segunda-feira, 1 de março de 2010

Kátia Abreu apresenta ações do sistema CNA/SENAR a lideranças sindicais

A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Conselho Deliberativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), senadora Kátia Abreu, apresentou nesta segunda-feira, 1º de março, os principais projetos que estão sendo feitos durante sua administração a presidentes e representantes de 50 sindicatos rurais do Tocantins. A iniciativa faz parte do programa Campo vai à CNA, lançado hoje com o objetivo de aproximar lideranças sindicais do Sistema, composto pela CNA, SENAR e Instituto CNA. Até quinta-feira (4/3), a entidade receberá também representantes do Rio Grande do Sul, Mato Grosso e Goiás. Nos meses seguintes, lideranças de outros estados virão a Brasília para conhecer mais sobre o funcionamento do Sistema CNA.
Uma das ações relatadas pela senadora foi o Projeto Biomas, lançado na semana passada. Trata-se de uma parceria entre CNA e Embrapa para mostrar que é possível conciliar produção de alimentos e preservação do meio ambiente. A Confederação investirá R$ 20 milhões nos próximos nove anos. Para a senadora, esta iniciativa contribuirá também para as discussões sobre a atualização do Código Florestal a partir de embasamentos científicos e consistentes. “Estamos discutindo mudanças na legislação ambiental há 13 anos sem sucesso. Queremos propor uma solução para que todos possam produzir de forma correta achar, para mostrar que o produtor rural é o maior interessado na preservação ambiental”, disse Kátia Abreu aos presidentes de sindicatos.
A presidente da CNA também falou sobre o Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo. Este estudo foi lançado no mês passado e vai fazer um mapeamento da situação fundiária no país para identificar invasões e outros atos de desrespeito ao direito de propriedade, além mensurar os prejuízos causados por este problema nas regiões produtoras. O levantamento já identificou, por exemplo, que em  Mato Grosso há mais de dois milhões de terras em litígio, causando uma perda de R$ 4,6 bilhões em Produto Interno Bruto (PIB) para o Estado, deixando de gerar 13,6 mil empregos e de arrecadar R$ 874 milhões em tributos federais e estaduais. “O que queremos mostrar é que as invasões e os atos ilícitos prejudicam toda a sociedade”, salientou. Também estão sendo feitos levantamentos no Maranhão, Pará e Bahia, mas a ideia é que o Observatório tenha abrangência nacional.  
Kátia Abreu abordou, ainda, ações da entidade, que serão divulgadas futuramente, relacionadas à aplicação das normas trabalhistas, à educação no meio rural e as discussões junto ao governo para a viabilização de um novo modelo de política agrícola. Dentro deste debate, uma das propostas é a transformação do produtor rural em pessoa jurídica para dar maior transparência ao setor agropecuário, o que viabilizaria financiamentos a juros mais baixos. Ela informou também que a entidade está sendo protagonista na elaboração de um novo sistema de defesa sanitária animal e vegetal, para assegurar mais qualidade e competitividade aos produtos brasileiros. “Com sanidade assegurada, o selo social e o ambiental, obteremos a marca do alimento saudável”, enfatizou.
Foto: Wenderson Araújo

Kátia Abreu fala às lideranças sindicais do Tocantins
SENAR – Os presidentes e representantes dos sindicatos rurais do Tocantins presentes ao lançamento do Campo vai à CNA puderam conhecer algumas das várias iniciativas desenvolvidas pelo SENAR. Um dos programas mencionados pelo secretário executivo da instituição, Omar Hennemann, foi o programa Pequena Grande Empresa Rural, uma parceria com o SEBRAE Nacional para aprimorar a gestão das propriedades rurais de pequeno porte e para incentivar jovens a enxergarem oportunidades de negócios lucrativos nas fazendas. “O produtor precisa ter nos livros contábeis a mesma eficiência que ele tem para produzir”, frisou Hennemann. Ainda no contexto de gestão da propriedade, ele falou sobre o programa Com licença vou à luta, voltado para preparar as mulheres produtoras rurais para administrar seus negócios ou de suas famílias. Este já contempla 130 mulheres em seis estados: Alagoas (Arapiraca e Palmeiras dos Índios), Ceará (Jaguaribe e Barreira), Pará (Igarapé-Mirim e Rondon do Pará), Piauí Campo Maior e Teresina), Rio Grande do Sul (Três de Maio e Tupanciretã) e Tocantins (Araguaína e Pedro Afonso). Outro programa abordado na reunião foi o Sindicato Forte, idealizado na Bahia e que o SENAR está nacionalizando. O objetivo é promover o fortalecimento da estrutura dos sindicatos rurais. A iniciativa já foi implantada em Rondônia, Mato Grosso, Santa Catarina e Distrito Federal.
Foto: Wenderson Araújo

Omar Hennemann (em pé), secretário executivo do SENAR
Instituto CNA – Em sua exposição, o secretário executivo do Instituto CNA, Marcelo Garcia, fez um relato do estudo que está sendo feito para traçar um mapa da situação da educação rural no País, diante da inexistência de indicadores que avaliem a qualidade do ensino na zona rural. “O Prova Brasil, que avalia o desempenho nas escolas brasileiras, não era aplicado na zona rural e passou a ser depois que nós denunciamos”, afirmou. “A única preocupação que existe hoje é com o transporte da zona rural para as escolas e muitos alunos passem até quatro horas dentro de um ônibus para terem aula e o desempenho dele é muito inferior ao de um aluno da cidade”, justificou. O estudo deve ser divulgado no próximo mês. “É fundamental a participação dos sindicatos para enfatizar a importância da educação porque sem ela teremos dificuldade em combater a pobreza rural. Disponibilizar transportes apenas é um erro”, acrescentou. Garcia também falou sobre o Observatório das Desproteções Sociais do Campo, lançado no ano passado para identificar as principais carências da população do campo a fim de sugerir e discutir políticas públicas para a zona rural.
Acompanhados do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Tocantins (FAET), Ângelo Crema Marzola Júnior, as lideranças sindicais do Tocantins assistiram a palestras sobre a imagem do produtor junto à sociedade, feita pelo jornalista Heraldo Pereira, da TV Globo, e Comunicação Estratégica, tema bordado por Muriael Paiva, da empresa Talk. O superintendente gral da CNA, Daniel Carrara, falou sobre o Canal do Produtor, portal da CNA com informações para orientar o produtor rural na tomada de decisões para sua atividade. O superintendente técnico, Moisés Gomes, falou sobre o trabalho da Superintendência Técnica (SUT) e o acompanhamento dos projetos de leite de interesse do setor agropecuário no Congresso Nacional.
Foto: Wenderson Araújo

Kátia Abreu com presidentes de sindicatos rurais do Tocantins
 
Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109 1411/1419
www.canaldoprodutor.com.br

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