quinta-feira, 26 de julho de 2012
Aposentadoria de segurado especial vai mudar
O governo pretende mudar o sistema de
aposentadoria de agricultores familiares, conhecido como segurado
especial. Hoje, o beneficiário que decide abrir uma agroindústria perde o
direito ao pagamento, mesmo que continue exercendo a atividade que
confere o status de segurado. Por esse motivo, muitos produtores rurais
se mantêm na informalidade ou não arriscam agregar valor de sua
produção.
Os Ministérios do Desenvolvimento Agrário
e da Previdência vão encaminhar um projeto de lei que permitirá aos
produtores abrir um Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) sem
perder o benefício. Hoje, existem 7,5 milhões de segurados especiais em
todo o país. "Queremos encontrar meios para mudar a legislação e devemos
apresentar uma alternativa a esse problema. Nosso objetivo é agregar
valor na atividade da agricultura familiar e para isso, o melhor caminho
é processar o alimento do que vender in natura", disse o ministro do
Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.
Os segurados especiais são os
trabalhadores rurais que produzem em regime de economia familiar, sem
utilização de mão de obra assalariada. Também são incluídos nessa
categoria cônjuges, companheiros e filhos maiores de 16 anos que
trabalham com a família em atividade rural. Da mesma forma, entram na
categoria o pescador artesanal e o índio que exerce atividade rural e
seus familiares.
Ainda em seus últimos ajustes pelo
governo, o produtor deverá seguir uma exigência principal, a manutenção
da atividade rural que conferiu ao produtor o status de segurado social.
Ao abrir uma agroindústria de conservas, por exemplo, ele não poderá
deixar de produzir para comprar o produto e apenas processá-lo. Caso
queira o produto, será autorizado a comprar um excedente para
complementar sua produção, mas as quantidades ainda estão sendo
discutidas. "Se um produtor abre uma agroindústria e deixa de produzir
ele vira empresário e perde seu benefício", disse uma fonte do
Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Em termos de arrecadação, o impacto será
levemente positivo, já que o segurado especial continuará contribuindo
como segurado especial e, ao formalizar seu negócio, passará a
contribuir dentro do Simples. "Essa medida reduz a informalidade e
aumenta a produtividade, porque ao sair da economia informal, o segurado
poderá investir na sua produção, podendo beneficiá-la", disse o
secretário de Políticas de Previdência Social do Ministério da
Previdência, Leonardo Rolim.
Assim, caso o segurado especial se torne
também um empresário, ele continuará com a contribuição de 2% ao INSS
mais a que ele fará pela empresa, dentro do quadro do Simples. "E a
mudança permite que os agricultores aumentem sua renda com segurança. Se
a empresa der errado, ele continua com a segurança do benefício rural",
disse Rolim.
Uma fonte do Ministério do
Desenvolvimento Agrário que participa da elaboração do texto avalia que a
legislação de hoje pune quem é empreendedor e desestimula a criação de
empresas. "A legislação atual é burra. Hoje, o agricultor familiar que
está pensando em investir mais é desestimulado", explicou.
Fonte: Valor Econômico
Energia eólica – Palestra movimenta produtores rurais
Em 2009, a Empresa Brasileira de
Pesquisa Energética divulgou que o Rio Grande do Norte era o estado mais
promissor na geração de energia eólica em todo o País. O bom resultado
foi confirmado com os leilões promovidos pela empresa e que aprovaram o
RN com 64 projetos, que resultarão em uma produção de mil megawatts de
energia eólica nos próximos anos e seis mil empregos diretos.
E
foi para tratar desses números positivos e da história da energia
eólica no Brasil, que nesta terça-feira (24), a sede da Federação da
Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Norte (Faern) recebeu a palestra
“Micro geração de energia eólica”, apresentada pelo diretor da empresa
Canoas eólica, Egberto Neves, e pelos pesquisadores do Instituto
Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Lindolfo Araújo Filho e Paulo
Donizete.
Na conversa, diversos produtores rurais do estado
puderam acompanhar as idéias e os novos projetos do segmento eólico e da
possível participação desses produtores no boom da energia limpa.
“Hoje, a energia eólica é vista como uma das mais promissoras fontes de
energia renovável, constituindo uma alternativa para diversos tipos de
demanda. Principalmente nas zonas rurais”, afirmou Egberto Neves.
De
acordo com o presidente da Faern, José Álvares Vieira, a palestra é
importante para conscientizar os produtores do seu papel nesse novo
mercado que se abre. “Acredito que muitos sairão daqui com outra visão
sobre a energia eólica. Um novo olhar para esse mercado que se abre e
que poderá trazer bons frutos para a classe dos produtores rurais”,
afirmou Vieira.
Adequado para zonas rurais
Na
reunião, os palestrantes explicaram as vantagens dos aerogeradores de
pequeno e médio porte, com alta tecnologia para a média de ventos de
10m/s. “O grande interesse por fontes renováveis está relacionada à
segurança energética, a redução de gases do efeito estufa e também as
novas perspectivas de atividades econômicas. E acredito no potencial dos
produtores potiguares. É por isso que os nossos aerogeradores são
feitos sob medida para esse público. afinal, eles são totalmente
adequados para operar nas zonas rurais mais afastadas e sem rede de
energia elétrica”, afirmou Lindolfo Filho.
No encontro, os
palestrantes também comentaram sobre as vantagens do aerogerador. “Ele
possui um alto rendimento, tem um custo adequado para os produtores, um
designer bonito, robusto e durável, e possui a qualidade de acumular
energia por mais tempo”, resumiu Egberto Neves.
Cosern desenvolve atlas da energia eólica
Entre
2002 e 2003, a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern),
mapeou o RN e produziu um atlas com os pontos mais importantes para quem
deseja investir na energia eólica do estado.
Na pesquisa, o
litoral potiguar, com extensão de 400 quilômetros, foi destacado como a
área que mais concentra projetos de parques eólicos. No texto da Cosern,
a faixa apresenta uma grande área de dunas e formações arenosas,
orientadas segundo a direção dos ventos alísios.
terça-feira, 24 de julho de 2012
Entidades rurais e Sebrae debatem com a governadora os rumos do Programa do Leite
No final da tarde desta
segunda-feira (23), a governadora Rosalba Ciarlini se reuniu com
dirigentes de entidades rurais do estado e com o Conselho Deliberativo
do Sebrae/RN para tratar de temas que envolvem a bacia leiteira
potiguar, a isenção de ICMS para a indústria leiteira e os rumos do
Programa do Leite.
Na conversa, a governadora ouviu o pleito
das entidades, que desejam um aumento no valor pago aos produtores
rurais que fornecem leite para o programa governamental (passando dos
atuais R$ 0,93 para R$ 1,00 pelo litro de leite) e o fim das
especulações sobre a compra de leite em pó para o incremento no Programa
do Leite.
De acordo com o presidente da Faern, José Vieira,
esses dois pontos são fundamentais para as entidades rurais. “Acredito
que toda a sociedade sabe da importância do Programa do Leite e dos seus
benefícios para a cadeia produtiva e para a população carente. E também
deve saber sobre a dificuldade que é produzir no meio dessa seca brava e
com insumos aumentando todos os dias. É por isso que pedimos um preço
justo para os produtores de leite. Somado a isso, também pedimos o fim
dessa possível compra de leite em pó para suprir a demanda do programa.
Com essa alternativa, a cadeia leiteira e os seus inúmeros produtores é
que perderão”, ressaltou Vieira.
Comissão formada
Na
reunião com Rosalba Ciarlini, as entidades e o Governo decidiram formar
uma comissão que deverá analisar os próximos passos do Programa do
Leite e o possível aumento no preço pago pelo litro de leite aos
produtores. A primeira reunião do grupo (formado pela direção da Faern,
Anorc, Sinproleite, Sindileite e secretarias do governo) deverá ocorrer
nesta quarta-feira (25) na sede da Secretaria de Agricultura do RN
(Sape), às 09:00h.
De acordo com o presidente da Federação da
Agricultura, essa comissão analisará também outros pontos tocados na
reunião desta segunda-feira com a governadora. “Iremos conversar sobre a
compra do bagaço de cana para incrementar a alimentação de nosso
rebanho e também sobre a isenção de ICMS para as indústrias leiteiras”,
explicou José Vieira.
Na reunião desta segunda-feira (23), os
dirigentes de entidades rurais também entregaram para a governadora um
documento com pedidos e apontamentos de melhorias para o setor rural. “É
a nossa contribuição. As nossas sugestões e o pedido de uma maior
valorização do homem do campo”, resumiu o presidente da Anorc, José
Teixeira Júnior.
A reunião, que foi proposta pelo presidente
do Conselho do Sebrae, Silvio Bezerra, contou com a presença do
presidente da Fiern, Amaro Sales, do superintendente do Sebrae no
estado, Zeca Melo, do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária
do RN (Faern), José Álvares Vieira, e de outros dirigentes de entidades
rurais e membros do Conselho Deliberativo do Sebrae.
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