O Rio Grande do Norte vivencia a
pior seca dos últimos tempos. As políticas do governo federal para
amenizar a estiagem destinam recursos ao Estado. Contudo, a baixa
capacidade gerencial da gestão Rosalba Ciarlini (DEM), na avaliação do
deputado estadual Fábio Dantas (PHS), tem agravado a situação da seca.
Até agora, a falta de chuva tem dizimado metade do rebanho e frustrado
diversas culturas no interior. “A ação do governo da governadora Rosalba
Ciarlini não chegou efetivamente ao campo”, analisa o deputado.
Para
piorar, afirma Fábio Dantas, o Instituto de Assistência Técnica e
Extensão Rural do Rio Grande do Norte (EMATER), braço do governo
responsável por fomentar tecnicamente o setor, está com a sua estrutura
deteriorada. Ele avalia que a Secretaria de Recursos Hídricos, que, por
sua vez, poderia dar ênfase à perfuração de poços, falha neste aspecto.
No Alto Oeste, a leniência da administração na conclusão da principal
adutora da região, cujas obras estão paralisadas há dois anos, retrata o
próprio governo. Para completar, a Secretaria de Agricultura,
responsável pela política agrária, falha na distribuição de sementes.
“A
Emater está com estrutura muito deteriorada, ela que poderia dar
suporte. O setor de recursos hídricos não deu ênfase maior à perfuração e
instalação de poços. A adutora do Alto Oeste poderia estar concluída. A
distribuição de sementes foi precária”, analisa Dantas. Segundo ele, “é
necessário que o governo reestruture essas ações para que atinja o
essencial, chegue à ponta da população”.
DESGASTE
“O
grande problema do governo é a burocratização muito grande. As ações
não chegam à população”, continua Dantas, destacando que esta é a razão
do desgaste da governadora Rosalba Ciarlini perante a população.
“A
avaliação que eu faço é a que a população faz. O governo carece de
muitas melhorais, especialmente nas áreas de saúde, segurança e no
combate à seca. A seca é a pior dos últimos anos e precisa de ações
reais. O governo precisa transformar as dificuldades atuais em soluções.
Pelo menos em curto prazo para os agricultores”, avaliou.
Por
conta disso, Fábio Dantas analisa que “o governo Rosalba ainda não
mostrou a que veio”. Segundo ele, “são os números que mostram; a
população que avalia assim”. Ele aproveita para defender uma reforma,
não só administrativa, mas de comportamento e ações governamentais.
“O
governo devia aproveitar a metade do mandato que lhe resta para fazer
uma reforma ampla não só de pessoas, mas de comportamento, das ações.
Uma reforma voltada para avaliar o que está errado. E isso só o
executivo pode dizer. A gente critica e fala, mas quem realmente deve
nortear as ações é o executivo. Somos o termômetro, ouvimos a população
em diversas regiões. Se o governo desse uma reoxigenada, talvez pudesse
melhorar seu desempenho”, afirma o deputado.
Fonte: O Jornal de Hoje
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