Na próxima segunda-feira (07), as
principais entidades agropecuárias do Rio Grande do Norte entregarão no
Parque Aristófanes Fernandes, aos parlamentares do Estado e ao Governo,
um documento elaborado em conjunto para nortear as ações sobre a
atividade pecuária do RN. Das dificuldades do setor, passando pelo
Programa do Leite, o calhamaço será o pedido dos produtores rurais com
esse segmento tão importante para a economia.
Nesta
quarta-feira (02), as entidades (Sinproleite, Sindileite, Ancoc, Anorc e
Federação da Agricultura do RN) se reuniram, na sede da Faern, para
definir os pontos do documento e elaborar a programação para a próxima
segunda-feira. “Foi o momento de reunir todos os representantes e
pontuar os itens do documento que será entregue aos deputados estaduais,
federais, senadores e Governo na segunda-feira. Será neste dia, durante
um café da manhã no Centro de Treinamentos Senadora Kátia Abreu (dentro
do Parque Aristófanes Fernandes), que iremos apresentar as nossas
reivindicações e as nossas sugestões para o setor do leite no RN. A
proposta é também traçar estratégias para minimizar os reflexos da seca,
considerada a pior desde a década de sessenta.”, ressaltou José Álvares
Vieira, presidente da Faern.
De acordo com José Vieira, a
decisão de elaborar o documento partiu de vários pedidos dos produtores
de leite do estado e que culminou em uma reunião promovida no Sebrae, na
última sexta-feira (27). “Nessa reunião, foi feita a apresentação de um
estudo feito pelo Sebrae no Rio Grande do Norte a pedido da Faern e que
analisou o setor entre 1996 e 2012. Com os dados em mãos, descobrimos
que o Programa do Leite, por exemplo, está passando por problemas e que
necessitam ser sanados o mais rápido possível”, pontua o presidente da
Federação da Agricultura do RN.
Estímulos fiscais
Outro
problema, apontado por José Vieira, está relacionado com a indústria de
laticínios, que não recebe estímulos fiscais para processar os
derivados do leite. A falta de isenção tributária deixa os estados
vizinhos com um setor mais consolidado, de forma que o queijo produzido
na Paraíba, por exemplo, torna-se mais competitivo que o potiguar dentro
do mercado local. Além disso, o ambiente favorável fora das terras
potiguares atrai gigantes do segmento lácteo para estados, como
Pernambuco e Ceará. "Não temos um plano que dê competitividade à
indústria de laticínios", finalizou o presidente da Faern.