sábado, 8 de outubro de 2011

Mais cordeiros no pasto


Com ascensão notável nos últimos meses, tanto no preço da carne quanto no valor da lã, os ovinos consolidam-se cada vez mais como um ótimo negócio para o produtor. O clima favorável em período de parição que começou em agosto foi o principal fator para os índices de mortalidade caírem em relação a 2010. Se no ano passado propriedades chegaram a registrar cerca de 40% de mortalidade perinatal, este índice, em 2011, em média, não passa de 10% em propriedades com manejo adequado, principalmente na região Central, Campanha e Fronteira Oeste do Estado.
Fatores climáticos são determinantes para um cordeiro recém-nascido vingar, lembra o assistente técnico da área de criação da Emater, Fábio Schlick. Mas, neste ano, uma série de fatores contribuíram para os exemplares não morrerem. Schlick reforça que, como ano passado, muitas mães perderam seus filhotes, na época de reprodução – entre março e abril – estavam em melhores condições para gestação. O verão seco também contribuiu, destaca o especialista, porque diminuiu a infestação de parasitas nos ovinos.
– Por fim, na época de parição, a partir de agosto, não houve muita chuva. Ovelhas odeiam chuva e o vento mata os filhotes. Por isso, é necessário proteger bem os animais em época de parição. O clima contribuiu – explica o especialista.
Sabendo bem que os mínimos detalhes fazem a diferença na hora de salvar um cordeiro, Paulo Sérgio Soares tem um galpão de parição, perto da sede da Cabanha Espinilho, em Bagé. A proteção dos animais é prioridade. Investimento em genética também. Soares consegue ter em seu rebanho corriedale várias gestações gemelares, com índices de nascimento em 115%:
– O índice de mortalidade neste ano ficou em 5%. Ainda assim, fico com 110% de nascidos vivos, que se criam. Cuidados de manejo e sanitários são fundamentais.
Índices menores de mortalidade significam mais ovinos no mercado. O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, Paulo Schwab, acrescenta que um trabalho de conscientização do produtor está sendo feito para evitar o descarte de fêmeas, para aumentar o rebanho e atender à demanda interna de consumo de carne, crescente a cada ano.
Em alta
Em propriedades com manejo correto dos exemplares, os índices de mortalidade perinatal de ovinos, neste ano, ficam, em média, em 10%. No ano passado, essa proporção chegou a 40%. O preço médio do quilo do cordeiro (para produção de carne) está em R$ 4,30. No ano passado, a média ficou em R$ 4. O preço da lã de corriedale, no caso das lãs mais finas, está chegando a R$ 14 o quilo. No ano passado, a média ficou em R$ 3,80.
Tarde de campo
Em discussão: peculiaridades na parição dos ovinos em setembro (com acasalamento em abril) e produção de cordeiros
O que: tarde de campo
Onde: Embrapa Pecuária Sul- Bagé, BR-153, km 603
Quando: dia 19
Informações: (53) 3240-4650

Autor: Marina Lopes. Fonte: Zero Hora

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