, teimosamente, os olhos para a vibrante realidade do setor rural brasileiro. Este é o segmento mais moderno e competitivo do sistema produtivo nacional, que mantém o equilíbrio da economia e cuja capacidade de produzir muito e barato é um dos ingredientes primordiais da ascensão social das classes de baixa renda. Ao insistir nisso, o ministro entra em contradição aberta com o que proclama a presidente Dilma Rousseff e os agentes mais responsáveis do governo, que defendem com veemência o Estado de Direito e a liberdade de imprensa.

Antes de terminar a encenação, Flávio Caetano, secretário do Ministério da Justiça para a Reforma do Judiciário, mais uma vez fez criticas à inacreditável teimosia do Judiciário em cumprir as leis vigentes. E sugeriu que nos inspirássemos no modelo argentino, que, segundo ele, tem salvado aquele país de conflitos fundiários.

O Judiciário que se cuide das reformas que este zeloso funcionário e sua equipe podem estar maquinando. Algo terrível pode ser.

A última coisa que nosso país merece é imitar a Argentina dos dias de hoje. Só não seria pior do que a ideia de que a Justiça brasileira deve ignorar a Constituição e as leis, semeando a desordem institucional e implantando de vez a insegurança jurídica para, ao final, desorganizar as atividades produtivas e criar, aqui, a mais nova república bolivariana.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

REVOLUÇÃO AGRÍCOLA BRASILEIRA

Por Kátia Abreu
O bem maior que a revolução agrícola brasileira realizou não foi na economia, mas na condição social do brasileiro

Neste começo de 2014, uma pequena pausa nas vertigens do cotidiano me fez lembrar que está fazendo agora 20 anos que comecei minha vida sindical, lá em Gurupi, no interior do Tocantins. Foi impossível não me entregar às recordações e conectá-las com a vida presente, a minha vida, a agricultura e o Brasil.
Quanta vida se passou entre um tempo e outro! Como as coisas mudaram e quantos sonhos se tornaram realidade.
Em 1994, no começo atribulado da minha vida, decidi que, mais do que ser uma boa e bem-sucedida produtora rural, devia também doar uma boa parte de mim ao serviço da comunidade rural brasileira. Não alimentava nenhuma ambição política nem sonhava em sair dos humildes limites do meu sindicato rural e da minha cidade.
Por uma circunstância do destino, há 20 anos eu comecei uma nova vida que segue até os dias atuais. Também o Brasil, nesse mesmo período, tornou-se um novo país, numa trajetória que prossegue até hoje, porque deixou de lado os preconceitos históricos e a compreensão equivocada dos processos econômicos.
Na minha leitura desses 20 anos, pude perceber com mais clareza os efeitos da revolução agrícola brasileira sobre as novas configurações de nossa sociedade. Fala-se sempre, e eu também, dos avanços da produção e da produtividade do setor rural, da expansão de nossas exportações do agronegócio, da nossa participação no PIB e no emprego. Mas agricultura no Brasil foi principalmente progresso social.
O bem maior que a revolução agrícola brasileira realizou não foi na economia, por maior que tenha sido. Foi na condição social dos brasileiros.
Nenhum país desenvolvido chegou a essa situação antes que a agricultura nacional fosse capaz de alimentar a sua população a pre- ços baixos. E os numerosos países ainda pobres são aqueles em que a produção rural é insuficiente ou improdutiva.
O Brasil é um dos únicos casos em que um país ainda relativamente não desenvolvido foi capaz de erguer uma agropecuária altamente desenvolvida, abundante e barata, capaz de alimentar toda a população e gerar grandes excedentes.
Entre 1950 e 1979, os preços dos alimentos no Brasil cresceram sempre em torno de 10% acima das demais mercadorias. É fácil imaginar o efeito devastador de preços tão elevados na vida das famílias de baixa renda, em cujo orçamento a alimentação consome a maior parte. Isso significava uma enorme limitação ao mercado interno. Quando não resultava, por efeito da insuficiência alimentar, em mais mortalidade infantil, doenças crônicas e morte precoce da população adulta.
Entre o final dos anos 1970 e 2005, o custo no varejo de uma ampla cesta de alimentos, na cidade de São Paulo, caiu, em média, mais de 5% ao ano. Uma queda dessa dimensão, e por tanto tempo, só foi possível graças ao impressionante aumento da produtividade agrícola. A redução no custo da alimentação permitiu que todos as classes sociais se alimentassem adequadamente e essa é uma das causas da melhoria da saúde da população.
O outro efeito foi liberar o poder de compra das classes de baixa renda para outros bens e serviços, proporcionando bem-estar e criando mercado doméstico para os demais setores da economia.
Tudo isso somado, torna-se imperativo reconhecer que a revolução agrícola brasileira está na linha de frente dos fatores que diminuíram a desigualdade entre nós e promoveram a ascensão de grandes contingentes de brasileiros à classe média.
Olhando hoje para trás, cresce em mim a certeza de que o Brasil tem os meios e a força para crescer e fazer justiça a todos os seus cidadãos. E cresce também a certeza de que a nossa luta pela defesa da agricultura e dos agricultores brasileiros é uma boa luta. Uma luta que tem tudo para dar sentido a uma vida.

Programa Travessia Seca será ampliado para mais três estados


Lançado em outubro do ano passado no Tocantins, o Programa Sudeste Empreendedor - Travessia Seca será estendido para Minas Gerais, Espírito Santo e Goiás nos próximos meses. O assunto foi debatido em uma reunião com os representantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) dos três estados, nesta terça-feira (18/2), na sede do Sistema CNA/SENAR, em Brasília.
“No Tocantins temos uma área de seca e conseguimos recursos, em parceria com o Sebrae, para realizar o programa. Agora queremos estender isso para os nossos vizinhos que também sofrem com a falta de chuvas, como o Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, o Espírito Santo e Goiás. Nós apostamos nesse programa e contamos com a experiência de vocês para mudar esse jogo”, disse a presidente da Confederação da Pecuária e Agricultura do Brasil (CNA), Kátia Abreu, aos participantes do encontro.
Assim como já acontece na Bahia – que desenvolve o Programa Viver Bem no Semiárido –, e na Paraíba, onde o Programa Sertão Empreendedor: Um Novo Tempo para o Semiárido foi iniciado, o Travessia Seca atua na região Sudeste do Tocantins. Os três programas fazem parte das ações promovidas pelo Sistema CNA/SENAR para criar estratégias tecnológicas e assistência técnica para amenizar os efeitos das secas prolongadas que acontecem nessas regiões.
“O objetivo é o mesmo, apenas assimilando as diferenças regionais. No Tocantins chove mais, mas o solo é raso e seca rápido, enquanto na Paraíba a terra é melhor, mas o índice pluviométrico é baixo”, explica o coordenador institucional do programa Sertão Empreendedor, Mário Borba. Segundo ele, as iniciativas desenvolvidas na Bahia já estão mostrando resultados e o projeto piloto do Sertão Empreendedor, que acontece em seis municípios da Paraíba (Cajazeiras, Piancó, Catolé do Rocha, Campina Grande, Juazeirinho e Santa Luzia), começará a atender as propriedades rurais selecionadas a partir de março.
A interação com o Sebrae Nacional e a matriz de ações mínimas por município participante foram outros temas debatidos na reunião. Para o secretário executivo do SENAR, Daniel Carrara, a parceria está permitindo o avanço do Sertão Empreendedor, mas a construção dos projetos em nível estadual – entre os representantes das duas entidades – é fundamental para o crescimento do programa que pretende atingir 25% dos municípios do semiárido brasileiro (300 cidades).
“A interação com o Sebrae Nacional está muito bem fundamentada. Agora, essa ponte precisa ser feita nos estados para seguirmos avançando. Temos que trabalhar em questões estratégicas, como água e alimento, mas também em alternativas de renda e na mudança de comportamento dos produtores. É preciso tomar a atitude antes de ter o problema”, salienta.
Sudeste Empreendedor - Travessia Seca
O Programa Sudeste Empreendedor – Travessia Seca foi criado para atender, inicialmente, dois mil produtores de 27 municípios da região Sudeste do Tocantins. Promovido em parceria com o Sebrae e a Federação da Agricultura e Pecuária do Tocantins (FAET), vai estimular o espírito empreendedor e elevar a qualidade de vida da população da região, constantemente afetada por secas e estiagens prolongadas. O programa vai promover a competitividade e sustentabilidade dos empreendimentos rurais desta região por meio do fomento à inovação, ao empreendedorismo e a difusão das tecnologias sociais, de produção, gestão e boas práticas de convivência com a seca.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

RAÇA ANGLO NUBIANA

Caprinos da raça Anglo Nubiana são excelentes na produção de leite e carne Os caprinos Anglo Nubianos, animais resultantes dos cruzamentos de cabras Nubianas, originárias do Sudão (Vale do Nilo), com cabras comuns da Inglaterra, são uma raça de dupla aptidão: carne e leite. Foram introduzidos no Brasil em meados de 1927 e facilmente se adaptaram ao ambiente tropical, exceto nas regiões úmidas. São largamente encontrados na Bahia, Pernambuco, Piauí e Ceará, assim como em São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. O Estado de São Paulo possui um dos plantéis geneticamente mais apurados do Brasil, mas é na região Nordeste que se encontra o maior volume de animais e criadores. Trata-se de uma raça de caprinos muito utilizada em cruzamentos, visando sempre a obtenção de animais cada vez mais aptos à produção de leite e carne. Além de alta prolificidade e rusticidade, a raça de caprinos Anglo Nubiana é capaz de parir crias fortes e saudáveis, mesmo diante das adversidades da natureza, como as estiagens prolongadas. A produção leiteira das cabras Anglo Nubianas varia, em média, de 2 a 4 litros por dia. Quando comparado à produção das raças com aptidão apenas leiteira, pensa-se ser pouco, no entanto, seu leite apresenta alto teor de gordura e sólidos totais em cada litro ordenhado. No que diz respeito à produção de carne, cabritos com 28 kg/vivo, atingidos entre 75-90 dias de criação em regime de campo, já podem ser abatidos. Por estas características, ela é considerada de aptidão dupla. Como se não bastasse, a Anglo Nubiana também oferece ao produtor um couro de excelente qualidade e adapta-se a todos os sistemas de criação, seja extensivo, semiconfinado e confinado. A morfologia desejada é aquela em que o caprino apresente cabeça pequena, bem conformada, e orelhas grandes e caídas até a linha do focinho A morfologia desejada é aquela em que o caprino apresente cabeça pequena, bem conformada, e orelhas grandes e caídas até a linha do focinho Características físicas Os caprinos Anglo Nubianos são animais de grande porte, compridos e pesados, bastante musculosos, rústicos, prolíferos, com pelos curtos e brilhantes, pele solta, e pelagem variada na qual a cor escura é predominante. A morfologia desejada é aquela em que o caprino apresente cabeça pequena, bem conformada, e orelhas grandes e caídas até a linha do focinho. Machos e fêmeas podem apresentar barbela de tamanho pequeno, cascos fortes com coloração de acordo com a pelagem. Um macho Anglo Nubiano chega a pesar entre 100 e 120 quilos, enquanto as fêmeas alcançam 80 quilos. Trata-se de animais de aspecto alerta e atraente. Instalações O galpão deve ser construído em terrenos altos, com muita incidência de sol durante o dia, e com baixa umidade. Ventos frios devem ser evitados a todo custo e o fornecimento de volumosos (caso em confinamento) e água limpa, à vontade, devem estar sempre disponíveis aos caprinos. Normalmente, a instalação é construída de madeira, com piso ripado elevado e com divisões. Pé direito: Aconselha-se que o pé-direito do galpão tenha em torno de 2,50 m de altura acima do ripado e 1 m do ripado ao solo. Esta estratégia permite o trânsito de pessoas durante a retirada dos dejetos. Piquetes: Devem-se construir piquetes com cercas de 11 a 12 fios de arame liso. Pastagens: A área de pastagens e capineiras devem ser dimensionadas com base em um consumo diário médio de 10 kg de forragem/cabra adulta/dia. Além de alta prolificidade e rusticidade, a raça de caprinos Anglo Nubiana é capaz de parir crias fortes e saudáveis, mesmo diante das adversidades da natureza Além de alta prolificidade e rusticidade, a raça de caprinos Anglo Nubiana é capaz de parir crias fortes e saudáveis, mesmo diante das adversidades da natureza Estrutura física: A estrutura física deverá ser projetada de forma a permitir a acomodação das seguintes categorias animais: - Berçário - do nascimento até 90 dias de idade - Recria - desmame até a idade de reprodução - Novilhas e cabras - no início de gestação - Cabras secas, em lactação e reprodutores: que deverão ficar separados ao máximo das fêmeas lactantes (no mínimo 8 metros de distância). Aprimore seus conhecimentos, acessando os Cursos CPT, da área Criação de Cabras, elaborados pelo Centro de Produções Técnicas. Fontes: Farm Point; Haras Valverde; G1/GLOBO; Rural Centro/UOL; SEBRAE e cabanha invernada ; CPT http://www.cpt.com.br/cursos-cabras/artigos/caprinos-da-raca-anglo-nubiana-sao-excelentes-na-producao-de-leite-e-carne "Leia e Assine Revista Cabra & Ovelha"

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Dois pra cá ou dois pra lá; Temo que as negociações do Mercosul com a União Europeia terminem como o tango, em tragédia

O agronegócio brasileiro aguarda com um misto de preocupação e esperança a fase decisiva de um mesmo tango que se arrasta por 15 anos: a tentativa do Mercosul de fechar um acordo comercial com a União Europeia. Já escrevi neste mesmo espaço que o Mercosul, em vez de acordo "balão", que eleva o país, tornou-se um acordo "âncora", que afunda o bloco num mar de incertezas. Temo agora que as negociações terminem como todos os tangos: em tragédia. O agronegócio não aceita esse desfecho. A União Europeia, que foi o principal destino de nossas exportações por anos, acaba de ser superada pela China, em 2013. Enquanto as vendas para os europeus caíram 2,5%, a China ampliou suas compras em expressivos 27,3%. Os europeus não deixaram de comprar alimento. Apenas transferiram seus pedidos para outros fornecedores, inclusive para nossos vizinhos da América Latina, com os quais já assinaram acordos de livre-comércio. O Mercosul comprometeu-se a trocar ofertas com a União Europeia até o fim de 2013. O ano acabou e o Mercosul não fez a lição de casa. A Europa espera que cerca de 90% dos produtos sejam livres de impostos como resultado do acordo. Da mesma forma, o Mercosul abrirá seu mercado para os produtos europeus, sem tarifação. As informações que temos são que tanto europeus como uruguaios, paraguaios e brasileiros estão com as suas listas de ofertas definidas. Apenas a Argentina ainda não completou a sua proposta. Desde o início deste mês, Bruxelas espera por nós. A expectativa era que a decisão final dos argentinos fosse anunciada na Cúpula do Mercosul. Porém, o encontro, mais uma vez, foi adiado, sem data definida. Não convém deixar esperando um cliente que representa 19,7% das vendas totais brasileiras e 22,1% dos embarques dos alimentos. Como a Cúpula Brasil "" União Europeia está programada para o próximo dia 27 de fevereiro, é crucial que a troca de ofertas ocorra antes dessa data. O encontro bilateral é a última oportunidade para a consolidação das negociações em 2014. Agora só falta a Argentina mudar a sua história. No Brasil, setores econômicos que, inicialmente, barraram as tentativas do governo em alcançar o acordo com Bruxelas já se somam às vozes em apoio à liberalização comercial. O Brasil não pode ficar refém de uma minoria. Mesmo que alguns percam em determinado momento, o ganho futuro do país é enorme. A hora é agora. Não há mais espaço para os nossos atrasos, enquanto Bruxelas negocia ambiciosos acordos de livre-comércio com os nossos concorrentes, como Estados Unidos, Canadá, Austrália e Ucrânia, entre outros. Cada uma dessas negociações engole um pedaço do mercado que poderia ser dos produtores brasileiros. Outro elemento complicador são as eleições do Parlamento Europeu, em maio próximo, e do presidente da Comissão Europeia, em julho. Além disso, temos as eleições no Brasil. Se as negociações não forem fechadas até o fim de fevereiro, no mínimo, será perdido mais um ano. Quando não, toda a negociação poderá ser comprometida de forma definitiva. Para o agronegócio, o efeito disso é desastroso já a curtíssimo prazo. O fim do Sistema-Geral de Preferências (SGP) europeu, a partir deste ano, agrava ainda mais o quadro. Cerca de 10% das nossas vendas de alimentos para o bloco já estão prejudicadas. O limão, que tinha uma carga tributária da União Europeia de 13,5%, passou a pagar 19,2%. O impacto é devastador para os produtores que exportavam 94% da fruta para esse mercado. Os colombianos e os mexicanos, por acordos com os europeus, têm tarifa zero para esse e outros produtos. Perdemos as poucas preferências tarifárias por termos alcançado um novo patamar como nação, ao melhorar a renda da nossa população. Isso é bom. Crescemos. O ônus é que, a partir de agora, teremos que negociar com os grandes de igual para igual. Teremos que fazer sacrifícios para termos benefícios. É hora de escolher o tango que vamos dançar. Se não for possível bailarmos juntos, que sejam dois para cá, dois para lá. KÁTIA ABREU, 51, senadora (PMDB/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados na Folha de S.Paulo.

CNA coordena posição do setor privado na abertura do mercado americano para carne bovina fresca

Às vésperas da iminente abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina fresca, resfriada ou congelada, produzida no Brasil, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lidera o processo de construção de um posicionamento conjunto do setor a respeito da consulta pública das autoridades norte-americanas sobre a autorização para importação do produto. No final do ano passado, o Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou as análises de risco e de impactos econômicos da liberação das importações. Ambas foram positivas. Em relação aos aspectos econômicos, as autoridades concluíram que a abertura do mercado beneficiará os consumidores norte-americanos. Avaliaram ainda que a importação do Brasil não comprometerá as medidas de erradicação de febre aftosa do rebanho norte-americano e que a carne brasileira e os controles sanitários aplicados aqui são seguros. “As autoridades da área de sanidade dos Estados Unidos ficaram satisfeitas com a segurança do produto brasileiro e isso tem um significado maior do que só comercial. Estamos vivendo um bom momento de posicionamento da imagem do agro do Brasil no mercado internacional”, afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Depois da publicação do relatório com as análises, o USDA abriu um período de consulta pública sobre a autorização da importação da carne fresca brasileira proveniente de 13 estados e do Distrito Federal, reconhecidos como áreas livres de febre aftosa com vacinação. Até agora, foram apresentados cerca de 200 comentários ao texto do relatório, sendo que a grande maioria não está relacionada a questões técnicas. Após o encerramento do período de consulta, no dia 21 de fevereiro, o USDA analisará os comentários e dará início ao processo de aprovação do regulamento final que antecede a liberação para importação. As estimativas são de exportações anuais de 20 mil a 65 mil toneladas de carne bovina do Brasil, no período de 2014 a 2018. “A abertura confirma a qualidade da carne brasileira, como já foi constatado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e por outros grandes parceiros comerciais do Brasil, como a União Europeia e a Rússia”, ressalta a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Tatiana Palermo. Com a liberação, Tocantins, Sergipe, São Paulo, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal poderão vender carne bovina para os Estados Unidos. O posicionamento do setor privado brasileiro favorável à abertura do mercado dos Estados Unidos foi debatido nesta semana, na sede da CNA, em Brasília. Participaram da reunião, representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportações de Carnes (ABIEC), da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Brazil Industries Coalition (BIC). Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também estiveram no encontro. Fonte: Canal do Produtor.com CNA coordena posição do setor privado na abertura do mercado americano para carne bovina fresca Às vésperas da iminente abertura do mercado dos Estados Unidos para a carne bovina fresca, resfriada ou congelada, produzida no Brasil, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) lidera o processo de construção de um posicionamento conjunto do setor a respeito da consulta pública das autoridades norte-americanas sobre a autorização para importação do produto. No final do ano passado, o Serviço de Inspeção Animal e Vegetal (APHIS) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) publicou as análises de risco e de impactos econômicos da liberação das importações. Ambas foram positivas. Em relação aos aspectos econômicos, as autoridades concluíram que a abertura do mercado beneficiará os consumidores norte-americanos. Avaliaram ainda que a importação do Brasil não comprometerá as medidas de erradicação de febre aftosa do rebanho norte-americano e que a carne brasileira e os controles sanitários aplicados aqui são seguros. “As autoridades da área de sanidade dos Estados Unidos ficaram satisfeitas com a segurança do produto brasileiro e isso tem um significado maior do que só comercial. Estamos vivendo um bom momento de posicionamento da imagem do agro do Brasil no mercado internacional”, afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu. Depois da publicação do relatório com as análises, o USDA abriu um período de consulta pública sobre a autorização da importação da carne fresca brasileira proveniente de 13 estados e do Distrito Federal, reconhecidos como áreas livres de febre aftosa com vacinação. Até agora, foram apresentados cerca de 200 comentários ao texto do relatório, sendo que a grande maioria não está relacionada a questões técnicas. Após o encerramento do período de consulta, no dia 21 de fevereiro, o USDA analisará os comentários e dará início ao processo de aprovação do regulamento final que antecede a liberação para importação. As estimativas são de exportações anuais de 20 mil a 65 mil toneladas de carne bovina do Brasil, no período de 2014 a 2018. “A abertura confirma a qualidade da carne brasileira, como já foi constatado pela OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) e por outros grandes parceiros comerciais do Brasil, como a União Europeia e a Rússia”, ressalta a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Tatiana Palermo. Com a liberação, Tocantins, Sergipe, São Paulo, Rondônia, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Espírito Santo e Distrito Federal poderão vender carne bovina para os Estados Unidos. O posicionamento do setor privado brasileiro favorável à abertura do mercado dos Estados Unidos foi debatido nesta semana, na sede da CNA, em Brasília. Participaram da reunião, representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportações de Carnes (ABIEC), da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Brazil Industries Coalition (BIC). Representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) também estiveram no encontro. Fonte: Canal do Produtor.com

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Pecuária leiteira de alta tecnologia foi a mais rentável

A pecuária leiteira de alta tecnologia, com produção de 25 mil litros por hectare ao ano, foi a atividade agropecuária mais rentável em 2013, mostra levantamento da Scot Consultoria. A rentabilidade do segmento foi de 10,08%, ante 7,71% de 2012. "Esse resultado só foi possível graças à valorização do leite, cujo preço subiu 17,1% para esse perfil de produção, e também às cotações dos alimentos concentrados energéticos, que tiveram oscilações comedidas durante o ano", explicou o zootecnista e diretor da Scot, Gustavo Adolpho Maranhão Aguiar, em relatório. Conforme ele, a atividade, em comparação a outros investimentos, só perde para os resultados dos fundos cambiais, que teve rentabilidade de 12,8% no ano passado, e para o dólar comercial, com um porcentual de 10,4%. A pecuária leiteira de baixa tecnologia, por outro lado, segue com prejuízos. Em 2013, a variação negativa foi de 3,03% ante queda de 2,61% de 2012. No que tange à pecuária como um todo, a rentabilidade praticamente repetiu a de 2012, mesmo com uma melhora dos preços da arroba do boi gordo e dos animais de reposição. A recria e engorda, com aplicação crescente de tecnologia, teve rentabilidade de 5,33% ante 5,35% de 2012; o pecuarista de ciclo completo, também com o investimento, viu sua atividade gerar um lucro de 5,32% ante 5,27% na mesma base de comparação. A rentabilidade da cria, com tecnologia, foi de 1,41% ante 1,37%. Para a atividade de ciclo completo de baixa tecnologia, a rentabilidade passou de 1,06% para 1,03%. Já a recria e engorda nesse perfil passou de 0,11% para 0,12% e para cria, de prejuízo de 1,54% para perdas de 1,53%. "O lucro melhorou para todos os sistemas analisados, mas o ajuste no preço da terra segurou o aumento da rentabilidade. Assim, para os pecuaristas que não computam o preço da terra nas análises econômicas 2013 trouxe melhores resultados", ressaltou Aguiar. Fonte: Revista Globo Rural Online Pecuária leiteira de alta tecnologia foi a mais rentável, diz Scot A pecuária leiteira de alta tecnologia, com produção de 25 mil litros por hectare ao ano, foi a atividade agropecuária mais rentável em 2013, mostra levantamento da Scot Consultoria. A rentabilidade do segmento foi de 10,08%, ante 7,71% de 2012. "Esse resultado só foi possível graças à valorização do leite, cujo preço subiu 17,1% para esse perfil de produção, e também às cotações dos alimentos concentrados energéticos, que tiveram oscilações comedidas durante o ano", explicou o zootecnista e diretor da Scot, Gustavo Adolpho Maranhão Aguiar, em relatório. Conforme ele, a atividade, em comparação a outros investimentos, só perde para os resultados dos fundos cambiais, que teve rentabilidade de 12,8% no ano passado, e para o dólar comercial, com um porcentual de 10,4%. A pecuária leiteira de baixa tecnologia, por outro lado, segue com prejuízos. Em 2013, a variação negativa foi de 3,03% ante queda de 2,61% de 2012. No que tange à pecuária como um todo, a rentabilidade praticamente repetiu a de 2012, mesmo com uma melhora dos preços da arroba do boi gordo e dos animais de reposição. A recria e engorda, com aplicação crescente de tecnologia, teve rentabilidade de 5,33% ante 5,35% de 2012; o pecuarista de ciclo completo, também com o investimento, viu sua atividade gerar um lucro de 5,32% ante 5,27% na mesma base de comparação. A rentabilidade da cria, com tecnologia, foi de 1,41% ante 1,37%. Para a atividade de ciclo completo de baixa tecnologia, a rentabilidade passou de 1,06% para 1,03%. Já a recria e engorda nesse perfil passou de 0,11% para 0,12% e para cria, de prejuízo de 1,54% para perdas de 1,53%. "O lucro melhorou para todos os sistemas analisados, mas o ajuste no preço da terra segurou o aumento da rentabilidade. Assim, para os pecuaristas que não computam o preço da terra nas análises econômicas 2013 trouxe melhores resultados", ressaltou Aguiar. Fonte: Revista Globo Rural Online

CNA responde a ataques do radicalismo ambiental

SENAR - RN CNA responde a ataques do radicalismo ambiental A Folha de S.Paulo publicou, no domingo (19/01), entrevista com Mario Mantovani, da ONG SOS Mata Atlântica, que disparou acusações absurdas contra os produtores rurais, usando dados falsos e tentando denegrir a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA. No link abaixo, reproduzimos a entrevista que ataca o agronegócio, o produtor rural e as suas representações, intercalando abaixo de cada resposta, argumentos e dados oficiais que desmentem as acusações levianas feitas ao setor. http://www.canaldoprodutor.com.br/sites/default/files/cna-responde_0.pdf Fonte: Canal do Produtor.com

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

LOGISTÍCA E INFRAESTRUTURA

Conspiração, teoria e prática

Artigos

| Assuntos econômicos,Assuntos fundiário
Por Kátia Abreu
Há um projeto em curso, que quer restringir e relativizar a propriedade privada e a economia de mercado

"Teoria da conspiração" tornou-se uma espécie de mantra para banir qualquer avaliação mais profunda da conjuntura política. O termo é invocado mesmo quando já se está diante não de uma tese, mas da própria prática conspirativa.
Os fatos estão aí: há um projeto em curso, que pretende restringir e relativizar a propriedade privada e a economia de mercado. Em suma, o Estado democrático de Direito. O setor rural é o mais visado.
Usa-se o pretexto da crise social para invasões criminosas a propriedades produtivas: sem-terra, quilombolas e índios têm sido a massa de manobra, incentivada por ativistas, que, no entanto, não querem banir a pobreza.
Servem-se dela para combater a livre iniciativa e estatizar a produção rural. Espalham terror nas fazendas e, por meio de propaganda, acolhida pela mídia nacional, transformam a vítima em vilão. Nos meios acadêmicos, tem-se o produtor rural como personagem vil, egoísta, escravagista, predador ambiental, despojado de qualquer resquício humanitário ou mesmo civilizatório.
No entanto, é esse "monstro" que garante há anos à população o melhor e mais barato alimento do mundo, o superavit da balança comercial e a geração de emprego e renda no campo.
Nada menos que um terço dos empregos formais do país está no meio rural, que, não tenham dúvida, prepara uma nova geração de brasileiros, apta a graduar o desenvolvimento nacional.
Enfrenta, no entanto, a ação conspirativa desestabilizadora, que infunde medo e insegurança jurídica, reduzindo investimentos e gerando violência, que expõe não os ativistas, mas sua massa de manobra, os inocentes úteis já mencionados.
Vejamos a questão indígena: alega-se que os índios precisam de mais terras.
Ocorre que eles --cerca de 800 mil, sendo 500 mil aldeados-- dispõem de mais território que os demais 200 milhões de compatriotas. Enquanto estes habitam 11% do território, os índios dispõem de 13%. Não significa que estejam bem, mas que carecem não de terras, e sim de assistência do Estado, que lhes permita ascender socialmente, como qualquer ser humano.
Mas os antropólogos que dirigem a Funai não estão interessados no índio como cidadão, e sim como figura simbólica. Há o índio real e o da Funai, em nome do qual os antropólogos erguem bandeiras anacrônicas, querendo que, no presente, imponham-se compensações por atos de três, quatro séculos atrás.
O brasileiro índio do tempo de Pedro Álvares Cabral não é o de hoje, que, mesmo em aldeias, não se sente exclusivamente um ente da floresta, mas também um homem do seu tempo, com as mesmas aspirações dos demais brasileiros.
Imagine-se se os franceses de ascendência normanda fossem obrigados pelos de descendência gaulesa a deixar o país, para compensar invasões ocorridas na Idade Média. Ou os descendentes de mouros fossem obrigados a deixar a Península Ibérica, que invadiram e dominaram por oito séculos.
O processo civilizatório consiste em superar esses estágios primitivos pela integração. O Brasil é um caudal de raças e culturas, em que o índio, o negro e o europeu formam um DNA comum, ao lado de imigrantes mais tardios, como os japoneses.
Querer racializar o processo social, mais que uma heresia, é um disparate; é como cortar o rabo do cachorro e afirmar que o rabo é uma coisa e o cachorro outra.
A sociedade brasileira está sendo artificialmente desunida e segmentada em negros, índios, feministas, gays, ambientalistas e assim por diante. Em torno de cada um desses grupos aglutinam-se milhares de ONGs, semeando o sentimento de que cada qual padece de injustiças, que têm que ser cobradas do conjunto da sociedade.
Que país pretendem construir? Não tenham dúvida: um país em que o Estado, com seu poder de coerção, seja a única instância capaz de deter os conflitos que ele mesmo produz; um Estado arbitrário, na contramão dos fundamentos da democracia. Não é teoria da conspiração. É o que está aí.
KÁTIA ABREU, 51, senadora (PMDB/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados na Folha de S.Paulo.

Ideologia cega

Artigos

| Assuntos fundiários 21/01/2014

Por Kátia Abreu
Os Tenharim são uma prova viva da ficção ideológica na qual vive a Funai
O desconhecimento e a má-fé não poderiam ser as características principais de uma pessoa que se apresenta como antropólogo e conhecedor da realidade brasileira. A ciência, como se sabe, caracteriza-se pela imparcialidade do cientista, pela universalidade de suas proposições e por uma conduta isenta, baseada na busca da verdade.
O artigo de Uirá Garcia – “O chão e a fúria” –, referindo-se a mim e à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), entidade que presido, mostra tão somente a “fúria” de uma pessoa descomprometida com a verdade. Para ele, é como se a antropologia tivesse se tornado um mero instrumento de luta política, cujas lentes seriam constituídas pela ficção ideológica.
Comecemos pela situação de Humaitá, no Amazonas. Observemos, preliminarmente, que não há nenhum conflito fundiário em questão. Os indígenas não estão reclamando por mais terras, mas simplesmente por uma atitude da Funai que respeite os acordos por ela firmados com essa tribo. Na medida em que esse órgão estatal se caracteriza pela omissão e pela incompetência, os indígenas começaram a cobrar pedágios que remontam a 2006, chegando a R$ 115, das pessoas que utilizam a rodovia Transamazônica.
Um cacique Tenharim chegou a declarar que os habitantes da região não têm nada a ver com a situação deles, mas que decidiram cobrar ilegalmente pedágio para arrecadar recursos e chamar a atenção da própria Funai. Os não indígenas seriam meros bodes expiatórios!
O bispo da região declarou que a situação de tensão entre brasileiros índios e não índios começou com a cobrança dos pedágios, tendo uma relação harmoniosa se envenenado. O estopim foi o desaparecimento de três pessoas que, segundo testemunhas, foram vistas sendo conduzidas por indígenas para uma aldeia. Desde então, não há notícias deles. Nenhuma investigação séria foi feita pela Funai e por outros órgãos, provocando a reação que se transformou em uma espécie de rebelião.
Diga-se de passagem, os indígenas que chegaram a se sentir ameaçados foram protegidos pelo Exército. Este, sim, porta-se como instituição de Estado que é, e não como um sindicato, como se conduz a Funai.
Nos dias imediatamente posteriores à reação da população contra o sequestro dessas três pessoas, alguns jornalistas, seguindo a versão do responsável regional da Funai, veicularam a informação de que esse sequestro seria a reação de indígenas à morte de um cacique em condições misteriosas. Ora, não havia mistério algum. O cacique morreu em acidente de moto, algo publicamente reconhecido por seu filho e outros familiares. Na última sexta-feira, o funcionário foi exonerado, por absoluta irresponsabilidade.
Contudo, o estrago estava feito. A porta da violência havia sido aberta: imediatamente, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) veiculou a “informação”, emprestando-lhe credibilidade.
Note-se que os Tenharim são uma prova viva da ficção ideológica na qual vive a Funai. O cacique morreu em um acidente de moto, veículo que as famílias da aldeia têm na porta da frente. Todas as moradias possuem internet e muitos dos indígenas vivem e trabalham nas cidades da região.
Outro cacique declarou que os Tenharim quer melhores condições de vida e de educação para seus filhos, como todo cidadão brasileiro. Disse, ainda, que o modelo indigenista da Funai estava ultrapassado, não se adequando às suas expectativas de vida. Eles não vivem da ficção ideológica, segundo a qual os povos indígenas sobrevivem da caça e da pesca, reclusos em territórios apartados da civilização.
Quanto aos Awá-Guajá, cujas terras se encontram em um processo de desintrusão, conforme decisão judicial, defendemos o Estado de Direito. O que não aceitamos é a aplicação de dois pesos e duas medidas.
Por que a lei não deveria valer quando se trata de decisões judiciais de reintegração de posse de terras de brasileiros não índios, ocupadas por brasileiros índios? É o que ocorre em várias regiões, sobretudo no Mato Grosso do Sul, onde claramente a lei não é aplicada. É como se a aplicação da lei dependesse do arbítrio da Funai.
O argumento utilizado é risível: a lei não deve ser aplicada porque produz conflitos.  Mas os conflitos foram produzidos pela invasão, com uso da violência. Mesmo assim, seria forçoso reconhecer que, em todos os processos de reintegração de posse, o mesmo “cuidado” deveria ser tomado.
Outro argumento é a falta de condições logísticas. Ora, ... Ninguém é tolo! Nas retiradas de brasileiros não índios de terra indígena, mobiliza-se todo um aparato da Funai, da Polícia Federal e da Força Nacional, que se muda durante meses para a região. Já na retirada de brasileiros índios de terras não indígenas, não há logística! Por que as mesmas forças não são mobilizadas?
Quanto às afirmações do antropólogo relativas aos “latifúndios” e à “monocultura”, seu “conhecimento” não encontra nenhum amparo na realidade. Nos quatro municípios que serão afetados pela desintrusão (São João do Caru, Centro do Guilherme, Zé Doca e Governador Nilton Bello), estão cadastrados 9.621 pequenos produtores no Programa Nacional de Financiamento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Nesta pequena região do Maranhão existem mais “pronafianos” do que em todo o estado de São Paulo, prova irrefutável de que estamos tratando de um problema que afeta principalmente pequenos agricultores familiares. A maioria desses agricultores, aliás, complementa a sua renda com o Bolsa Família.
Eis a realidade que a ficção antropológica não consegue ver. A ideologia cega!
KÁTIA ABREU, 51, senadora (PMDB/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Dilma assina dia 23 ordem de serviço para duplicar BR-304



A presidente Dilma Rouseff vai assinar a ordem de serviço da obra de duplicação da BR-304 no dia 23 de janeiro, durante a vinda a Natal para a inauguração da Arena das Dunas. Orçada em R$ 233 milhões, a obra na rodovia inclui a duplicação de 16 quilômetros da Reta Tabajara, construção de oito viadutos e a abertura de marginais em 21,7 quilômetros da rodovia, situados entre o Viaduto Trampolim da Vitória, em Parnamirim, e o entrocamento com a BR-226. A previsão de início das obras é a segunda quinzena de fevereiro.

O Departamento Nacional de Insfraestrutura de Tranportes (DNIT) – responsável pelos serviços na BR-304 – também deverá iniciar neste ano as obras complementares na BR-101, que envolvem a construção de seis viadutos, de uma passagem inferior (trincheira) para acesso a Avenida Maria Lacerda Montenegro, além de ampliação das marginais entre o Viaduto de Ponta Negra e o acesso a Pium, em Parnamirim. A apresentação das propostas está marcada para o dia 26 de fevereiro.

Para os trabalhos na BR-304, a empresa contratada foi a gaúcha SBS Engenharia. De acordo com o DNIT, serão construídos oito viadutos, sendo três deles no entorno de Macaíba. Um deles será erguido no girador que fica antes da chegada ao município, no sentido Natal-Macaíba. Em seguida, um segundo viaduto terá lugar no cruzamento da Avenida Jundiaí (primeira entrada de Macaíba). Mais a frente, na entrada da cidade que dá acesso a Prefeitura, um terceiro viaduto será responsável pela ligação da Avenida Geraldo Melo/ Rua Severino Galdino Ribeiro com a rodovia.

A instalação de outros cinco viadutos está prevista para o trecho que antecede o girador de Macaíba, ligando marginais a BR, e também ao longo da Reta Tabajara. De acordo com o superintendente regional do DNIT, Walter Fernandes, as desapropriações não deverão ser um problema para a obra, visto que “cinco ou seis” propriedades localizadas nas proximidades da entrada de Macaíba deverão passar pelo processo, somando cerca de 6 mil metros quadrados de área. “Praticamente toda a rodovia está dentro da faixa de domínio do DNIT”, afirma.

Segundo Walter Fernandes, a obra na BR-304 vai trazer mais segurança e permitirá maior fluidez para o trânsito na região. “A duplicação e adequação da Reta Tabajara vai contribuir para a diminuição do número de acidentes com mortes e vai melhorar o trânsito, que hoje é complicado”, diz.

A expectativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF) é que a duplicação da Reta Tabajara possa reduzir o número de acidentes de maior gravidade que ocorrem nesse trecho da BR-304. Dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que, de 2012 para cá, esses 16 quilômetros da rodovia registraram três mortes em cada ano. Foram 13 feridos graves contabilizados em 2012 e mais 10 no ano passado.

“A BR-304 perde para a BR-101 em número absolutos de acidentes, mas em gravidade ela supera”, explica o inspetor da PRF, Everaldo Morais.

Consultoria
O DNIT também vai contratar uma empresa para prestação de  consultoria e para supervisão da obra na BR-304. Com custo estimado em R$ 8 milhões, a licitação foi aberta no dia 3 de janeiro e a apresentação das propostas está marcada para o dia 24 deste mês, no formato pregão eletrônico (presencial).

Rodovias Federais
Pacote de obras para BRs-101 e 304

O que vai ser feito?
Duplicação da Reta Tabajara (16 km) e construção de viadutos e de marginais em todo o trecho

Extensão: 21,7 km

Trecho: do viaduto Trampolim da Vitória, em Parnamirim, até o entroncamento da BR-304 com a BR-226, que liga a Mossoró

Viadutos:
à No girador que fica antes do Centro de Macaíba, no sentido de quem vem de Natal para o município
à Na Avenida Jundiaí (primeira entrada de Macaíba, que dá acesso ao centro e ao distrito Jundiaí)
à Na avenida Geraldo Melo/rua Severino Galdino Ribeiro (segunda entrada de Macaíba, que dá acesso a Prefeitura Municipal)
à Outros cinco viadutos ao longo da Reta Tabajara
Custo: 233 milhões

O que vai ser feito?
Construção de seis viadutos e de passagem inferior (trincheira), ampliação de marginais e drenagem entre o Viaduto de Ponta Negra e pórtico

Trecho: do Viaduto de Ponta Negra até o acesso da estrada que leva a Pium, em Parnamirim

Viadutos:
à Em Neópolis, onde hoje existe túnel que dá acesso à avenida das Alagoas
à Em frente à avenida Abel Cabral
à Em Emaús, no primeiro semáforo para quem vai no sentido Natal-Parnamirim
à Em frente ao Parque Aristófanes Fernandes (viaduto em formato girador)
à No cruzamento com a avenida Clementino Câmara, em Parnamirim
à Em frente ao acesso a Pium

Trincheira: em frente à avenida Maria Lacerda Montenegro

Fonte: Tribuna do Norte

Dois pesos e duas medidas. O Estado de Direito parece não valer quando se trata de ações indígenas que contrariam a lei


  Assuntos fundiários 
Por Kátia Abreu

A situação está se tornando insuportável. Quando se trata da questão indígena, a lei só vale para alguns. Os direitos humanos são afirmados e contrariados ao mesmo tempo, como se o Brasil fosse obrigado a conviver com a arbitrariedade da Funai, de membros do Ministério Público Federal, do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e de ONGs.
Imaginem o que aconteceria se agricultores decidissem cobrar pedágio em uma rodovia? Haveria uma gritaria ecoando em todos os meios de comunicação e a Polícia Rodoviária Federal, as Polícias Federal ou estaduais, acionadas pelo Ministério Público, logo entrariam em cena. A rodovia seria liberada, e os autores do crime, responsabilizados e punidos. Seria, de fato, o Estado de Direito funcionando, pois nenhum cidadão pode impedir os outros de ir e vir.
Ora, o que acontece com a rodovia federal que passa pela terra indígena Tenharim, no Amazonas? Desde 2006, os indígenas cobram pedágio dos cidadãos que a utilizam. O valor pode chegar a R$ 100. As pessoas são oneradas simplesmente porque alguns indígenas assim decidiram. Acostumaram-se com a impunidade e com o acobertamento dado pela Funai. Criam uma enorme tensão social. O que fazem os órgãos policiais federais? Nada! O Estado de Direito, lá, nada vale.
Agora, nesta mesma região, temos o desaparecimento de três pessoas --foram, segundo informações, provavelmente sequestradas por esses indígenas. Teriam sido vistas pela última vez sendo conduzidas à força para a aldeia.
Corre a notícia de que tudo isso se deu em represália à morte de um cacique que sofreu um acidente de moto, embriagado. Como assim? Pessoas podem ser sequestradas em represália? De um acidente de moto, segundo a própria polícia? Onde está a lei?
Situação análoga ocorre com os processos de desintrusão (retirada de não índios) de terras indígenas, e de reintegração de posse (retirada dos índios invasores). Novamente dois pesos e duas medidas! A universalidade da lei é pisoteada.
Em Mato Grosso do Sul, com as tensões se exacerbando sem nenhum controle, as invasões indígenas têm se multiplicado, em aberta violação ao direito de propriedade e às decisões judiciais.
As reintegrações de posse não são cumpridas, como se o Estado de Direito não valesse quando se trata de ações indígenas que contrariam abertamente a lei.
Aí entram em consideração questões "humanitárias", como se a humanidade tivesse apenas um vetor: vale apenas para alguns.
A Funai, por sua vez, sempre alega falta de condições para intervir, quando se trata de reintegração de posse. No entanto, encontra tais condições quando se trata da desintrusão de terras indígenas, como aconteceu recentemente em Mato Grosso.
Na fazenda Suiá-Missú (MT), 1.800 famílias de pequenos agricultores familiares foram jogadas ao vento, ou melhor, à maior das intempéries. O próprio ouvidor nacional dos direitos humanos da Secretaria de Direitos Humanos reconheceu, em uma audiência pública na Câmara dos Deputados, que o lá ocorrido não deveria jamais se repetir. No entanto, a repetição está ocorrendo no Maranhão.
No caso maranhense da terra Awá-Guajá, 96% dos produtores lá instalados são da agricultura familiar e serão obrigados a deixar a área. Os órgãos federais encarregados de aplicar a lei serão impiedosos. Não há nenhum projeto efetivo de reassentamento dessas famílias, senão declarações vãs e hipócritas. Vão jogá-las na estrada tal como aconteceu com os agricultores de Suiá-Missú?
Até quando a Funai vai continuar atuando como um Estado dentro do Estado, fazendo arbitrariamente suas próprias leis como se não devesse prestar contas a ninguém? O Ministro da Justiça tem se comportado como se sua pasta fosse a da Injustiça. Que Brasil é este?

KÁTIA ABREU, 51, senadora (PMDB/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados na Folha de S.Paulo

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL RURAL

Prazo para Contribuição Sindical Rural pessoa jurídica termina dia 31/01


O prazo para os produtores rurais, pessoa jurídica, recolherem a Contribuição Sindical Rural, exercício 2014, encerra dia 31 de janeiro. A contribuição é um tributo obrigatório, previsto na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), regulamentada pelo Decreto nº 1.166/1971.

São considerados pessoa jurídica os produtores rurais que possuem imóvel rural ou empreendem, a qualquer título, atividade econômica rural, enquadrados como "empresários" ou "empregadores rurais". A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) envia a guia bancária ao produtor já preenchida com o valor da sua contribuição em 2014. Até a data do vencimento, o pagamento pode ser feito em qualquer agência bancária. Caso o produtor não tenha recebido este documento, pode entrar em contato com o sindicato rural de sua região ou acessar o serviço de 2ª Via de Contribuição Sindical Rural do Canal do Produtor: http://www.canaldoprodutor.com.br/contribuicao-sindical/2a-via-contribuicao-sindical

AMBIENTALISMO IMPRODUTIVO

Artigo:

Por Kátia Abreu
A cada dia se batem recordes de produção, enquanto o desmatamento cai e a área plantada é quase a mesma

Aristóteles dizia que a lei é a razão livre de paixões. Não foi o que praticou Marina Silva ao longo dos cinco desastrosos anos em que comandou o Ministério do Meio Ambiente. Nesse período, a agora candidata a presidente ou a vice dedicou-se a mover perseguição feroz e fundamentalista à agropecuária nacional. E não parou mais.
A grande marca de sua gestão foi rotular o agro de atrasado e destruidor do ambiente. Uma mancha irreparável à imagem internacional do setor, que a duras penas tentamos restabelecer.
Felizmente, o agro está sendo reconhecido e as mentiras tornam-se insustentáveis. São novos recordes de produção a cada dia, enquanto o desmatamento cai e a área plantada e de criação segue praticamente a mesma.
O Brasil está cumprindo todos os acordos ambientais internacionais, garantindo produção com preservação. Por onde se olha, veem-se avanços. Nos últimos 40 anos, a produção de grãos multiplicou-se por seis, enquanto a área de lavoura aumentou apenas uma vez e meia. Isso é inovação e tecnologia. É sustentabilidade em sua forma mais cristalina.
Depois que Marina deixou o governo, em maio de 2008, o desmatamento foi reduzido a menos da metade (-55%). Ao longo dos cinco anos e meio em que ela comandou o Ministério do Meio Ambiente, a redução foi menor: 45%. No período Marina Silva, desmataram-se em média, na Amazônia, 18 mil quilômetros quadrados por ano. De lá para cá, a média anual caiu para 6.000 quilômetros quadrados.
À revelia dos números, porém, a ex-ministra insiste na tese do retrocesso. Em recente entrevista ao jornal "Valor", deu sua receita sonhática para alimentar 9 bilhões de pessoas: "Não é aumentando a pressão sobre as florestas, sobre os recursos hídricos, sobre as áreas agricultáveis. É aumentando a produção por ganho de produtividade. São novas lógicas que vão se estabelecendo a partir do ideal de uma cultura de sustentabilidade".
Quanta singeleza! Ela renega a irrigação em um país que tem 12% da água doce do planeta e no mínimo 20 milhões de hectares a serem irrigados, dobrando a produção nas área atual sem danos à natureza.
Abomina a tecnologia dos alimentos geneticamente modificados, que demandam menos agroquímicos. Escamoteia da opinião pública que o Brasil tem, intocados, 61% do território, enquanto a agropecuária ocupa apenas 27,7%.
Aliás, na Amazônia, o Código Florestal que ela reputa um retrocesso só permite o plantio e a criação em 20% das propriedades privadas. E não remunera o produtor que mantém, preservados, os demais 80% de sua área.
Mas o discurso desaba mesmo é quando a confrontamos com sua própria "produtividade" à frente do Meio Ambiente.
Em junho de 2003, por exemplo, ela criou a sua primeira unidade de conservação: a Reserva Biológica da Mata Preta, no Jequitinhonha (MG). Cinco anos depois, quando deixou o ministério, a Mata Preta não estava sequer demarcada e muito menos tinha plano de manejo.
A lei manda regularizar as unidades de conservação em até cinco anos após sua criação. Marina Silva foi embora sem tirar do papel nem mesmo a primeira das dezenas de unidades que criou, revelando a prática do ambientalismo improdutivo por ela instaurada.
Esse exemplo, por sinal, é paradigmático. Uma comunidade quilombola habitava a Mata Preta, com mais de 700 pessoas vivendo do extrativismo. O Ministério do Meio Ambiente exigiu, à época, a expulsão dos nativos.
Não conseguiu, devido à reação e ao enorme problema social que o gesto insano causaria. Até hoje, a área não foi regularizada, e o Observatório Quilombola considera a futura demarcação uma "hecatombe social".
Não houve retrocesso na política ambiental brasileira. Está havendo bom-senso depois da fúria preservacionista ideológica dos últimos 20 anos, período em que 124 milhões de hectares --quase 15% do nosso solo-- foram convertidos em unidades de conservação "de papel". Tanto que, segundo o Instituto Chico Mendes (ICMBio), só 44 das 312 unidades haviam sido demarcadas até março de 2013. O restante delas é mera ficção.
KÁTIA ABREU, 51, senadora (PMDB/TO) e presidente da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), escreve aos sábados na Folha de S.Paulo.

Busca por produtos naturais favorece expansão do mercado de ovos orgânicos



Aves criadas livres de gaiolas, sem uso de antibióticos, com certificação de bem-estar animal e alimentação 100% vegetal, livre de farinha de origem animal. Assim é realizado o processo de produção de ovos orgânicos. Essas questões vêm motivando os consumidores a buscarem esses produtos naturais, afirma o diretor industrial da Korin Agropecuária, Luiz Carlos Demattê Filho. Segundo ele, esse mercado está em expansão.

– Em geral, no país e no mundo todo, há uma grande procura por esses produtos diferenciados. Os consumidores apoiam esse processo produtivo, que tem uma visão de sustentabilidade – relata.

Conforme o especialista, o sistema resulta na qualidade do produto, que se diferencia. Demattê conta que as pessoas que consomem o produto sempre opinam sobre o sabor superior que os ovos naturais possuem em comparação aos de granja.

No processo de produção de ovos orgânicos, as aves ficam soltas, livres de gaiolas, e botam os ovos em ninhos. De acordo com ele, isso é feito para garantir o bem-estar dos animais, pois dessa forma podem expressar comportamentos naturais inerentes à espécie.

Demattê explica que a produção dessas aves não segue os mesmos padrões da produção de aves convencional.

– Através do programa de bem-estar animal conseguimos não fazer nenhum uso de melhorador de desempenho de base antibiótica ou de qualquer outra substância química, o que garante ovos isentos de resíduos, higidez e saúde das aves. Isso é fantástico – afirma.

Segundo a Korin Agropecuária , em produções convencionais, as galinhas recebem uma série de substâncias químicas adicionadas à ração como: antibióticos, quimioterápicos, anticoccidianos, antifúngicos e promotores artificiais de produção. Além dessas substâncias que têm uma função basicamente preventiva, as aves também são tratadas, quando ficam doentes, com estas mesmas substâncias, porém em doses mais elevadas (doses terapêuticas). Por uma questão de barateamento são utilizados na ração ingredientes de origem animal. Esses ingredientes são resíduos de abatedouros como farinhas de carne, vísceras, penas e ossos. Já na produção natural, a alimentação das aves é 100% vegetal, livre de farinha de origem animal.

Segundo o diretor industrial, isso é feito para garantir aos consumidores absoluta isenção de quaisquer resíduos químicos.

Demattê revela que o valor do alimento orgânico é superior por uma série de fatores, entre elas, por conta da produção ser em menor escala.

Para ele, apesar de todo o potencial e capacidade que o Brasil tem na produção de ovos naturais, ainda há muito o que fazer, sobretudo na pesquisa e no desenvolvimento desta área.

Fonte: Blog do Marcelo Abdon
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