Pres. CNA, Kátia Abreu com vice-ministro Wei Chuanzhong, em encontro de abril, na China
Consolidar
e ampliar a participação dos produtos agropecuários brasileiros no
crescente mercado consumidor chinês, além de atrair investimentos
públicos e privados da China para a infraestrutura do País, em especial
para logística de transporte e armazenagem da produção. Esses são dois
dos objetivos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)
ao inaugurar, na próxima quarta-feira (14/11), o escritório de
representação da entidade em Pequim.
“Até
2015, segundo estudos, cerca de 250 milhões de chineses devem ascender
para a classe média, ampliando de forma significativa a demanda local
por alimentos. Essa é uma oportunidade para o Brasil, que tem condições
de produzir mais de forma sustentável para abastecer esse mercado com
lácteos, carnes e produtos agropecuários de maior valor agregado”,
afirma a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, que lidera comitiva da
entidade no país asiático.
Além
de intensificar as relações comerciais com a China e com outros
mercados regionais prospectados a partir do escritório de Pequim, a meta
da CNA é identificar oportunidades para investimentos diretos em
infraestrutura no Brasil, especialmente de logística, e em outras áreas
estratégicas para a armazenagem e o escoamento da produção agropecuária
nacional. “Os investimentos nessa área vão reduzir os custos de
transporte, barateando o preço final dos produtos vendidos para o
mercado chinês”, argumenta a presidente da CNA.
Outro
trabalho a ser desenvolvido pela CNA na China é a aproximação entre
fornecedores brasileiros e importadores chineses, permitindo, assim, a
intensificação das relações comerciais. As exportações do Brasil para a
China têm crescido desde 2002, reflexo do ingresso do país asiático na
Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas as vendas estão concentradas
no complexo soja. A presidente da CNA defende a diversificação da pauta
de exportação. “Em 2011, o Brasil enviou cerca de 22,1 milhões de
toneladas de soja em grãos para a China, mas podemos vender, além da
soja, outros produtos que são consumidos pelos chineses”, avalia.
Para
viabilizar essa meta, a comitiva da CNA deve se reunir, em Pequim, com
representantes da Administração Geral de Supervisão de Qualidade,
Inspeção e Quarentena (AQSIQ) e de empresas importadoras de carnes.
“Vamos detalhar a Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), apresentando o
modelo brasileiro que garante a qualidade dos produtos agropecuários
exportados e consumidos no mercado interno”, afirma a senadora Kátia
Abreu. Também estão previstos encontros com empresários chineses que
investem em silvicultura, atividade de grande potencial no Brasil. A
agenda da comitiva da CNA na China inclui, ainda, uma visita na
sexta-feira (16/11), à FHC China 2012, um das principais feiras de
alimentos do mundo.
Escritório –
O escritório da CNA na China fica no Centro de Negócios da Apex-Brasil
na China - room 1303-1305, Office Tower I, China Central Place, 81
Jianguo Road, Chao Yang District, Pequim.
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