quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Presidente da CNA defende entrega imediata de novo pedido de CPMI para investigar MST


A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, disse hoje (7/10) que um novo pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o repasse de recursos ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) poderá ser protocolado amanhã (8/10), caso a coleta de assinaturas no Congresso Nacional alcance o mínimo necessário na Câmara, que é de 171. Segundo ela, a expectativa é de que ainda hoje haja deputados suficientes para assinar o pedido para criar a CPI Mista. No Senado, há mais de 30 assinaturas, quando o mínimo exigido é de 27.

“Em duas horas, colhemos mais de 30 assinaturas no Senado. Conversei com os deputados Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Marcos Montes (DEM-MG) e eles me garantiram que ainda hoje finalizariam a coleta de assinaturas”, disse a senadora. A mobilização para instalar uma nova CPMI ganhou força esta semana, após integrantes do MST invadirem uma fazenda de produção de laranjas no interior de São Paulo. Na semana passada, o mesmo pedido para criar a comissão que investigaria as transações financeiras do movimento foi arquivado, após a retirada de assinaturas de parlamentares.

 “Na semana passada, 45 deputados retiraram assinaturas e com isso faltaram apenas três para alcançarmos o mínimo. Isso mostra que não teremos dificuldades, ainda mais diante deste fato recente no interior de São Paulo. O MST está mostrando ao Brasil que não tem medo da lei, agindo como se tivesse costas quentes”, afirmou Kátia Abreu, durante entrevista na sede da CNA, em Brasília. “O mais importante é que o Parlamento mostre sua preocupação com os atos de violência, desrespeito e esbulho possessório promovidos pro esse movimento”, complementou.

A presidente da CNA reafirmou que um dos alvos da investigação da CPI Mista diz respeito ao repasse de recursos a entidades ligadas ao movimento, conforme denúncias da edição de 2 de setembro da revista Veja, que revelou que quatro organizações consideradas como as principais financiadoras do MST receberam, nos últimos anos, R$ 43 milhões de recursos públicos e R$ 20 milhões do exterior. “O MST quer mostrar que não tem limite, que recebe dinheiro público ilegalmente, invade terra e nada acontece. Queremos investigar o que acontece realmente nos bastidores do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da reforma agrária”, afirmou.
Kátia Abreu também voltou a cobrar do governo um posicionamento mais firme com os movimentos sociais que promovem invasões e prejudicam a atividade rural. Ela avaliou que o governo deve adotar posição clara contra as ações promovidas pelo movimento. “Não estamos vendo pulso firme e forte no sentido de puni-los. Pelo contrário, vemos o governo trabalhar duro para esvaziar a CPI como se estivessem mandando um recado ao MST de que eles têm proteção e eles acham que podem tudo”, alertou a presidente da CNA.

A senadora reiterou ainda que o agronegócio contribuiria “muito mais” para a economia do País se não fosse os conflitos fundiários enfrentados pelos produtores. “Não é possível mais que um segmento que colabora com um terço do PIB, um terço dos empregos, um terço das exportações, que mantém a balança comercial superavitária possa viver nesta insegurança. Não se destrói a galinha dos ovos de ouro. Imagina o quanto poderíamos fazer se tivéssemos mais tranqüilidade para produzir”, disse.

Assessoria de Comunicação da CNA
Telefone: (61) 2109 1411
www.canaldoprodutor.com.br

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