sábado, 5 de novembro de 2011

Energia solar é a bola da vez


Imagem Interna
A Eletrobras vai construir uma usina solar experimental no Nordeste. O local ainda será definido, mas sabe-se que o investimento deverá se situar na casa dos R$ 10 milhões, para uma capacidade instalada de 1 megawatt (MW). Em Florianópolis (SC), está em implantação a primeira usina fotovoltaica de grande porte integrada a um prédio público e conectada à rede do Brasil, no telhado do edifício-sede da Eletrosul, empresa pertencente ao grupo Eletrobras.


"No Nordeste pretendemos utilizar uma tecnologia com concentradores solares que vão aquecer a água e produzir vapor. A energia elétrica será gerada a partir desse vapor", disse ontem o presidente da Eletrobras, José da Costa Carvalho Neto, ao participar do evento Palestra com Notáveis/Diálogos Capitais, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing Brasil (ADVB-PE) em parceria com a revista Carta Capital.


José da Costa afirmou que hoje o custo da energia solar ainda não é considerado econômico, mas esse cenário deve mudar em poucos anos. No caso da usina de Santa Catarina, o investimento estimado é de R$ 10,8 milhões, com financiamento de 2 milhões de euros pelo banco alemão KFW. A capacidade instalada, também de 1 MW-pico, pode gerar por ano 1.144 MWh, consumo equivalente a 570 residências. Estima-se que, por ano, deixarão de ser lançadas na atmosfera 188 toneladas de dióxido de carbono (CO2).


O presidente da Eletrobras acredita que o futuro do Nordeste está nas energias alternativas. Segundo ele, a companhia também realiza um segundo mapeamento das jazidas de vento em todo o país, agora a 100 metros de altitude. No primeiro, foi identificado um potencial de 143 mil MW, e neste segundo a expectativa é identificar entre 300 MW e 350 MW. A previsão é a de que a participação da energia eólica na matriz elétrica brasileira passe de mil a seis mil MW.


"O potencial maior está nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Bahia, mas Pernambuco também está despontando como um estado com potencial interessante", completou. Apesar disso, José da Costa reafirmou que, pelo menos por enquanto, está mantido o plano de concluir Angra 3 e construir quatro novas usinas nucleares no Brasil até 2030, e a localização escolhida é o Nordeste. O município de Itacuruba, no Sertão pernambucano, tem aparecido nos estudos como a primeira opção para construção das novas centrais nucleares.


A Eletrobras está investindo neste ano entre R$ 10 bilhões e R$ 11 bilhões. O plano preliminar para 2012 prevê um aporte de R$ 13 bilhões. O presidente da ADVB-PE, Leopoldo de Albuquerque, destaca que Pernambuco é um dos estados que mais crescem no país e que aqui está sendo erguido um polo energético importante. O tema deve ser retomado em 2012, com outros especialistas da área.


Fonte: Diário de Natal

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