sexta-feira, 13 de julho de 2012

Preço da ração, custo do milho e soja, impactam diretamente na produção


A elevação no preço dos insumos, da mão de obra, dos gastos com logística, comuns no setor industrial, já afetam também o agronegócio brasileiro. Para tentar amenizar um pouco os prejuízos da suinocultura, foi debatido pela tarde entre representantes do Ministério da Agricultura e suinocultores ações que envolvem a negociação de dívidas de custeio e investimento, a disponibilidade de linha de crédito mais barata para a compra de leitões vivos, entre outras ações. O custo elevado da produção é o que mais afeta o setor de suinocultura no momento, especialmente em rações, motivado pelo preço do milho e da soja, que são componentes principais do insumo. Aliado a isso, o embargo russo e as restrições impostas pelo governo argentino são responsáveis pelo excesso de oferta que derrubou os preços da carne suína no mercado interno.
O Ministério da Agricultura  está atacando esses problemas negociando com a Rússia, reabrindo o comércio com os argentinos e anunciando medidas pontuais para alavancar o setor. No entanto, são problemas que devem ser atacados, mas que não serão resolvidos no curto prazo. A alta das commodities no cenário internacional ameniza a situação, que, no entanto, piorou diante da quebra de produtividade por causa do clima, especialmente no Sul. Outro agravante, o déficit de armazenagem no país e a elevação nos preços dos fertilizantes, no último ano também interferem nos custos.
Esse cenário sobrecarrega o produtor que recebe hoje R$ 1,60 por quilo do suíno, em média, enquanto o custo de produção é de R$ 2,50 ou seja R$ 0,90 de prejuízo por quilo de animal. Uma matriz produtiva na propriedade tem um custo de R$ 800, e se for comercializada, o produtor receberá R$ 250. Foi com o objetivo de minimizar esse impacto que o Mapa anunciou as medidas e promete novas ações em concordância com o Ministério da Fazenda.
Fonte: MAPA
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