quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Agricultura em xeque

O Globo
O Fórum Econômico Mundial começa hoje em Davos, na Suíça, tendo como um dos temas principais o apoio à agenda do G-20 — grupo que reúne as principais economias do mundo, entre as quais a do Brasil —, e como principal orador o presidente da França, Nicolas Sarkozy, que também preside o G-20. Ele apresentou na segunda-feira, em Paris, uma agenda de discussão que nos interessa diretamente, pois tem como objetivo central a regulação do mercado internacional de commodities, especialmente os produtos agrícolas.
A economia brasileira tem apresentado bons resultados principalmente devido ao apetite da China por commodities, o que tem feito os preços subirem.
Além do mais, o Brasil é dos maiores exportadores de produtos agrícolas, e teria seus interesses atingidos por uma regulação mundial de preços. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, já afirmou que o país não aceita nenhuma regulação que vise a controlar os preços.
O presidente francês está centrando seu programa de ação no G-20 no apoio dos países europeus, e designou três líderes para coordenarem os trabalhos.
O presidente da Rússia, Dmitri Medvedev — que seria o orador da abertura do Fórum e cancelou sua viagem devido ao atentado no aeroporto de Moscou —, vai coordenar o grupo de trabalho sobre o mercado de matéria-prima, com especial atenção aos produtos agrícolas.
Um dos objetivos seria organizar uma estatística mais transparente sobre os estoques e o consumo, a fim de evitar especulações que elevam os preços.
Essa tarefa ficaria a cargo da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). A Índia e a China resistem a divulgar informações que consideram “estratégicas”, ao mesmo tempo em que Brasil e Estados Unidos se preocupam com movimentos que podem produzir críticas à produção dos biocombustíveis, acusada de ocupar terras que poderiam ser usadas para produção destinada à alimentação. 

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