A presidente da Confederação da
Agricultura e da Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu,
comemorou o desempenho do setor agrícola brasileiro, no primeiro
semestre de 2013, durante pronunciamento da tribuna nesta quarta-feira
(29). “Enquanto o país teve um crescimento de 1,9% do seu Produto
Interno Bruto (PIB) – no primeiro trimestre de 2013 - em comparação com
igual período do ano passado, a agropecuária apresentou um consistente
aumento de 17%”. Ou seja, disse ela, “o agronegócio, mais uma vez,
mostra ao Brasil que cumpre com sua obrigação, com sua vocação,
investindo em tecnologia, em mão-de-obra especializada e na melhoria de
produtividade”, sendo o principal motor do crescimento econômico do
país. Ela alertou, contudo, a necessidade “do retorno da paz no campo
para garantir a eficiência do agronegócio”.
Levando-se em conta, apenas o desempenho
da economia nos primeiros três meses de 2013, disse ela, o desempenho do
agronegócio continuou sendo decisivo: o incremento foi de 9,75% em
relação a igual período do ano passado, enquanto o PIB total cresceu
apenas 0,6%. “Mesmo assim foi um desempenho superior ao do trimestre
anterior”, assinalou. O agronegócio, “na companhia dos demais setores da
economia brasileira”, certamente, vai fazer com que, no segundo
trimestre, o crescimento seja ainda maior e consistente, afirmou.
No seu discurso a senadora citou alguns
números para demonstrar a capacidade do agronegócio brasileiro. Lembrou
que, no primeiro trimestre deste ano, a produção de soja chegou a 81
milhões de toneladas, contra 66 milhões no mesmo período de 2013. Já o
milho de verão alcançou uma produção de 34 milhões de toneladas, um
milhão a mais em comparação com o primeiro trimestre de 2012.
Luta pela terra - Em seu
discurso a senadora manifestou, ainda, sua preocupação com os conflitos
decorrentes das invasões de terras agrícolas produtivas em todo o País,
mas “especialmente no Mato Grosso do Sul, onde centenas de agricultores
e índios se mostram prontos e dispostos ao embate nessa luta pela
terra”. Ela fez um apelo aos seus colegas senadores para que todos se
unam “na formação de uma frente ampla suprapartidária na defesa da paz
no campo”.
Ela pediu a suspensão das demarcações de
terras indígenas no Mato Grosso do Sul – a exemplo de medida semelhante
adotada pelo Governo Federal no Paraná e no Rio Grande do Sul – até que o
Supremo Tribunal Federal (STF), agora com a escolha do novo ministro,
possa dar a palavra definitiva sobre as demarcações de terras indígenas.
Fez, ainda, um apelo especial à sensibilidade da presidente Dilma
Rousseff, da ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do
ministro da Justiça, Eduardo Cardoso, para que o conflito rural possa
ser superado e a paz volte ao campo, permitindo a agricultor produzir
sem a ameaça da violência.
Nesta semana, a presidente Dilma Rousseff
indicou o advogado constitucionalista Luís Roberto Barroso, para ocupar
a vaga aberta no STF em decorrência da aposentadoria do ministro Ayres
Brito. Ele será o novo relator do processo que define a demarcação de
terras indígenas na reserva Raposo Serra do Sol, em Roraima.
Tocantins – Em seu
discurso, a senadora Kátia Abreu fez uma referência elogiosa aos números
do setor agrícola de seu Estado, o Tocantins. Lembrando que a mais nova
unidade da Federação conseguiu aumentar a produção em 15,8%, segundo
dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), em relação aos
números da safra anterior. Citou a produção de soja, de 2 milhões e 750
mil toneladas, contra 2 milhões e 370 mil toneladas no mesmo período do
ano passado. Para a senadora, com os novos projetos nas áreas de
logística e transporte em Tocantins e outros Estados do Norte, a
produção agrícola crescerá ainda mais e de forma consistente.
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