A elevação no preço dos insumos, da
mão de obra, dos gastos com logística, comuns no setor industrial, já
afetam também o agronegócio brasileiro. Para tentar amenizar um pouco os
prejuízos da suinocultura, foi debatido pela tarde entre representantes
do Ministério da Agricultura e suinocultores ações que envolvem a
negociação de dívidas de custeio e investimento, a disponibilidade de
linha de crédito mais barata para a compra de leitões vivos, entre
outras ações. O custo elevado da produção é o que mais afeta o setor de
suinocultura no momento, especialmente em rações, motivado pelo preço do
milho e da soja, que são componentes principais do insumo. Aliado a
isso, o embargo russo e as restrições impostas pelo governo argentino
são responsáveis pelo excesso de oferta que derrubou os preços da carne
suína no mercado interno.
O Ministério da Agricultura está
atacando esses problemas negociando com a Rússia, reabrindo o comércio
com os argentinos e anunciando medidas pontuais para alavancar o setor.
No entanto, são problemas que devem ser atacados, mas que não serão
resolvidos no curto prazo. A alta das commodities no cenário
internacional ameniza a situação, que, no entanto, piorou diante da
quebra de produtividade por causa do clima, especialmente no Sul. Outro
agravante, o déficit de armazenagem no país e a elevação nos preços dos
fertilizantes, no último ano também interferem nos custos.
Esse cenário sobrecarrega o produtor que
recebe hoje R$ 1,60 por quilo do suíno, em média, enquanto o custo de
produção é de R$ 2,50 ou seja R$ 0,90 de prejuízo por quilo de animal.
Uma matriz produtiva na propriedade tem um custo de R$ 800, e se for
comercializada, o produtor receberá R$ 250. Foi com o objetivo de
minimizar esse impacto que o Mapa anunciou as medidas e promete novas
ações em concordância com o Ministério da Fazenda.
Fonte: MAPA