O Rio Grande do Norte receberá 17
mil toneladas de milho para reabastecer os estoques da Companhia
Nacional de Abastecimento (CONAB) e atender a demanda de alimentação dos
rebanhos das microrregiões de Natal, Caicó, Assú, Mossoró e Currais
Novos. Para atender ao Médio e Alto Oeste, a Companhia estuda a
reabertura do armazém de Umarizal.
A medida teve a intervenção
do líder do PMDB na Câmara dos Deputados, Henrique Alves, durante
audiência com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, e
anunciada ontem pelo diretor da Conab, Rodrigues dos Santos. A previsão é
que a remessa chegue ao Estado na primeira semana de maio.
Para
evitar a falta do produto no interior, a Conab do RN já havia enviado
3,5 mil toneladas do estoque de Natal. Somente Caicó e Currais Novos
receberão 600 toneladas. Outra remessa de 25 mil toneladas de milho já
foi solicitada para garantir a manutenção do estoque no segundo
semestre.
O envio do alimento faz parte das ações do Governo
Federal para amenizar os impactos causados pela seca deste ano, que
atinge todos os Estados do Nordeste. Pelo menos 139 municípios
potiguares já decretaram estado de emergência devido à falta de chuva e
outras Prefeituras também devem se pronunciar em breve.
Ainda
ontem, uma medida provisória publicada no Diário Oficial da União (DOU)
liberou um crédito extraordinário de R$ 706 milhões para os ministérios
do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional, com vistas a
financiar medidas de combate à seca. R$ 281 milhões vão para o Fundo
Garantia-Safra, que atende aos agricultores vitimados pela perda da
safra nas regiões do semiárido. Os outros R$ 424 milhões serão
destinados aos programas de resposta aos desastres e auxílio emergencial
às populações de municípios em estado de calamidade pública ou situação
de emergência.
(Com informações do portal No Minuto)
EXPLICAÇÃO SOBRE SECA
Nesta
semana, a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte
(EMPARN) divulgou uma nota tentando explicar os erros nas previsões
meteorológicas deste ano, que previam chuvas acima da média.
De
acordo com os meteorologistas, a questão é que as chuvas que caem na
região Nordeste dependem de fatores externos, fatores esses que ocorrem a
milhares de quilômetros da região, como é o caso da temperatura das
águas superficiais dos oceanos Pacífico e Atlântico, além de outros
mecanismos ainda não conhecidos ou poucos esclarecidos, como é o caso da
relação da ocorrência das explosões solares com as chuvas na região.
Segundo
a entidade, as previsões climáticas realizadas pelos institutos,
centros estaduais e instituições que trabalham com meteorologia
mostravam, desde o final de 2011, que a estação das chuvas na região
Nordeste do Brasil (que ocorre entre os meses de fevereiro e maio) teria
chuvas com valores próximos das normais climatológicas.
Fonte: Jornal de Fato