Kátia Abreu comanda programa “CNA EM CAMPO” em Marabá
A presidente da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, abriu
hoje, em Marabá, no Pará, mais uma edição do programa CNA em Campo. Ao
longo dos últimos quatro anos, este programa tem levado ao interior do
País todo o primeiro time de técnicos do sistema CNA, para apresentar as
iniciativas em defesa do setor que estão em curso em Brasília e para
ouvir, diretamente do produtor local, as preocupações e problemas da
atividade agropecuária.
Ao lado do presidente da Federação da
Agricultura do Estado do Pará (FAEPA), Carlos Fernandes Xavier, que
lidera 131 sindicatos rurais no Estado, a senadora convocou os 750
produtores ali presentes a um esforço conjunto para criar uma frente
ampla em favor da segurança jurídica, da titulação de terras e da
regularização fundiária. “Só para a morte não tem solução. O que
precisamos é unir nossas forças para resolver os problemas”.
“O Pará não pode continuar vivendo nesta
insegurança jurídica. Temos problemas seguidos de invasão e, quando se
consegue a reintegração, os governadores não cumprem a determinação
judicial”, disse a senadora, declarando sua solidariedade aos produtores
paraenses pelos problemas vividos no campo.
“É inadmissível ter 1.500 invasões e 300
reintegrações de posse não cumpridas. Isto é quase uma terra sem lei.
Que Estado de Direito é este?”, cobrou Kátia Abreu. Ela disse que vai
pedir informações ao Tribunal de Justiça do Pará e ao governo estadual
sobre o número de ações de reintegração de posse sem resposta e a
quantia exata de reintegrações já determinadas pela Justiça e não
cumpridas pelo governo. E não descartou um pedido de intervenção federal
no Estado, caso as demais iniciavas não sejam bem sucedidas.
Segundo a senadora, o CNA em Campo chegou
a Marabá exatamente para trazer informações e orientar os produtores
sobre seus direitos. “O que move o mundo e pode criar soluções é a
política. Precisamos fazer um esforço político para melhorar a situação
do Pará”, propôs a senadora, diante do prefeito João Salame e do
superintendente do Ministério da Agricultura no Pará, Andrei Castro.
Ela foi aplaudida pela plateia ao
anunciar que não negocia com criminoso e não se senta à mesa com quem
invade terras. “Me reúno com pessoas de bem que têm o desejo legítimo
de ter terra, sem destruir o meu desejo, minha segurança jurídica e
minha paz”.
Além das invasões, o problema que mais
penaliza o produtor paraense é a morosidade da burocracia na expedição
de licenciamento ambiental. “Este é o problema mais sério que temos aqui
no Pará”, disse o presidente da FAEPA. Carlos Xavier pediu a ajuda da
senadora junto ao Ministério do Meio Ambiente para resolver a questão.
Diante das queixas por conta de tanta
demora no licenciamento ambiental, a senadora disse que, infelizmente,
muitos funcionários públicos criam uma relação estável com os problemas,
em vez de resolvê-los. “Criam dificuldades para vender facilidades,”
denunciou, observando que nunca ouviu falar que excesso de burocracia
traz proteção ao meio ambiente. “O que a burocracia excessiva produz é
corrupção”, completou.
Para sua palestra aos produtores, a
senadora escolheu basicamente dois temas: o Código Florestal e a nova
política agrícola que a CNA está defendendo junto ao governo federal em
benefício do produtor. Para ela, o novo Código significa a “alforria do
produtor”, até então sujeito às normas ditadas por ONGs que haviam se
apossado das estruturas do Estado. Hoje, no entanto, destacou, “os
órgãos ambientais do Estado voltaram a ser republicanos e,
respeitosamente, nos ouvem”.
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