sábado, 19 de maio de 2012

Em coletiva de imprensa, entidades rurais pedem melhorias ao Governo estadual


Imagem Interna
Barreiras impostas pelo estado de Pernambuco e um rebanho ilhado. Declínio do Programa do Leite. Seca dizimando animais e acabando com a economia de pequenas cidades. Esses e outros temas foram apresentados para a imprensa potiguar na tarde de sexta-feira (18), pelas principais entidades agropecuárias do Rio Grande do Norte, em coletiva na sede da Federação da Agricultura.

O evento, promovido pela Anorc, Ancoc, Sinproleite e Faern, pretendeu alertar a opinião pública sobre os males da seca no interior e o problema da febre aftosa (com as barreiras levantadas por Pernambuco com relação aos produtos animais do RN). Também serviu para cobrar um melhor posicionamento da administração estadual sobre o preço pago aos produtores rurais que fornecem leite para o Programa do Leite. “Foi o nosso grito de alerta. O pedido para que o Governo observe a realidade do interior e faça algo por ela. A febre aftosa e as barreiras levantadas pelo estado de Pernambuco são apenas dois dos problemas. A seca que está acabando com o nosso rebanho é outro muito grave. E se nada for feito, nos próximos meses veremos um quadro devastador nas zonas rurais, não somente com a morte de animais, mas com a economia de municípios em frangalhos”, alertou o presidente da Federação da Agricultura do RN, José Álvares Vieira.

De acordo com o agropecuarista e presidente do Sinproleite, Marcelo Passos, a intenção de convocar a imprensa foi de fazer ecoar o pedido de inúmeros produtores rurais. “Com os jornais e as equipes de TV, queremos que toda a sociedade tome conhecimento do quadro geral da atividade produtiva nesses últimos tempos. Queremos mostrar a realidade de uma imensa parcela da população que está sofrendo com os efeitos catastróficos da seca e também mostrar para todos o descaso do Governo estadual com os produtores rurais”, ressaltou Passos.

Idiarn

De acordo com José Vieira, da Faern, a coletiva também serviu para os integrantes do agronegócio pedirem a nomeação do novo presidente do Idiarn. “Já faz mais de 60 dias que o Instituto está sem direção. Essa notícia, em uma época como essa, com barreiras impostas contra o nosso rebanho, é muito grave”, explicou o presidente da Federação da Agricultura.   

De acordo com produtor rural Gustavo Rocha, o problema do Idiarn reflete vários outros no que toca a relação entre Governo e agropecuaristas. “É triste observar toda essa problemática e saber que o governo nada faz. O Idiarn sem direção é a prova concreta da inoperância governamental com relação ao campo potiguar”, finalizou o produtor.

 Boas notícias

Na coletiva para os jornalistas, o presidente da Federação da Agricultura trouxe uma boa notícia com a confirmação, via Ministério da Agricultura, do pleito encaminhado pela Faern ao órgão governamental. No pedido, a Federação da Agricultura do RN defendia que o Governo federal diminuísse, nesse período de seca, os preços cobrados nos balcões da Conab pelos insumos.

De acordo com Vieira, o Diário Oficial da União publica na próxima segunda-feira (21) portaria interministerial que autoriza a venda, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), da saca de 60 kg de milho aos agricultores familiares (Pronaf) a R$ 18,00 e a R$ 21,00 para os pequenos e médios produtores rurais do estado. “Com essa seca terrível, o Governo federal teve a sensibilidade de ouvir o pedido dos inúmeros produtores do RN e baixou esses preços. Com essa medida, poderemos respirar um pouco melhor e conseguir comprar os insumos com preços diferenciados”, finalizou o presidente da Faern.
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