sábado, 8 de outubro de 2011

CNA defende capacitação de técnicos para atuar na cadeia produtiva


O Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) e a Embrapa Caprinos e Ovinos, filial da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), devem iniciar até o fim do ano um processo de capacitação na área rural com o objetivo de ampliar o quadro de profissionais que atuam na ovinocaprinocultura. O tema foi discutido nesta quinta-feira (6/10), na reunião da Comissão Nacional de Caprinos e Ovinos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Um dos pontos abordados no encontro, que tem preocupado os produtores, é a falta de mão de obra qualificada no setor, o que prejudica a qualidade da produção de carne, leite e outros derivados destes animais. A idéia é capacitar instrutores e multiplicadores, por meio das administrações regionais do SENAR, em cursos presenciais e à distância, para todas as fases de produção dentro das propriedades.
“É um passo fundamental dentro do processo de reestruturação da cadeia produtiva que discutimos há muitos anos”, disse o presidente da comissão, Edilson Maia. Segundo ele, esta iniciativa vai de encontro a um projeto de governança defendido pela CNA, outro tema debatido no encontro. Este projeto, que está sendo elaborado em parceria com a Universidade de Brasília (UnB), definirá as diretrizes para diagnosticar os principais problemas enfrentados pela cadeia produtiva de caprinos e ovinos no País, promovendo o aprimoramento da produção. Estas diretrizes serão feitas com base em um amplo estudo encomendado pela comissão apontando as principais carências da atividade. Outra proposta deste projeto é a busca de parcerias junto a outras instituições, como o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a própria Embrapa e entidades estaduais de pesquisa.    
O projeto foi apoiado por vários participantes da reunião, que também relataram algumas dificuldades que impedem o crescimento da atividade no Brasil. Segundo o presidente do Sindicato de Criadores e Caprinos e Ovinos do Distrito Federal (SINCCO-DF), Rogério Torkaski, um dos problemas no DF é o abate clandestino de matrizes. Nilson Paulo, da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (FARSUL), apontou a falta de assistência técnica aos produtores como um dos fatores que dificultam o desenvolvimento da cadeia produtiva. Também no encontro, foi apresentado relatório de visita de uma missão técnica, composta por representantes da CNA, SENAR e SEBRAE, a fazendas no Rio Grande do Sul para conhecer o modelo de produção de carne e lã desenvolvido nestas propriedades. Os membros da comissão discutiram, ainda, o custo de implantação de um abatedouro de ovinos.  
Assessoria de Comunicação CNA
Telefone: (61) 2109 1411/1419
www.canaldoprodutor.com.br

Mais cordeiros no pasto


Com ascensão notável nos últimos meses, tanto no preço da carne quanto no valor da lã, os ovinos consolidam-se cada vez mais como um ótimo negócio para o produtor. O clima favorável em período de parição que começou em agosto foi o principal fator para os índices de mortalidade caírem em relação a 2010. Se no ano passado propriedades chegaram a registrar cerca de 40% de mortalidade perinatal, este índice, em 2011, em média, não passa de 10% em propriedades com manejo adequado, principalmente na região Central, Campanha e Fronteira Oeste do Estado.
Fatores climáticos são determinantes para um cordeiro recém-nascido vingar, lembra o assistente técnico da área de criação da Emater, Fábio Schlick. Mas, neste ano, uma série de fatores contribuíram para os exemplares não morrerem. Schlick reforça que, como ano passado, muitas mães perderam seus filhotes, na época de reprodução – entre março e abril – estavam em melhores condições para gestação. O verão seco também contribuiu, destaca o especialista, porque diminuiu a infestação de parasitas nos ovinos.
– Por fim, na época de parição, a partir de agosto, não houve muita chuva. Ovelhas odeiam chuva e o vento mata os filhotes. Por isso, é necessário proteger bem os animais em época de parição. O clima contribuiu – explica o especialista.
Sabendo bem que os mínimos detalhes fazem a diferença na hora de salvar um cordeiro, Paulo Sérgio Soares tem um galpão de parição, perto da sede da Cabanha Espinilho, em Bagé. A proteção dos animais é prioridade. Investimento em genética também. Soares consegue ter em seu rebanho corriedale várias gestações gemelares, com índices de nascimento em 115%:
– O índice de mortalidade neste ano ficou em 5%. Ainda assim, fico com 110% de nascidos vivos, que se criam. Cuidados de manejo e sanitários são fundamentais.
Índices menores de mortalidade significam mais ovinos no mercado. O presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos, Paulo Schwab, acrescenta que um trabalho de conscientização do produtor está sendo feito para evitar o descarte de fêmeas, para aumentar o rebanho e atender à demanda interna de consumo de carne, crescente a cada ano.
Em alta
Em propriedades com manejo correto dos exemplares, os índices de mortalidade perinatal de ovinos, neste ano, ficam, em média, em 10%. No ano passado, essa proporção chegou a 40%. O preço médio do quilo do cordeiro (para produção de carne) está em R$ 4,30. No ano passado, a média ficou em R$ 4. O preço da lã de corriedale, no caso das lãs mais finas, está chegando a R$ 14 o quilo. No ano passado, a média ficou em R$ 3,80.
Tarde de campo
Em discussão: peculiaridades na parição dos ovinos em setembro (com acasalamento em abril) e produção de cordeiros
O que: tarde de campo
Onde: Embrapa Pecuária Sul- Bagé, BR-153, km 603
Quando: dia 19
Informações: (53) 3240-4650

Autor: Marina Lopes. Fonte: Zero Hora

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

CNA 60 anos ao lado do Produtor Rural Brasileiro

O que fazemos pelo Brasil

 
  • 70% de toda a produção abastece o mercado interno.
  • 30% vão para outros países.
  • Em 2010 exportou-se US$ 69 bilhões.
  • O Brasil produz 11 milhões de toneladas de arroz e 4 milhões de toneladas de feijão.
  • A safra de cereais, leguminosas e oleaginosas é de 161,5 milhões de toneladas em 2011.
  • A área a ser colhida é de 49 milhões milhões de hectares.
Fonte: CNA, IBGE e MAPA

O que a CNA faz
pelo produtor rural

  • Árvore

    Modernização do Código Florestal

    A CNA mobiliza os produtores rurais e trabalha no Congresso Nacional para atualizar o Código Florestal, que é de 1965. Fundamental para regularizar mais de 90% das propriedades rurais, reduzindo a insegurança jurídica no campo e adequando a legislação ambiental brasileira à realidade do País. Em abril deste ano de 2011, reuniu 25 mil produtores rurais, em Brasília, para defender a aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP), na Câmara dos Deputados. O texto foi aprovado em 24 de maio e, agora, a CNA continua firme ao lado dos produtores brasileiros em busca da aprovação no Senado Federal.
    Acesse o hotsite do Código Florestal e conheça nossa cartilha: Por que precisamos de um novo Código Florestal?
  • Homem no microfone fazendo um discurso.

    Revisão da Política Agrícola

    Uma política para o produtor rural e não para a produção. É para garantir maior estabilidade de renda e menos risco para os agricultores e pecuaristas que CNA trabalha na revisão da política agrícola brasileira. Desde 2008, a CNA debate e negocia com o Governo o projeto que cria o Cadastro Único do Produtor Rural, que vai facilitar a contratação de crédito, o seguro rural e a sustentação de preços.
  • Passeata com um cartaz 'Paz no campo'

    Segurança Jurídica

    Em 2010, a CNA liderou o Movimento Paz no Campo, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e protocolou documento ao Ministério da Justiça solicitando a criação de um Plano Nacional de Combate às Invasões de Terras. Criou o Observatório das Inseguranças Jurídicas no Campo para monitorar as invasões de terras em todo o País. Requereu à Advocacia Geral da União (AGU) o reconhecimento das orientações do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima, que estabeleceu conceitos inequívocos sobre Terra Indígena. Também solicitou que os mesmos parâmetros sejam adotados para as demais demarcações.
  • Paisagem com bastante verde, vista de cima

    Assuntos Fundiários

    A CNA solicitou ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) a prorrogação do prazo de exigência do georreferenciamento para propriedades rurais com menos de 500 hectares, definida pelo Decreto 5.570/2005.
  • Vaca

    Defesa Agropecuária

    A CNA firmou acordo de cooperação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para implementação do projeto da Plataforma de Gestão Agropecuária, que integra a emissão de Guia de Trânsito Animal (GTA) e o Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (SISBOV). Um piloto do projeto foi desenvolvido no Estado de Alagoas e, atualmente, estão sendo transferidas as bases de dados dos Estados para esta plataforma. Com este projeto, vamos dar transparência e desburocratizar o processo de certificação dos nossos produtos, que vão ganhar mais credibilidade no mercado externo.
  • Projeto Biomas

    O Projeto Biomas é uma parceria da CNA com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que busca soluções científicas para a produção sustentável de alimentos, a partir da reintrodução da árvore nas propriedades rurais do Brasil. A Pesquisa, que envolve 200 pesquisadores, será desenvolvida em áreas selecionadas nos seis biomas brasileiros. Cada área funcionará como uma vitrine tecnológica, que vai apresentar novas possibilidades de produção, onde a árvore será o elemento de preservação e geração de renda. O Projeto Biomas conta com o apoio da Monsanto, SEBRAE e John Deere.
     

Leilão da Conab oferta 79 mil toneladas de milho

Imagem Interna
Nesta quinta-feira (6/10), a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) realiza leilão de 79,04 mil toneladas de milho. O grão está dividido em três avisos: 405, que oferta 20,12 mil toneladas, com nove lotes destinados aos estados de Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso; 406, que oferta 58,42 mil toneladas distribuídas em dez lotes para os mesmos estados; e 407, com apenas um lote de 502 toneladas destinado ao estado do Rio Grande do Sul.


O evento é dirigido a avicultores, suinocultores, bovinocultores de leite e de corte, cooperativas de criadores de aves, de suínos e de bovinos de leite e de corte, indústria de ração para avicultura, suinocultura e bovinocultura, indústrias de insumo para ração animal e indústrias de alimentação humana à base de milho.  


Fonte: Revista Globo Rural Online

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Presidente da CNA destaca importância do Brasil como fornecedor mundial de alimento de qualidade e barato




A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou nesta terça-feira (4/10), em Bruxelas, na Bélgica, que a produção brasileira de grãos e de carnes precisará mais que dobrar até 2050, quando será preciso produzir alimento para uma população adicional de 2,3 bilhões de pessoas em todo o mundo, segundo estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O papel do Brasil nesse cenário é fundamental para garantir comida de qualidade e barata, que abasteça o mercado brasileiro e gere excedentes para exportação.
Durante o 5º Encontro Empresarial Brasil – União Européia, a senadora Kátia Abreu lembrou que os incrementos da produção nacional serão possíveis a partir de um quadro de segurança jurídica que garanta os investimentos necessários para o setor agropecuário e da adoção de tecnologias que aumentem a produtividade da agropecuária brasileira, sem a necessidade de abertura de novas áreas de produção. Lembrou, também, que a fome do mundo hoje é fruto da falta de renda e não da falta de alimentos. “As pessoas que passam fome hoje não têm renda suficiente para comprar alimentos”, afirmou. 
Ao participar do painel “Oportunidades de Investimento”, a presidente da CNA lembrou que o novo Código Florestal brasileiro, que está sendo discutido no Senado, não permitirá o aumento do desmatamento. A nova legislação apenas regulariza a situação dos produtores rurais, que estão em situação irregular em função das constantes mudanças da  lei ambiental. “Os produtores brasileiros ocupam apenas 27,7% do território nacional de 851 milhões de hectares com a produção de grãos, fibras e biocombustíveis e mantêm 61% do território preservado”, afirmou. A senadora Kátia Abreu afirmou que 70% da produção brasileira é destinada ao mercado interno e que 30% é exportada, vendas que fazem do Brasil um dos maiores exportadores de alimentos do mundo. 
Para os empresários e autoridades do Brasil e da União Européia que participam do encontro, evento da Cúpula Brasil - União Européia, a presidente da CNA afirmou que o Brasil precisa, também, solucionar as deficiências de infraestrutura de transporte, especialmente na região do Arco Norte do País, que dificultam o escoamento e encarecem o frete do setor agropecuário. A senadora Kátia Abreu enfatizou, ainda, a importância do agronegócio para a economia brasileira e lembrou que o setor tem sido responsável pela manutenção do saldo positivo da balança comercial nos últimos 10 anos. Só em 2010, o saldo foi de US$ 20,3 bilhões. 
A presidente da CNA destacou, também, as perspectivas de crescimento do setor sucroalcooleiro e da silvicultura, setores que também podem se desenvolver sem comprometer o meio ambiente. Explicou que, no caso da cana-de-açúcar, as áreas permitidas para o plantio estão distantes da Amazônia e que a expansão dos canaviais não representa nenhum risco à maior floresta tropical do mundo.  A senadora Kátia Abreu acrescentou que o Brasil vai cumprir, 10 anos antes do previsto, a meta assumida, em 2009, pelo governo brasileiro junto à Organização das Nações Unidas (ONU), de reduzir o desmatamento em 80% até 2020. “Não há dúvidas de que o grande negócio do Brasil é alimentar as pessoas e preservar o meio ambiente”, finalizou. 

Assessoria de Comunicação CNA

Marco regulatório para contratos de integração com agroindústrias

Renato Sinplicio, presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA



A necessidade de uma lei para regulamentação de contratos de integração entre produtores e indústrias reuniu, nesta quarta-feira (28/9), representantes dos segmentos de avicultura e suinocultura na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. O objetivo do encontro foi discutir propostas para a criação de um parâmetro legal na relação entre criadores e empresas para balizar as relações contratuais no sistema de integração vertical, no qual o produtor estabelece parceria com uma empresa para o fornecimento de animais para abate e industrialização. Atualmente, 95% dos suinocultores e praticamente 100% dos avicultores adotam este modelo. No entanto, não há a segurança jurídica necessária para a formalização destas parcerias.

Segundo o presidente da Comissão Nacional de Aves e Suínos da CNA, Renato Simplício, os dois segmentos querem contribuir com sugestões que serão encaminhadas a parlamentares autores de propostas sobre o tema. Hoje, há dois projetos voltados para a regulamentação destes contratos tramitando no Congresso Nacional. Um é o Projeto de Lei 8.023/10, da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), que aguarda análise do Plenário da Casa. O outro é o Projeto de Lei do Senado (PLS) 330/11, da senadora Ana Amélia (PP-RS), que está na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado, onde o relator será o senador Acir Gurgacz (PDT-RO). As duas propostas contemplam todo o setor agropecuário, mas interessa diretamente aos setores de aves e suínos.
“Nossa idéia é buscar o máximo consenso entre produtores e agroindústrias e facilitar o diálogo com o Congresso Nacional para buscar este marco regulatório”, enfatizou Simplício. Ele enfatiza que uma lei regulamentando estes contratos poderá dar a segurança jurídica na relação entre criadores e indústrias, assegurando, entre outros pontos, remuneração justa ao produtor. Atualmente, neste modelo de contrato, a indústria fornece os insumos ao produtor, que futuramente revende os animais a esta mesma empresa. No entanto, as regras desses contratos geralmente são definidas pelas indústrias e não tem oferecido segurança aos produtores.
Assessoria de Comunicação CNA
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