sexta-feira, 1 de julho de 2011

Governo prorroga mudanças em norma que moderniza a pecuária de leite




O Ministério da Agricultura deu mais seis meses para os pecuaristas se prepararem para a Instrução Normativa 51, que estava prevista para começar a ser aplicada a partir desta sexta-feira (1/7). Essa legislação é muito importante para a pecuária de leite, visto que determina novos parâmetros de qualidade para a produção nacional.


A legislação foi editada em 18 de setembro de 2002, portanto há quase nove anos. Moderniza e torna eficiente a pecuária, impondo um controle rígido à matéria-prima, a qual deve ser obtida em condições higiênicas adequadas e refrigerada para que haja a manutenção da qualidade do leite desde a ordenha até a chegada na indústria.


A norma exigiria, por exemplo, a redução em 87% da contagem total de bactérias e em 50% a contagem de células somáticas presentes em cada mililitro de leite. Com isso, o limite de contagem bacteriana total (CBT), que atualmente é de 750 mil Unidades Formadoras de Colônia (UFC) por mililitro, baixaria para 100 mil UFC/ml; com relação à contagem de células somáticas (CCS), o teto passaria de 750 mil células/ml para 400 mil/ml.


A alegação de indústrias e entidades do setor é que, se a legislação fosse adotada de imediato, grande parte dos produtores brasileiros ficaria excluída do mercado.


Em março, Globo Rural entrevistou Jorge Rubez  (leia a entrevista aqui) , presidente da Leite Brasil, que representa os pecuaristas. O dirigente esperava com otimismo o início da aplicação da IN 51. Nesta quinta-feira (30/6), a revista não conseguiu contatar Rubez.


Produtores que já fizeram o trabalho de casa, investindo na modernização da atividade, como alguns do Rio Grande do Sul, são contrários à prorrogação, a qual valerá por seis meses a partir de 1º de julho.


Fonte: Revista Globo Rural Online

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