segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Faern participa de viagem e observa bons exemplos de agricultura irrigada e cadeia do leite


Imagem Interna
Uma verdadeira ilha de produtividade e sucesso. É essa imagem que salta aos olhos de quem tem o privilégio de viajar para o estado do Ceará e conhece o trabalho desenvolvido pela equipe e direção da Fazenda Flor da Serra, de propriedade do empresário Luiz Girão, localizada no Perímetro Irrigado do Dnocs, na Chapada do Apodi – município de Limoeiro do Norte.

Foi nesse local que na última quinta-feira (09), o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José Álvares Vieira, acompanhado do presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Lajes, César Militão, participaram do Dia de Campo organizado pela Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara Federal, e que contou com a participação de diversas autoridades do setor rural e dos deputados federais Raimundo Gomes de Matos (presidente da comissão); Domingos Sávio (vice-presidente da comissão).

Na oportunidade, os presentes acompanharam o processo de produção de silagem, a partir do milho com a espiga, um dos mais modernos da América latina, com uso de colhedora de forragem, autopropelida, destinado preferencialmente a ração para alimentação de bovinos, nas propriedades produtoras de leite.

 Também foi mostrada a produção de leite, por meio de moderno sistema de ordenha mecanizada, inseminação artificial, além de eficiente programa de gestão, incluindo-se o pastejo rotacionado e irrigado por pivô central. “Numa área arrendada de 2.500 hectares, no perímetro irrigado, produzir semanalmente 7.500 toneladas de silagem, quantidade suficiente para alimentar um rebanho de 30(trinta) mil bovinos é algo incrível. E mais incrível ainda por ser vizinho de áreas totalmente tomadas pela seca brava”, ressaltou o presidente da Faern, José Vieira.

“O RN deveria se espelhar nesse bom exemplo”

Na visita também foi conhecido o modelo inovador de produção leiteira desenvolvido pela Fazenda Flor da Serra. Utilizando um modelo contratual semelhante ao sharemilker neozelandês (com parceiros que trabalham na propriedade e recebem uma porcentagem do lucro em troca do trabalho) e um sistema de produção basicamente utilizando pasto irrigado e rebanho mestiço, a propriedade consegue produzir leite com custo operacional de R$ 0,50 pelo litro.

O segredo começa no sistema de produção, em que as vacas pastejam os capins tifton (principalmente), tanzânia e crioulo, recebendo como complemento 1 kg de ração para 3,0 kg de leite, chegando a 4 kg em alguns momentos. O objetivo é reduzir ao máximo a suplementação e o custo dela - com a melhoria do manejo de pastagens. O teor de proteína bruta da ração foi reduzido de 22% para 17%, resultando em economia de custos. “É um verdadeiro oásis de produtividade e trabalho eficiente. Um modelo totalmente novo e que poderia ser analisado pelos nossos técnicos governamentais. O RN deveria se espelhar nesse bom exemplo e tentar algo parecido”, explicou o presidente do Sindicato dos Produtores de Lajes, César Militão.

De acordo com o presidente da Federação da Agricultura, José Vieira, os técnicos do governo estadual poderiam planejar uma viagem para Limoeiro do Norte e analisar a viabilidade das idéias do Ceará. “Acredito que eles ficariam encantados com o projeto e poderiam trazer algo para cá. E um bom começo poderia ser nas propriedades que compõe o projeto do Baixo - Açu II. Acredito que a região ganharia e a nossa economia teria os bons resultados que o estado vizinho já possui”, comentou Vieira.

Além do presidente da Faern e do presidente do Sindicato dos Produtores de Lajes, participaram do Dia de Campo os deputados federais que compõem a Comissão de Agricultura e Pecuária da Câmara Federal, o deputado estadual Hermínio Resende, presidente da  Comissão de Agropecuária da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec) Flávio Viriato Saboya,  Diretor Geral do Dnocs Émerson Fernandes, o gerente regional da Ematerce Baixo Jaguaribe, Benício Diógenes da Silva, o gerente do escritório da Ematerce, em Limoeiro do Norte, Antônio Oliveira de Almeida, e representantes das Federações da Agricultura do Piauí, Maranhão e Alagoas.

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