terça-feira, 13 de março de 2012

BNDES aprova R$ 389 milhões para eólicas


Imagem Interna
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou ontem um financiamento de R$ 389 milhões para a construção de cinco parques eólicos no Nordeste. Desse total, quatro serão erguidos no Rio Grande do Norte e um é projetado para a Bahia. Os projetos do RN receberão R$ 325,2 milhões - ou 83,59% dos recursos. O parque baiano ficará com os R$ 63,8 milhões restantes.

Além da construção, o dinheiro  do banco custeará os respectivos Sistemas de Transmissão associados, de acordo com informações divulgadas ontem.

Os parques terão capacidade instalada somada de 138 Megawatts (MW) e são controlados pela Neoenergia e pela Iberdrola Renováveis do Brasil. Os projetos foram vencedores do Leilão de Fontes Alternativas de 2010 e integram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Banco participará com 67,8% dos investimentos totais, de R$ 573,6 milhões, que viabilizarão 1,8 mil empregos diretos e indiretos durante as obras, nos dois estados.

RN

No Rio Grande do Norte, os quatro parques representarão um investimento total de R$ 453,35 milhões, dos quais  R$ 325,2 milhões serão financiados. A capacidade instalada dos projetos será, somada, de 108 MW.

Dois parques - o Calango 2 e o Calango 3 - abrangem os municípios de Bodó, Santana do Matos e Lagoa Nova e terão 30 MW cada. O Calango 2 demandará R$ 114,26 milhões em investimentos e o Calango 3 R$ 125,17 milhões. Os parques receberão, respectivamente, R$ 82,75 milhões e R$ 90,2 milhões do banco.

Outro projeto, batizado Arizona 1, será implantado na região litorânea de Rio do Fogo, adjacente ao Parque Rio do Fogo, do grupo Iberdrola. Serão 28 MW. O investimento previsto é de R$ 122 milhões, dos quais R$ 86,95 milhões financiados. Outro parque, o Mel 2 - que vai custar R$ 91,53 milhões - conseguiu aprovar R$ 65,3 milhões no banco. O parque será implantado na região litorânea de Areia Branca, distante 288Km de Natal. O projeto baiano, por sua vez, será construído no município de Caetité, situado em uma região de planalto da Bahia.

No Rio Grande do Norte, os investidores terão prazos de pagamento entre 207 e 216 meses. Sobre o financiamento incidem a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), que está em 6% ao ano, além de uma taxa de risco que varia de acordo com o projeto e uma taxa de juros de 0,9% ao ano - a mais baixa oferecida pelo BNDES, segundo a assessoria de imprensa.

De acordo com informações do BNDES, os parques demandarão 58 aerogeradores à Gamesa, fornecedora instalada na Bahia.

Setor impulsiona resultados do banco no RN

O setor de energia foi a principal alavanca dos financiamentos do BNDES no ano passado, no Rio Grande do Norte. Os desembolsos do banco para o segmento de eletricidade e gás, que inclui os projetos do setor, somaram R$ 799,6 milhões no período, representando 54,36% do valor total desembolsado no estado, de R$ 1,47 bilhão. O montante destinado à área que engloba energia também significou um crescimento de 547%, na comparação com 2010. Os números foram divulgados na última terça-feira pelo banco.

De forma global, o R$ 1,47 bilhão desembolsados no RN, para os diversos setores, representaram uma expansão de 82,5% sobre o valor alcançado no ano anterior.

O  crescimento  nas  liberações foi puxado,  sobretudo,  pelo desempenho do setor de comércio e serviços, que engloba os projetos de energia. Também se destacaram, de acordo com informações da instituição financeira, os setores de arte, cultura e esporte, para  os  quais foram desembolsados R$ 80,1 milhões (em 2010, tinha recebido apenas R$ 500 mil); o de construção, que teve acesso a R$ 79,1 milhões (85% a  mais); e o de transporte terrestre, para o qual o Banco liberou R$ 149,5 milhões (15% a mais). Para micro,  pequenas e médias empresas, houve um incremento de 78% no volume  de  recursos  liberados  para  esse  segmento, saltando de R$ 260,9 milhões em 2010, para R$ 465,3 milhões no ano passado.

NORDESTE

O  Nordeste foi a única Região do País em que os desembolsos do BNDES cresceram  em  2011,  na  comparação com o ano anterior. Enquanto em 2010 o Banco  liberou  para  a  Região  R$  17,2 bilhões em financiamentos - no ano passado  os  recursos  liberados somaram R$ 18,8 bilhões - um incremento  de  9%.   Os investimentos de energia estão entre as alavancas dos números.

No país, a liberações para o setor atingiram, no ano passado, R$ 5,1 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões de financiamentos do BNDES. Os projetos representaram um acréscimo de 1.160 MW à matriz energética brasileira, divididos em 38 parques eólicos, de acordo com informações divulgadas pelo banco. Os cinco projetos que tiveram financiamentos anunciados ontem foram os primeiros do setor aprovados este ano.


Fonte: Tribuna do Norte

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