Socorro ao produtor rural nordestino atingido pela seca
De volta do Fórum Econômico Mundial,
onde participou como conferencista da sessão plenária sobre a América
Latina, a presidente da CNA e senadora Kátia Abreu (PSD-TO) desembarcou
direto de Lima para o Ministério da Fazenda. Empenhada em ajudar os
produtores rurais arruinados pela seca que destruiu plantações e dizimou
rebanhos inteiros no Nordeste, a senadora pediu ao governo que reavalie
pontos das medidas de socorro aos mini, pequenos e médios produtores da
região.
O governo criou uma linha de crédito de
até R$ 100 mil para o produtor nordestino, mas este não consegue acessar
os recursos disponíveis porque está inadimplente com o Banco do
Nordeste. A senadora levou o problema ao secretário de Política
Econômica do Ministério, Márcio Holland, e solicitou que o Tesouro possa
assumir o risco da operação, desburocratizando o acesso a essas linhas
de crédito.
Da mesma forma, a linha especial criada
para financiar débitos de produtores que tiveram perdas em decorrência
da seca também não surtiu o efeito esperado porque o Banco do Nordeste
se recusa a contratar linha de crédito para devedores.
As medidas emergenciais para acudir o
produtor afetado pela seca voltaram à pauta no final da manhã de
quinta-feira, em reunião da senadora com o presidente da Comissão de
Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA), Benedito de Lira (PP-AL),
e todos os nove presidentes das Federações de Agricultura dos Estados
do Nordeste. Neste encontro, CNA, federações e Comissão de Agricultura
fecharam uma pauta de reivindicações que será defendida por todos junto
ao governo.
Além de desburocratizar o acesso às
linhas de crédito emergencial para os produtores nordestinos, eles
querem a suspensão das execuções das dívidas, a começar pelos bancos do
Brasil e do Nordeste. “Esta parceria da CNA e Federações com o Congresso
é, para nós, fundamental”, disse a senadora Kátia Abreu ao colega de
Senado, Benedito Lira. Este, por sua vez, lembrou que a Comissão de
Agricultura já endossou a proposta de política agrícola apresentada pela
CNA ao Governo.
No dia 7 de maio, este mesmo grupo estará
presente à audiência conjunta das Comissões de Agricultura da Câmara e
do Senado, que se reunirão mais uma vez para avaliar as medidas
emergenciais já aprovadas.
Café – No encontro com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Kátia Abreu também reafirmou a posição da CNA no sentido de que deve ser adotado um critério técnico para o preço mínimo do café, aprovando-se a proposta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de R$ 336,18 a saca do produto, frente aos R$ 261,00 atualmente em vigor.
Café – No encontro com o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Kátia Abreu também reafirmou a posição da CNA no sentido de que deve ser adotado um critério técnico para o preço mínimo do café, aprovando-se a proposta da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) de R$ 336,18 a saca do produto, frente aos R$ 261,00 atualmente em vigor.
O Conselho Monetário Nacional (CMN), que
discutiria este assunto na manhã de quinta-feira, em Brasília, adiou a
reunião para segunda-feira por orientação do governo, exatamente para
aprofundar os estudos sobre a proposta. Hoje, o custo do café para o
produtor varia entre R$ 328,00 e R$ 370,00 a saca, a depender da região e
da tecnologia aplicada.
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