O Brasil fez ontem (25/04) uma opção
correta pela produção sustentável de alimento barato e de qualidade,
garantido segurança jurídica para que cada um dos produtores rurais do
País invista na produção de grãos, carnes, matéria-prima para
biocombustível e na silvicultura. Para a presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, a votação
expressiva de ontem – 274 votos a favor - mostra que a sociedade
brasileira compreendeu a importância da agropecuária brasileira para a
economia do País e também o compromisso do setor com a preservação
ambiental. “Pela primeira vez desde 1965, o Congresso Nacional pode
debater detalhadamente as questões ambientais e decidir sobre o tema,
escolhendo o caminho da produção agropecuária sustentável”, afirmou a
senadora Kátia Abreu.
A presidente da CNA lembrou que as
atividades agropecuárias ocupam apenas 27,7% do território nacional de
851 milhões de hectares. O restante do País, 61%, está preservado com
florestas nativas, condição que não se vê em nenhum outro lugar do
mundo. “O novo Código Florestal manterá essas características,
garantindo as condições necessárias para que os produtores do País
continuem produzindo em volume suficiente para abastecer o mercado
interno e as exportações”, afirmou a senadora Kátia Abreu. Ao comentar a
votação, a presidente da CNA cumprimentou o Congresso Nacional, que,
segundo ela, entendeu a necessidade de revisão da legislação ambiental e
debateu o tema exaustivamente de forma democrática.
A presidente da CNA reforçou, também, sua
confiança nos estados, que terão papel fundamental no processo de
implantação do novo Código Florestal, competência assegurada pelo Artigo
24 da Constituição Federal. “Temos a confiança de que os estados terão
responsabilidade e competência para legislar levando em consideração as
peculiaridades de cada região de um Brasil continental”, afirmou. Para a
senadora Kátia Abreu, com o novo Código Florestal o Brasil pode levar
para a Rio+20, que será realizada em junho, no Rio de Janeiro, uma
importante posição, reforçando compromissos que já estão sendo cumpridos
pelo País. Citou a redução em cerca de 80% do desmatamento no País, 10
anos antes da meta assumida em 2009, durante a Cop-15, de Copenhague, na
Dinamarca. “O Brasil é o único país do mundo que tem autoridade moral
para discutir questões ambientais, pois além de ser um dos maiores
produtores de comida, preserva 61% de seus biomas”, completou.
Assessoria de Comunicação CNA