quinta-feira, 26 de março de 2015

Cuba está no Brasil para conhecer o sistema de produção agroindustrial nacional


 
 
 Presidente da CNA, João Martins da Silva Junior, recebe ministra da Indústria Alimentar de Cuba, Maria del Carmen / Foto: Wenderson Araújo
O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, recebeu, nesta quarta-feira (25/3), na sede da entidade, em Brasília (DF), a ministra da Indústria Alimentar de Cuba, Maria del Carmen Concepción. A representante do governo cubano realiza sua primeira visita ao Brasil para conhecer o modelo de produção agroindustrial brasileiro e o trabalho desenvolvido por associações e cooperativas de produtores rurais.
No encontro, o presidente da CNA falou sobre a relação entre setor primário e indústria a partir do o modelo integrado de produção, no qual produtores e indústrias firmam parceria para fornecimento de matéria-prima e industrialização da produção. Uma das atividades que mais utiliza este sistema é a avicultura, principalmente na região Sul do país. A ministra afirmou que Cuba está aproveitando o momento de abertura econômica do país para conhecer o sistema produtivo de outros países.
João Martins relatou, também, alguns dos desafios que o setor agropecuário precisa superar para que se torne ainda mais competitivo. Um deles é melhorar a renda do produto rural, ampliando o número de produtores que tenham escala comercial, a partir do trabalho de assistência técnica desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem (SENAR).
Em um primeiro momento, ele explicou à ministra que, em um primeiro momento, a meta do SENAR é capacitar 600 mil produtores rurais para migrá-los das classes D e E, consideradas as mais baixas e que produzem para sustento próprio, para uma faixa de renda melhor, para inseri-los na atividade comercial. Hoje, apenas 300 mil produtores são responsáveis por 80% do faturamento da atividade agropecuária.
Martins destacou, ainda, o trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), cuja tecnologia fez com que o Brasil deixasse de ser importador de alimentos para tornar-se autossuficiente na produção agrícola. A estatal, lembrou o presidente da CNA, foi a grande responsável por fazer do Cerrado a principal região produtora de grãos do país, transformando um solo pobre e ácido em extremamente fértil e apropriado para a atividade rural.
A balança comercial entre Brasil e Cuba teve, em 2014, superávit de US$ 360 milhões para os brasileiros. Do total das exportações para o país da América Central no ano passado, 72% foram provenientes do agronegócio. Os principais produtos embarcados foram óleo de soja, arroz e farelo de soja.

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