terça-feira, 11 de janeiro de 2011

ENERGIA EÓLICA, EDP Renováveis Brasil S.A, empresa reune produtores rurais em Lajes

O Brasil é o melhor país para se investir na área de energias renováveis no mundo, sendo o Rio Grande do Norte o Estado que oferece as melhores condições para implantação de usinas eólicas, apresentando vento intenso e constante, uma clara política de apoio ao setor e diversas empresas interessadas em investir em energia eólica, ocupando assim lugar de destaque no setor eólico do país.

O potencial energético do Estado aponta para 5% do seu território, com capacidade de abastecimento a toda a região Nordeste e perspectivas de ampliação da capacidade de produção de 51 megawatts para 4 mil megawatts, em quatro anos.

No total, os investimentos podem chegar a R$ 20 bilhões, e capacidade para abastecer mais de seis milhões de habitantes.

Um estudo conduzido e publicado recentemente por pesquisadores do  Instituto Nacional de pesquisas Espaciais (INPE), concluiu que os Estados nordestinos voltados para o Hemisfério Norte são os maiores promissores quanto à utilização da força dos ventos como fonte alternativa para a geração de energia elétrica.Ventos com velocidade adequada para a geração de energia – a mais de 7 metros por segundo – fazem do Rio Grande do Norte, mais especificamente, um gigantesco parque eólico em potencial.
Rio do Fogo


O Rio Grande do Norte tem dois parques eólicos em funcionamento. Um deles, controlado pelo grupo espanhol Iberdrola, está localizado em Rio do Fogo, gerando atualmente 49,3 megawatts (MW) de energia e têm capacidade suficiente para abastecer uma cidade 75 mil habitantes. O outro parque, situado em Diogo Lopes, foi a primeira usina de energia eólica implantada pela Petrobrás (2004) gerando 1,8 MW. Seu parque dispõe de três aerogeradores com potência de 600 kw cada, capaz de alimentar uma cidade de 10 mil habitantes.

Uma das áreas de potencial eólico que ganhou especial atenção no Estado é a Serra de Santana, na região Seridó. Diferente dos projetos do Litoral Norte onde as áreas são grandes e congregam cerca de oito proprietários por projeto, no interior do Estado temos registro de um único projeto que possui 300 contratos de arrendamento.

Para tentar dirimir dúvidas e buscar soluções, o governo reuniu empresas, proprietários de terras e representantes das prefeituras locais, objetivando a formulação de um contrato padrão que passará por uma leitura pública de aprovação.

O Estado já apresenta um total de 700 proprietários com contratos de arrendamento para pesquisa e instalação de projetos.


INVESTIMENTOS
Vários investimentos têm sido realizados nessa área pelo governo do Rio Grande do Norte, atraindo alem de potenciais investidores nacionais e/ou internacionais, empresas fornecedoras de grande porte que vêem no Estado alto potencial em desenvolvimento econômico.

O Estado assinou recentemente um acordo de cooperação com o governo da Navarra,  Espanha visando o desenvolvimento conjunto de políticas públicas de incentivo à geração energética a partir das fontes renováveis eólica, solar e biomassa.

O CT-Gás, sediado em Natal, também passou a abranger, a partir de 2009, as energias renováveis como campo de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, capacitação técnica e demais atividades de sua atuação como centro de excelência nacional.

A implementação de um arco coletor – linha de transmissão de energia elétrica permeando os principais parques eólicos do Litoral Norte ou suas vizinhanças - será outra grande iniciativa do Estado nesse setor, em parceria com as empresas operadoras destes parques,  sugerindo ainda uma única linha de transmissão, como empreendimento coletivo, para o escoamento de energia produzida e conexão ao grid nacional. Depois do processo de licitação, esse arco coletor alternativo passará a integrar o sistema da Translitorânea, que é justamente a linha de transmissão estatal (em projeto) que viria do Ceará cortando todo o território potiguar pelo litoral norte

Pólo Industrial


PÓLO INDUSTRIAL EÓLICO


Os governos do Rio Grande do Norte e do Ceará pretendem estimular a criação de um Pólo Industrial Bilateral para os dois Estados, com foco no potencial eólico apresentado entre o litoral leste Cearense e a Costa Branca Potiguar (Tibau - Touros).

Os dois Estados já iniciaram discussões e, a partir de um pré-projeto, os dois governos irão finalizar um pacote de benefícios conjuntos e promover o empreendimento junto aos investidores, que deverão enxergar vantagens em dispor, nesta região, de fatores como acesso por meio de estradas retas - importantes no transporte dos gigantescas peças de aerogeradores, tanto pás como torres - gás natural acessível (Gasfor), água e energia, área disponível, eqüidistância dos portos e aeroportos dos dois Estados e mão-de-obra qualificável. Mais do que um complexo industrial comum, o pólo industrial será um conceito de parceria bilateral inédito no Brasil, entre Estados vizinhos.

CADASTRO ESTADUAL DE PROJETOS EÓLICOS

Com o objetivo de organizar as informações sobre projetos e investidores do setor, foi lançado em dezembro de 2008 o Cadastro Estadual de Projetos Eólicos, apresentando uma estimativa total de potência instalada de 2000 megawatts (MW), mais que o triplo da necessidade de consumo do Estado, que é de aproximadamente 600 MW. Se consolidados ao menos parte desses projetos contribuirão decisivamente para que o Rio Grande do Norte consolide a posição de importante exportador de energia elétrica.
O cadastro eólico atua no mapeamento dos dados técnicos e econômicos, com objetivo de dar clareza ao setor eólico e aprimorar os investimentos, tendo recebido projetos de empresas com interesse em exploração da energia eólica no Rio Grande do Norte.

Empresas como Iberdrola, EdP, Bioenergy, Pacific Hydro, Petrobrás, Dreen Investimentos e Participações, Thermes Participações S/A, Endesa e outras já tem grandes projetos eólicos cadastrados no Estado.

LEILÕES EÓLICOS FEDERAIS


Em setembro de 2008, o Governo do Estado formalizou o pedido de realização de um leilão para implantação de usinas eólicas no Rio Grande do Norte oficialmente ao Ministério das Minas e Energias (MME), sugerindo ainda a elaboração de um calendário anual de leilões, para dar maior segurança aos investidores e permitir a atração de fábricas de equipamentos como torres e turbinas para o Rio Grande do Norte.

Um leilão específico foi marcado para novembro de 2009, e objetiva garantir uma reserva de energia, complementando a matriz energética atual, e ao mesmo tempo assegurar a viabilidade financeira de projetos de energia eólica.
O Rio Grande do Norte foi o Estado brasileiro com maior número de projetos inscritos para o próximo leilão das usinas eólicas, previsto para 25 de novembro de 2009. Neste, o Estado já supera a marca de 1000 Megawatts (MW) inscritos, divididos em 30 projetos habilitados tecnicamente pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e cadastrados na EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que é responsável pela realização do Leilão, totalizando mais que a necessidade de consumo do Estado, que é de 600 MW. 

Nesse contexto, o Estado desponta no setor eólico do país, com potencial necessário à execução de quaisquer investimentos e alta atratividade a investidores que prometem alavancar a economia do Estado.

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