BRASÍLIA
- A presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), a
senadora Katia Abreu (PSD-TO), elogiou o texto do Código Florestal
aprovado na noite desta quarta-feira, na Câmara. Para ela, o trecho mais
importante para o agronegócio é o artigo que transfere para os estados o
programa de regularização ambiental de grandes áreas. Para ela, há uma
hegemonia das organizações não-governamentais (Ongs) dentro do
Ministério do Meio Ambiente e que agora, com o código, sofreram uma
derrota. A senadora não participou da mobilização da votação porque está
em viagem à China.
- Não estou comemorando o texto aprovado. Todo mundo sabe que as
matas ciliares são fundamentais para a preservação da água e de sua
qualidade. Mas há outros fatores, como o plantio de alimentos e o
combate à fome. Foi muito inteligente deixar para os estados a definição
das metragens maiores sobre o o reflorestamento. É mais justo - disse
Kátia Abreu, que cutucou as ongs, mas evitou críticas à ministra do Meio
Ambiente, Izabela Teixeira.
- Havia uma hegemonia e interferência das ongs nos órgãos de governo.
Elas estão desesperadas porque perderam essa hegemonia. Nem ruralistas
nem ambientalistas têm que comandar políticas públicas. Essas ongs estão
infiltradas em todos os setores do governo. Respeito a Izabela, é uma
técnica de carreira e que não chegou ao cargo indicada por ongs. Ela
agiu democraticamente nessa questão do código - disse a senadora.