Consolidar e ampliar a
participação dos produtos agropecuários brasileiros no crescente mercado
consumidor chinês, além de atrair investimentos públicos e privados da
China para a infraestrutura do País, em especial para logística de
transporte e armazenagem da produção. Esses são dois dos objetivos da
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) ao inaugurar, na
próxima quarta-feira (14/11), o escritório de representação da entidade
em Pequim.
E nesta sexta-feira (09), às 14h, o presidente da
Federação da Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern), José
Álvares Vieira, acompanhado dos presidentes das Federações de
Agricultura do Mato Grosso e do Amazonas, e da senadora Kátia Abreu,
presidente da CNA, viajam para esse importante compromisso. “Com o
escritório de Pequim, que se juntará aos já existentes em Bruxelas e
Washington, consolidamos a força de nosso agronegócio no mundo e abrimos
mais um canal de interação entre os nossos produtores rurais e as
economias mais pujantes do globo”, afirmou José Vieira.
“Até
2015, segundo estudos, cerca de 250 milhões de chineses devem ascender
para a classe média, ampliando de forma significativa a demanda local
por alimentos. Essa é uma oportunidade para o Brasil, que tem condições
de produzir mais de forma sustentável para abastecer esse mercado com
lácteos, carnes e produtos agropecuários de maior valor agregado”,
ressaltou a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, que lidera a
comitiva da entidade no país asiático.
Barateamento do preço final
Além
de intensificar as relações comerciais com a China e com outros
mercados regionais prospectados a partir do escritório de Pequim, a meta
da CNA é identificar oportunidades para investimentos diretos em
infraestrutura no Brasil, especialmente de logística, e em outras áreas
estratégicas para a armazenagem e o escoamento da produção agropecuária
nacional. “Os investimentos nessa área vão reduzir os custos de
transporte, barateando o preço final dos produtos vendidos para o
mercado chinês”, argumenta a presidente da CNA.
Outro
trabalho a ser desenvolvido pela CNA na China é a aproximação entre
fornecedores brasileiros e importadores chineses, permitindo, assim, a
intensificação das relações comerciais. As exportações do Brasil para a
China têm crescido desde 2002, reflexo do ingresso do país asiático na
Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas as vendas estão concentradas
no complexo soja. A presidente da CNA defende a diversificação da pauta
de exportação. “Em 2011, o Brasil enviou cerca de 22,1 milhões de
toneladas de soja em grãos para a China, mas podemos vender, além da
soja, outros produtos que são consumidos pelos chineses”, avalia.
Para
viabilizar essa meta, a comitiva da CNA deve se reunir, em Pequim, com
representantes da Administração Geral de Supervisão de Qualidade,
Inspeção e Quarentena (AQSIQ) e de empresas importadoras de carnes.
“Vamos detalhar a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), apresentando o
modelo brasileiro que garante a qualidade dos produtos agropecuários
exportados e consumidos no mercado interno”, afirma a senadora Kátia
Abreu. Também estão previstos encontros com empresários chineses que
investem em silvicultura, atividade de grande potencial no Brasil. A
agenda da comitiva da CNA na China inclui, ainda, uma visita na
sexta-feira (16/11), à FHC China 2012, um das principais feiras de
alimentos do mundo.
Escritório – O escritório da CNA na China
fica no Centro de Negócios da Apex-Brasil na China - room 1303-1305,
Office Tower I, China Central Place, 81 Jianguo Road, Chao Yang
District, Pequim.
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